Pagarás os ossos quebrados do seu rosto angelical
Pagarás estrelas implantadas na sua boca de anúncios do metro
Pagarás enfeites de ideais para o vosso pescoço nesta noite de natal monstruosa
Pagarás peixes milagrosos pros famintos caídos na poeira implorando os céus
Pagarás cédulas de promessas que custam frases felizes diante do espelho em segundos de descanso
Pagarás a pulverização da vossa fênix acolhedora neste berço esplendido enquanto a liberdade enterra boas intenções no jardim das utopias
Pagarás trilhos de neon ilusórios de um lado a outro da vossa mente dividida e cega sugando mariposas perdidas nos anúncios dos jornais invisíveis
Pagarás olhos esbugalhados apaixonados por uma bala de fuzil influente louca pra beijar seu cérebro
Pagarás votos que entopem o esgoto te enchem de bosta pública e lambem a lesma da fortuna
Pagarás vosso silêncio ao acordar sem saber do sonho da noite da vida
Em verdade vos digo
Falirás
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Utopia
.
.
.
Estava eu em meu lugar
Veio a idéia me fazer mal
A idéia na mente, a mente no mundo
E o mundo a fiar
.
.
Estava eu em meu lugar
Veio a idéia me fazer mal
A idéia na mente, a mente no mundo
E o mundo a fiar
sábado, 20 de novembro de 2010
Exílio
Faixas de pedestre
Pelos trilhos do acaso
Precipício no caminho
Sol se pondo no infinito
Só é preciso mentir
Pra si mesmo
Até escutar
O silêncio batendo no peito
Querendo entrar
Ou sair
Pelos trilhos do acaso
Precipício no caminho
Sol se pondo no infinito
Só é preciso mentir
Pra si mesmo
Até escutar
O silêncio batendo no peito
Querendo entrar
Ou sair
domingo, 14 de novembro de 2010
Tempo grátis
Ir pra cuba
Pelo que eu li
O Brasil é só aqui
família gatos feira
Muito por pouco
Café e papelão
Ainda não é natal
Senhora social
Moedas ou travessuras ?
Um dia você para
E ganha uma conversa
Dinheiro contado
Oferenda pros santos
Que acordam cedo
E não dormem
Pelo resto
Pelo antes
Muito obrigado
Algum dia
Desses
Velhos tempos
Pelo que eu li
O Brasil é só aqui
família gatos feira
Muito por pouco
Café e papelão
Ainda não é natal
Senhora social
Moedas ou travessuras ?
Um dia você para
E ganha uma conversa
Dinheiro contado
Oferenda pros santos
Que acordam cedo
E não dormem
Pelo resto
Pelo antes
Muito obrigado
Algum dia
Desses
Velhos tempos
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
milagre sem fé
Chamo pra perto
Chuto pro alto
Microfone aberto
Sinal fechado
Escada rolante dando voltas
e o mapa errado
Chuto pro alto
Microfone aberto
Sinal fechado
Escada rolante dando voltas
e o mapa errado
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
carta aos carteiros
Imagine meu sol
Assine meu tempo
Falta muita lenha na fogueira
Use minhas calças
Corte minhas cordas
Tenha mais dinheiro na esteira
Escreva uma rua
Esqueça o futuro
Sonhos nos deixaram só
Solte minha pele
Seduza o muro
Regue minhas nuvens com pó
Assine meu tempo
Falta muita lenha na fogueira
Use minhas calças
Corte minhas cordas
Tenha mais dinheiro na esteira
Escreva uma rua
Esqueça o futuro
Sonhos nos deixaram só
Solte minha pele
Seduza o muro
Regue minhas nuvens com pó
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Avenida Purgatório
Não haverá nenhum fechamento quando todos os caminhoneiros desiludidos e desprezados jogarem suas mentes na lagoa dos prazeres sem culpa sem pecado nenhuma placa passagem livre pra escolha de sua liberdade
Atropelarão os senadores distraídos ao atravessarem a rua da justiça em seus ternos de desperdício pagos com as moedas do povo nos templos de horas semanais enquanto olham pro céu em suas manobras e pedem votos
E que todos os astros divinos e urubus no acostamento interpretem mal cada palavra ressoada nas canções alteradas em ecos de dissintonia destas bocas sujas de molho fino enquanto passam fome em goteiras de esperança quatro paredes e um pedaço de papelão sem chegar perto da migalha jogada pelo País do futuro
Enquanto suas Barbies de diamante transam com seu cartão de credito de carro conversível e uma vaga garantida na melhor faculdade do faça fácil planejando viagens sem rumo onde não há pedágios nas calçadas pros que querem escapar do trânsito
E suas tropas de guardiões armados de ódio e pressão queimando maconha queimando dinheiro querendo impor a lei que lei ? quem é lei ? de quem ? pra quem ? a nossa lei é farinha pouca meu pilão primeiro do mais é licenciamento
A contaminação não respeita sinalização soam as buzinas do apocalipse altos ruídos que cortam nuvens e asfalto abaixam o vidro e mandam cartas e espalham seus sinos de guerra pelo próximo diante da luz vermelha neste cruzamento de corpos enlatados com o pouco que lhes restam
Ainda decretarão numa segunda-feira prisão perpetua por estupro dos reboques de Jesus e de todas as mãos iluminadas que lutaram para avançar poucos metros nesse trânsito caótico sem nada em troca falando aos porcos sobre almas de anjos
Até lá serão pisados e degolados estudante que forem picados pela tarântula da loucura e se tornarem pedras em seus pneus exigindo o que têm por direito e que pode ser feito mas é impossível o possível em transe impossível em breve essa carreata será imbatível flutuará pelos desertos como lagartos
Muitos são os silêncios que espreitam no muro sem mostrar os olhos encarando tijolos na espera do tapa que virá e que venha o tapa que revidem o tapa que sejam o tapa dos que deliram fascinantes por marchas dos soldados israelenses em gaza
Libertarão os presos políticos libertarão a política libertarão Cuba libertarão a liberdade deixando a pista livre pra quem quiser acelerar seu espírito em direção ao infinito onde na vida em horário de pico não se alcança com os corações e nem com farol alto
E todos os direitos humanos na sua capacidade máxima de tração proclamados e os não falados não escritos não ousados serão transformados em água limpa saltando dos cofres da pureza com a velocidade dos que são livres não dando a mínima.
trânsito que impede o mergulho dos afogados na superfície trânsito que existe dentro dos seres trânsito trânsito sem fim trânsito líder de povos trânsito entre mentes e corações nestas incontáveis distancias de trânsito entre olhares trânsito de palavras no pisca alerta trânsito acumulando medo nas faixas trazendo mais trânsito só existe o trânsito acenda uma vela para o guarda de trânsito façam suas preces para o semáforo estamos todos inutilizados no trânsito da impossibilidade seca
TRANSITO EM MIM
TRANSITO EM MIM
TRÂNSITO
Atropelarão os senadores distraídos ao atravessarem a rua da justiça em seus ternos de desperdício pagos com as moedas do povo nos templos de horas semanais enquanto olham pro céu em suas manobras e pedem votos
E que todos os astros divinos e urubus no acostamento interpretem mal cada palavra ressoada nas canções alteradas em ecos de dissintonia destas bocas sujas de molho fino enquanto passam fome em goteiras de esperança quatro paredes e um pedaço de papelão sem chegar perto da migalha jogada pelo País do futuro
Enquanto suas Barbies de diamante transam com seu cartão de credito de carro conversível e uma vaga garantida na melhor faculdade do faça fácil planejando viagens sem rumo onde não há pedágios nas calçadas pros que querem escapar do trânsito
E suas tropas de guardiões armados de ódio e pressão queimando maconha queimando dinheiro querendo impor a lei que lei ? quem é lei ? de quem ? pra quem ? a nossa lei é farinha pouca meu pilão primeiro do mais é licenciamento
A contaminação não respeita sinalização soam as buzinas do apocalipse altos ruídos que cortam nuvens e asfalto abaixam o vidro e mandam cartas e espalham seus sinos de guerra pelo próximo diante da luz vermelha neste cruzamento de corpos enlatados com o pouco que lhes restam
Ainda decretarão numa segunda-feira prisão perpetua por estupro dos reboques de Jesus e de todas as mãos iluminadas que lutaram para avançar poucos metros nesse trânsito caótico sem nada em troca falando aos porcos sobre almas de anjos
Até lá serão pisados e degolados estudante que forem picados pela tarântula da loucura e se tornarem pedras em seus pneus exigindo o que têm por direito e que pode ser feito mas é impossível o possível em transe impossível em breve essa carreata será imbatível flutuará pelos desertos como lagartos
Muitos são os silêncios que espreitam no muro sem mostrar os olhos encarando tijolos na espera do tapa que virá e que venha o tapa que revidem o tapa que sejam o tapa dos que deliram fascinantes por marchas dos soldados israelenses em gaza
Libertarão os presos políticos libertarão a política libertarão Cuba libertarão a liberdade deixando a pista livre pra quem quiser acelerar seu espírito em direção ao infinito onde na vida em horário de pico não se alcança com os corações e nem com farol alto
E todos os direitos humanos na sua capacidade máxima de tração proclamados e os não falados não escritos não ousados serão transformados em água limpa saltando dos cofres da pureza com a velocidade dos que são livres não dando a mínima.
trânsito que impede o mergulho dos afogados na superfície trânsito que existe dentro dos seres trânsito trânsito sem fim trânsito líder de povos trânsito entre mentes e corações nestas incontáveis distancias de trânsito entre olhares trânsito de palavras no pisca alerta trânsito acumulando medo nas faixas trazendo mais trânsito só existe o trânsito acenda uma vela para o guarda de trânsito façam suas preces para o semáforo estamos todos inutilizados no trânsito da impossibilidade seca
TRANSITO EM MIM
TRANSITO EM MIM
TRÂNSITO
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
o que se vê e o que se inventa
Tem prédio que se esconde atrás de arvore só pra ficar ali
Atrás da pedra tem um barco e um mar
e se eu procurar melhor até uma ilha desapercebida
Atrás da rede tem uma tarde e mais além tem um sonho
Quando eu olhei atrás da pipa tinha um sol
e atrás do sol outra pipa e outro sol até que não pude acompanhá-los
Virei a folha e lá estava uma estrada
A folha tem margens separadas que na estrada se juntam lá no fim
Atrás do pouco tem o infinito
Escondido esperando o esquecimento ou um presente de aniversario
Dentro do sorriso cabe um hipopótamo
Embaixo da formiga cabe um mundo inteiro
Tem coisa que se esconde
Pra gente inventar
Atrás da pedra tem um barco e um mar
e se eu procurar melhor até uma ilha desapercebida
Atrás da rede tem uma tarde e mais além tem um sonho
Quando eu olhei atrás da pipa tinha um sol
e atrás do sol outra pipa e outro sol até que não pude acompanhá-los
Virei a folha e lá estava uma estrada
A folha tem margens separadas que na estrada se juntam lá no fim
Atrás do pouco tem o infinito
Escondido esperando o esquecimento ou um presente de aniversario
Dentro do sorriso cabe um hipopótamo
Embaixo da formiga cabe um mundo inteiro
Tem coisa que se esconde
Pra gente inventar
terça-feira, 19 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Quero
Eu só queria acordar e ter um sol brilhando ao lado esperando o meu despertar noturno
Eu só queria acordar e receber uma ligação sobre um emprego de mil reais de segunda a sexta com cesta básica
Eu só queria acordar e ter um sonho antigo correndo pelo quintal e latindo para os outros
Eu só queria acordar e assistir Deus passando num programa de TV a cabo sem ser payperview
Eu só queria acordar e não ver nenhum fanático matando nuvens pelo céu
Eu só queria acordar falando inglês fluentemente pra poder assistir a volta do messias sem legendas e entender suas piadas
Eu só queria acordar e freqüentar um comando organizado para estudar gramática e aprender as normas do jogo dos trapaceiros
Eu só queria acordar e não precisar rezar absolutamente nada no caixa do banco depois de uma fila de vinte fiéis
Eu só queria acordar e imprimir os acordes que não saem da minha cabeça pra tocar no violão pras moscas
Eu só queria acordar e ver que alguém realmente descobriu o Brasil numa manhã de sábado de pouca roupa e muito ouro
Eu só queria acordar e ouvir no radio sobre uma nova descoberta de vida em outro planeta que saiba como nos salvar deste
Eu só queria acordar e ter a sombra da liberdade que realmente estendeu as asas sobre nós e esta voando num novo caminho
Eu só queria acordar e ir pra biblioteca mais próxima e não ter nada que me impeça de levar Rimbaud pra ler no sofá de casa
Eu só queria acordar e começar a contagem dos meus diplomas durante a manhã inteira me perder e recontar
Eu só queria acordar e arrancar do calendário a folha que termina com a era do impossível
Eu só queria acordar e ouvir os vizinhos conversando sobre atentados no vaticano que não deixaram igrejas sobre pedras
Eu só queria acordar e esperar os peixes morderem a isca antes de ser lançada enquanto ainda esta nos meus pensamentos
Eu só queria acordar com os gritos de alegria dos tocadores de gaita da rua com um aumento endollarado na aposentadoria
Eu só queria acordar e ler e-mails prestigiando meu trabalho invisível de desconhecidos com nome e sobrenome
Eu só queria acordar e ir almoçar na praça num almoço sagrado realizado pelos moradores do bairro para todos os moradores do bairro
Eu só queria acordar e dar de cara com uma pilha de livros do Leminski com um bilhete - para você de Alice Ruiz
Eu só queria acordar com meu guarda chuva numa tempestade de primavera glacial que não foi dada na previsão do tempo dos telejornais
Eu só queria acordar ao som da campainha na hora da entrega de um premio qualquer por qualquer coisa que eu tenha feito num dia sem nada o que fazer
Eu só queria acordar abrir o Word e digitar com dedos de arte e delírio um livro inédito de um autor desconhecido
Eu só queria acordar pegar minha esperança e trocar na feira por dois quilos de tomates
Eu só queria acordar e confundir o mundo real com a realeza depois de ter por perto uma coroa que não seja de espinhos
Eu só queria acordar e ler as noticias de quebra cabeças e não desanimar com o que andam amontoando por ai
Eu só queria acordar e ter meus planos escritos nas paredes do quarto com rabiscos de foram realizados
Eu só queria acordar andar na avenida dos sapatos perdidos e dar esmola ao primeiro sábio de farrapos sujos e barba que eu encontrar dizendo – Eu posso ser você ao acordar
Agora
Vou dormir
Eu só queria acordar e receber uma ligação sobre um emprego de mil reais de segunda a sexta com cesta básica
Eu só queria acordar e ter um sonho antigo correndo pelo quintal e latindo para os outros
Eu só queria acordar e assistir Deus passando num programa de TV a cabo sem ser payperview
Eu só queria acordar e não ver nenhum fanático matando nuvens pelo céu
Eu só queria acordar falando inglês fluentemente pra poder assistir a volta do messias sem legendas e entender suas piadas
Eu só queria acordar e freqüentar um comando organizado para estudar gramática e aprender as normas do jogo dos trapaceiros
Eu só queria acordar e não precisar rezar absolutamente nada no caixa do banco depois de uma fila de vinte fiéis
Eu só queria acordar e imprimir os acordes que não saem da minha cabeça pra tocar no violão pras moscas
Eu só queria acordar e ver que alguém realmente descobriu o Brasil numa manhã de sábado de pouca roupa e muito ouro
Eu só queria acordar e ouvir no radio sobre uma nova descoberta de vida em outro planeta que saiba como nos salvar deste
Eu só queria acordar e ter a sombra da liberdade que realmente estendeu as asas sobre nós e esta voando num novo caminho
Eu só queria acordar e ir pra biblioteca mais próxima e não ter nada que me impeça de levar Rimbaud pra ler no sofá de casa
Eu só queria acordar e começar a contagem dos meus diplomas durante a manhã inteira me perder e recontar
Eu só queria acordar e arrancar do calendário a folha que termina com a era do impossível
Eu só queria acordar e ouvir os vizinhos conversando sobre atentados no vaticano que não deixaram igrejas sobre pedras
Eu só queria acordar e esperar os peixes morderem a isca antes de ser lançada enquanto ainda esta nos meus pensamentos
Eu só queria acordar com os gritos de alegria dos tocadores de gaita da rua com um aumento endollarado na aposentadoria
Eu só queria acordar e ler e-mails prestigiando meu trabalho invisível de desconhecidos com nome e sobrenome
Eu só queria acordar e ir almoçar na praça num almoço sagrado realizado pelos moradores do bairro para todos os moradores do bairro
Eu só queria acordar e dar de cara com uma pilha de livros do Leminski com um bilhete - para você de Alice Ruiz
Eu só queria acordar com meu guarda chuva numa tempestade de primavera glacial que não foi dada na previsão do tempo dos telejornais
Eu só queria acordar ao som da campainha na hora da entrega de um premio qualquer por qualquer coisa que eu tenha feito num dia sem nada o que fazer
Eu só queria acordar abrir o Word e digitar com dedos de arte e delírio um livro inédito de um autor desconhecido
Eu só queria acordar pegar minha esperança e trocar na feira por dois quilos de tomates
Eu só queria acordar e confundir o mundo real com a realeza depois de ter por perto uma coroa que não seja de espinhos
Eu só queria acordar e ler as noticias de quebra cabeças e não desanimar com o que andam amontoando por ai
Eu só queria acordar e ter meus planos escritos nas paredes do quarto com rabiscos de foram realizados
Eu só queria acordar andar na avenida dos sapatos perdidos e dar esmola ao primeiro sábio de farrapos sujos e barba que eu encontrar dizendo – Eu posso ser você ao acordar
Agora
Vou dormir
Última canção inocente
A palavra já não é amor
A lua clareia cheia de cor
Ao se mover pelas estrelas quentes
Foi perfeito o encontro de mentes
Nunca afundei tão calmamente
O sono é leve e resplandecente
Fecho os olhos como uma criança
Sem ver o mundo queimar na lembrança
A lua clareia cheia de cor
Ao se mover pelas estrelas quentes
Foi perfeito o encontro de mentes
Nunca afundei tão calmamente
O sono é leve e resplandecente
Fecho os olhos como uma criança
Sem ver o mundo queimar na lembrança
apartamentos de papel
Sonhas com teu silêncio
É apenas o infinito a olho nu
Em caminhos desgovernados
Passo a passo
Pra quase outro lugar
Nada muda
No mesmo instante de
Fim
E recomeça içando a terra
Até nascer o sol dentro de ti
É apenas o infinito a olho nu
Em caminhos desgovernados
Passo a passo
Pra quase outro lugar
Nada muda
No mesmo instante de
Fim
E recomeça içando a terra
Até nascer o sol dentro de ti
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Primavera de plástico
Deixar de ser febre pra ser fabricado
Teu deus trovão por um trocado
Dormi na oca errada acordei derramado
Era uma historia clara na corda bamba
Rock sob medida pra vender samba
Moça perdida em baixo da cama
Qual será a próxima obra prima
gritando que me ama ?
Teu deus trovão por um trocado
Dormi na oca errada acordei derramado
Era uma historia clara na corda bamba
Rock sob medida pra vender samba
Moça perdida em baixo da cama
Qual será a próxima obra prima
gritando que me ama ?
Din Dong
Os versos desta cidade se apagaram
No deserto de todos nós
Os santos desta cidade despencaram
Despencaram do nono andar
Os velhos desta cidade se esqueceram
Do futuro que estava ali
As luzes desta cidade se confundem
Se confundem com seus olhos
A raiz desta cidade enferrujou
Enquanto estava distraído
Os olhos desta cidade se cegaram
Por inveja do que o outro via
O sangue desta cidade jorrou
Mudando a cor deste céu
A boca desta cidade foi costurada
Pelos trilhos do metro
Os sonhos desta cidade estão ocupados
Sendo o lucro do patrão
Os campeões desta cidade estão vendendo
As medalhas no farol
As revoltas desta cidade fazem um som
De campainha no portão
Os dias desta cidade estão pregados
No calvário do planalto
As aves desta cidade não trazem asas
E não gorjeiam coisa alguma
Os demônios desta cidade oferecem
Novos dias novos sonhos
Os aplausos desta cidade
Amputados
Silenciam
No deserto de todos nós
Os santos desta cidade despencaram
Despencaram do nono andar
Os velhos desta cidade se esqueceram
Do futuro que estava ali
As luzes desta cidade se confundem
Se confundem com seus olhos
A raiz desta cidade enferrujou
Enquanto estava distraído
Os olhos desta cidade se cegaram
Por inveja do que o outro via
O sangue desta cidade jorrou
Mudando a cor deste céu
A boca desta cidade foi costurada
Pelos trilhos do metro
Os sonhos desta cidade estão ocupados
Sendo o lucro do patrão
Os campeões desta cidade estão vendendo
As medalhas no farol
As revoltas desta cidade fazem um som
De campainha no portão
Os dias desta cidade estão pregados
No calvário do planalto
As aves desta cidade não trazem asas
E não gorjeiam coisa alguma
Os demônios desta cidade oferecem
Novos dias novos sonhos
Os aplausos desta cidade
Amputados
Silenciam
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
A fruta da pedra
Quantos cegos fazem o sublime
Teimosos
É mais sem importância
Formigas
Uma arvore e um quintal
Passarinho
Cor do vento e um céu
Antes pedra
Que toda hora
Carlitos
Uma bengala e uma cartola
Teimosos
É mais sem importância
Formigas
Uma arvore e um quintal
Passarinho
Cor do vento e um céu
Antes pedra
Que toda hora
Carlitos
Uma bengala e uma cartola
domingo, 10 de outubro de 2010
Velho morto de fome querendo ser escritor
Conto os centavos
Pra descontar do seu diário
Mais um pedágio
Pro seu amanhã empoeirado
Com quantos hojes
Se faz um ontem ?
Pra descontar do seu diário
Mais um pedágio
Pro seu amanhã empoeirado
Com quantos hojes
Se faz um ontem ?
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
qualquer hora
Construir pra esquecer
Chover pra se por
Cair pra mergulhar
Nada me é tanto
Até ficar tonto
Tantas tentativas
Talvez
Mais tarde eu anoiteço
Chover pra se por
Cair pra mergulhar
Nada me é tanto
Até ficar tonto
Tantas tentativas
Talvez
Mais tarde eu anoiteço
nada ou quase nada
Nada existe em mim
Cheio até a borda
De tudo vazio
Nas horas vagas
Olho pro teto
Até as nuvens
Cheio até a borda
De tudo vazio
Nas horas vagas
Olho pro teto
Até as nuvens
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Já fomos
Eu sou como você
Na ponta do garfo
Nos dentes da inviabilidade
Daqui
Estrelas dançam
Outra canção sem motivo
Em homenagem a todos nós
Por não estarmos
A um passo
De tudo
Minha cabeça
Desce rolando
Em direção ao futuro
Perdido em pleno rumo
Paro e espero a lesma passar
Enquanto derreto-me
À sombra
Nenhuma voz
Som ou senha
Aqui se vai
A escassa esperança
Dedos da mesma mão
Minha inutilidade
Outros olhos
Suas crenças
Na ponta do garfo
Nos dentes da inviabilidade
Daqui
Estrelas dançam
Outra canção sem motivo
Em homenagem a todos nós
Por não estarmos
A um passo
De tudo
Minha cabeça
Desce rolando
Em direção ao futuro
Perdido em pleno rumo
Paro e espero a lesma passar
Enquanto derreto-me
À sombra
Nenhuma voz
Som ou senha
Aqui se vai
A escassa esperança
Dedos da mesma mão
Minha inutilidade
Outros olhos
Suas crenças
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Poema sobre nada
Essa fronteira em vão
Todas as coisas em dessaber
De todas as coisas
Todas desúteis
Palavras sem idioma
Delirar em cada verbo
Apesar do Habito
Aqui,ali ou acolá
Desertos Intocados
Sem lugar pra chegar
Futuro dos primórdios
Avançar até o começo
Tudo tem o que não tem
Na minha casa passa uma avenida
Que eu inventei
sem nenhum porque
Não há mais que isso
Dito e esquecido
Noutros tempos
Último minuto
Em pores
De sois
Pra nada
Todas as coisas em dessaber
De todas as coisas
Todas desúteis
Palavras sem idioma
Delirar em cada verbo
Apesar do Habito
Aqui,ali ou acolá
Desertos Intocados
Sem lugar pra chegar
Futuro dos primórdios
Avançar até o começo
Tudo tem o que não tem
Na minha casa passa uma avenida
Que eu inventei
sem nenhum porque
Não há mais que isso
Dito e esquecido
Noutros tempos
Último minuto
Em pores
De sois
Pra nada
O astro pulou o horizonte.
Hoje
Não passa disso
Dia nublado
Até amanhã
Amanhã
Dia de chuva
Depois
Dia sem dia
Até o dia
Em que o sol
Lembrar o caminho
De volta pra casa
E queimar sozinho
No topo do céu
Não passa disso
Dia nublado
Até amanhã
Amanhã
Dia de chuva
Depois
Dia sem dia
Até o dia
Em que o sol
Lembrar o caminho
De volta pra casa
E queimar sozinho
No topo do céu
Voar além das asas
Chegar pra partir
Quase passado quase preciso
nuvens dançam ao longe
perto dos pássaros
Para o chão que se pisa
Longe é o céu
Minhas mãos não alcançam
Mergulham as cores na parede
E toda tinta
Vira arco-íris pra lagartixa
Quase passado quase preciso
nuvens dançam ao longe
perto dos pássaros
Para o chão que se pisa
Longe é o céu
Minhas mãos não alcançam
Mergulham as cores na parede
E toda tinta
Vira arco-íris pra lagartixa
eternamente velho
Quem tem medo ?
O tempo é tudo
Nos olhos do tempo
A janela pro futuro
No fundo da alma
A chuva faz lama
Eu tenho um plano
Mesmo com o passar dos anos
Porque velho é o tempo
Eu sou novo
Eternamente novo
Com os pés descalços
Correndo pelo quintal
O tempo tem dois ponteiros
Apontados pro sol
Como flechas
Apagam o dia
E começa a noite
Em cada estrela um ponto do tempo
Que escreve as horas, os minutos e os séculos
E nós
Apenas contamos
O tempo é tudo
Nos olhos do tempo
A janela pro futuro
No fundo da alma
A chuva faz lama
Eu tenho um plano
Mesmo com o passar dos anos
Porque velho é o tempo
Eu sou novo
Eternamente novo
Com os pés descalços
Correndo pelo quintal
O tempo tem dois ponteiros
Apontados pro sol
Como flechas
Apagam o dia
E começa a noite
Em cada estrela um ponto do tempo
Que escreve as horas, os minutos e os séculos
E nós
Apenas contamos
domingo, 3 de outubro de 2010
Velha máquina de costura
Da janela
enquanto tempestadiava
Enfrentava monstros
disfarçados de árvores
Salvando o mundo
Até o horizonte
Do mais desconhecia
Vento forte nas folhas
e seus tentáculos quase
me atingiam
Vamos escrever um livro
Sem nenhuma pontuação
E tomar limonada
Adoçada com a alegria guardada
Nos tacos soltos deste chão
enquanto tempestadiava
Enfrentava monstros
disfarçados de árvores
Salvando o mundo
Até o horizonte
Do mais desconhecia
Vento forte nas folhas
e seus tentáculos quase
me atingiam
Vamos escrever um livro
Sem nenhuma pontuação
E tomar limonada
Adoçada com a alegria guardada
Nos tacos soltos deste chão
sábado, 2 de outubro de 2010
Ainda fim
Uma vez depois outra
Quantas mais
Masmorra
Cada escolha um escombro
Da ruína pesando
No ombro
No céu da pátria neste instante
Planos de vôo
Planos de governo
Queda e ascensão da mesma cova
Quem é a solução ?
Tanto pra você
Quanto pra mim
Ah se todo voto fosse assim
Quantas mais
Masmorra
Cada escolha um escombro
Da ruína pesando
No ombro
No céu da pátria neste instante
Planos de vôo
Planos de governo
Queda e ascensão da mesma cova
Quem é a solução ?
Tanto pra você
Quanto pra mim
Ah se todo voto fosse assim
terça-feira, 28 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
No centro do espetáculo
Os desejos dormem
Sustentam soltos
Intraduzíveis pensamentos
O critério do camelo:
Passar a controvérsia
Pelo buraco da agulha
Ou quem passar primeiro
Pra ver se a alma dura
Sustentam soltos
Intraduzíveis pensamentos
O critério do camelo:
Passar a controvérsia
Pelo buraco da agulha
Ou quem passar primeiro
Pra ver se a alma dura
quando crescer
Objetivos óbvios ou
Planos pairam por aí
Havia um menino
Há muito sabia
Que podia ser engano
Mas ele corria
E tropeçava
Pelos buracos da lua
Planos pairam por aí
Havia um menino
Há muito sabia
Que podia ser engano
Mas ele corria
E tropeçava
Pelos buracos da lua
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Nebulosa
O grito pede passagem
Entre santos sanados senadores
Alguns saltam
Outros esperaram vento
Nesta tarde de sol
Vasto céu sem chances
Vai chegar o dia
Em que o homem pisará
Na
Vida
Entre santos sanados senadores
Alguns saltam
Outros esperaram vento
Nesta tarde de sol
Vasto céu sem chances
Vai chegar o dia
Em que o homem pisará
Na
Vida
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Comunicação incomunicável
O que é não é
Aqui é mas não é
Ali é mas aqui é diferente
Agora não é o que é
Agora é e ponto
Pronto pra outra
Outra realidade
Virtual
real
Pontual
Não é isso
É isso
Isso é
Aqui é isso
Isso é isso
Ou é isso ou isso
Ou nada disso
Disso tudo só sobra isso
Por isso eu vejo
Por isso eu escuto
Por isso eu leio
Pra saber isso
Porque isso é importante
Sem isso
Eu sou isso
Agora com isso
Eu não sou isso
Sou mais que isso
Além disso
Sou
Invisível
Aqui é mas não é
Ali é mas aqui é diferente
Agora não é o que é
Agora é e ponto
Pronto pra outra
Outra realidade
Virtual
real
Pontual
Não é isso
É isso
Isso é
Aqui é isso
Isso é isso
Ou é isso ou isso
Ou nada disso
Disso tudo só sobra isso
Por isso eu vejo
Por isso eu escuto
Por isso eu leio
Pra saber isso
Porque isso é importante
Sem isso
Eu sou isso
Agora com isso
Eu não sou isso
Sou mais que isso
Além disso
Sou
Invisível
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A projeção prosa
A projeção
Rascunho noite
quase estrelas quase céu
simples conversa
Poucas palavras e um mapa do possível
Sobrepõe sem pensar
Deixando de lado o só e o se
Imprime nos olhos o desejo distante
De tanto desejar
Te tem
Nada
Agora
Sem mapa, vire-se
em mim
Rascunho noite
quase estrelas quase céu
simples conversa
Poucas palavras e um mapa do possível
Sobrepõe sem pensar
Deixando de lado o só e o se
Imprime nos olhos o desejo distante
De tanto desejar
Te tem
Nada
Agora
Sem mapa, vire-se
em mim
sábado, 11 de setembro de 2010
disque-deus
Queimam livros sagrados
Profanam shoppings da lei
Levam os livres ao templo
Libertam da cruz e pagam o táxi
O assinante desiste do assassinato
E insiste na linha
pra ressuscitar
Profanam shoppings da lei
Levam os livres ao templo
Libertam da cruz e pagam o táxi
O assinante desiste do assassinato
E insiste na linha
pra ressuscitar
Oca Town
Flechas de um tupi sem diploma
Imploram por chuva e por sol
Lá vem enchente cibernética
Inundar o meu quintal
Vi o seu discurso na TV
Mas não sei se vou votar
Voltas e voltas no lugar
E quando eu paro pra assistir
A luz acende
Sinal-de-filmar
Imploram por chuva e por sol
Lá vem enchente cibernética
Inundar o meu quintal
Vi o seu discurso na TV
Mas não sei se vou votar
Voltas e voltas no lugar
E quando eu paro pra assistir
A luz acende
Sinal-de-filmar
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Um nome pra chamar
Um nome pra chamar
Eu nomeei
Sonhos leves de quem vai partir
Trazendo flores e planos
Enquanto buzinas da cidade ensurdecem lá fora
Com os pés na areia escreva meu nome
com o dedo nas nuvens escrevo o seu
Pro vento apagar
Em instantes
Assim como o mar apagará o meu
Eu nomeei
Sonhos leves de quem vai partir
Trazendo flores e planos
Enquanto buzinas da cidade ensurdecem lá fora
Com os pés na areia escreva meu nome
com o dedo nas nuvens escrevo o seu
Pro vento apagar
Em instantes
Assim como o mar apagará o meu
terça-feira, 7 de setembro de 2010
entre janelas e cortinas
Quem me dera
Entregar-me claro
Num jogar-se pra dentro
Sem amarras nem ancoras
mergulho em céu de estrelas
E ficar há um centímetro
Dos seus olhos
E ver que nossas almas
Ainda estão inteiras
Entregar-me claro
Num jogar-se pra dentro
Sem amarras nem ancoras
mergulho em céu de estrelas
E ficar há um centímetro
Dos seus olhos
E ver que nossas almas
Ainda estão inteiras
Conte-me
Conte-me
Com palavras em branco
Do que morre
E do que dura
Num eterno instante
Entre o sonho e o chão
Conte-me
O que se passa passou e passará
Com olhos lágrimas pulso firme
E abraço apertado
Num dia de chuva
Parecendo domingo
Conte-me
Com milhões de enfeites
Falseados plagiados e instigantes
Dos que vivem pouco
Muito mais que eu
Conte-me
Sem sobrar detalhes
O que existe existiu e existirá
Escrito nas linhas da mão
Um futuro cósmico
Na mesa de um bar
Conte-me
Com uma palavra
Sobre o inconstante comum
Do amor e suas acrobacias
Do vento calmo e suas rajadas
Nesses lábios que beijam antes de falar
Conte-me
Mais
nada
Com palavras em branco
Do que morre
E do que dura
Num eterno instante
Entre o sonho e o chão
Conte-me
O que se passa passou e passará
Com olhos lágrimas pulso firme
E abraço apertado
Num dia de chuva
Parecendo domingo
Conte-me
Com milhões de enfeites
Falseados plagiados e instigantes
Dos que vivem pouco
Muito mais que eu
Conte-me
Sem sobrar detalhes
O que existe existiu e existirá
Escrito nas linhas da mão
Um futuro cósmico
Na mesa de um bar
Conte-me
Com uma palavra
Sobre o inconstante comum
Do amor e suas acrobacias
Do vento calmo e suas rajadas
Nesses lábios que beijam antes de falar
Conte-me
Mais
nada
Provável antes
Régias
Estratégias
Na areia dos anos
Enrolando planos em panos quentes
Sonhos doces enquanto arrancam seus dentes
Estratégias
Na areia dos anos
Enrolando planos em panos quentes
Sonhos doces enquanto arrancam seus dentes
sábado, 4 de setembro de 2010
Ponte Móvel
Expandir até virar pó
Inspirar até entrar alma
Há algo de podre
Há algo de reino
Alguém responde silenciosamente
E reina
Respira fundo e expira
Incontestavelmente certo
Inúmeras vezes é preciso
Olhar pra cara no espelho
Bem de perto
Inspirar até entrar alma
Há algo de podre
Há algo de reino
Alguém responde silenciosamente
E reina
Respira fundo e expira
Incontestavelmente certo
Inúmeras vezes é preciso
Olhar pra cara no espelho
Bem de perto
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Há cores ?
A perfeição escorre pelas imagens
Da televisão
quem vai arrumar a antena
do mundo
subindo na carniça
pra girar
o coração ?
Da televisão
quem vai arrumar a antena
do mundo
subindo na carniça
pra girar
o coração ?
Se esse espelho quebrado fosse meu
Esta rua dividida
Sem pedrinhas de brilhante
Passam tanques e carruagens
Sapatinhos de petróleo
Numa vala de esgoto
A canção ao luar
Dos órfãos na calçada
Misturam balé com esmola
E crêem que a sorte chega uma hora
Sem pedrinhas de brilhante
Passam tanques e carruagens
Sapatinhos de petróleo
Numa vala de esgoto
A canção ao luar
Dos órfãos na calçada
Misturam balé com esmola
E crêem que a sorte chega uma hora
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Movediça
Movimento me mantém
Translação da vida
Rotação de quem vem
Move o corpo e as sobras
Começa do mesmo lugar
Voltas em torno do nada
Até o vento muda de ar
O tempo muda pra passar
Muda o gesto e o olhar
Muda a chave e a dobradiça
Muda o fim e a história
Do passo fundo
na
movediça
Translação da vida
Rotação de quem vem
Move o corpo e as sobras
Começa do mesmo lugar
Voltas em torno do nada
Até o vento muda de ar
O tempo muda pra passar
Muda o gesto e o olhar
Muda a chave e a dobradiça
Muda o fim e a história
Do passo fundo
na
movediça
terça-feira, 27 de julho de 2010
fio
Agora
Outra hora
Já é tarde
Acabou
Agora
Outra chance
Outra vez
Outra volta
Outra hora
Ainda é cedo
Depois
Já volta
Se prepare
Agora
Já foi
Já volta
Fique esperto
Se prepare
Vai
Foi
Acabou
Nunca mais
já era
Não,não
Agora
Outra hora
Já é tarde
Acabou
Agora
Outra chance
Outra vez
Outra volta
Outra hora
Ainda é cedo
Depois
Já volta
Se prepare
Agora
Já foi
Já volta
Fique esperto
Se prepare
Vai
Foi
Acabou
Nunca mais
já era
Não,não
Agora
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Linha amarrada ao futuro
Há quem diga tanto faz
Há tanto tempo tenho planos
Há menos tempo do que passa
Há mais passado que persiste
Há nós num quarto escuro
Há sois em cantos claros do infinito
Há versos rabiscados na parede
Há mais cais que mar as vezes
Há quem diga tendo dito tanto faz
Há quem faz
Há tanto
Há mas
Há tanto tempo tenho planos
Há menos tempo do que passa
Há mais passado que persiste
Há nós num quarto escuro
Há sois em cantos claros do infinito
Há versos rabiscados na parede
Há mais cais que mar as vezes
Há quem diga tendo dito tanto faz
Há quem faz
Há tanto
Há mas
substantivo fem. singular
Para quem se diz poder com palavras
De quem se ouve até depois de falar
Presente no que se pode dedicar
Olhos cheios de chão a quem olha
Uma rachadura não faz ruína
Só no céu
cheio de nuvens que tratam de esconder
Antes do amanhecer
De quem se ouve até depois de falar
Presente no que se pode dedicar
Olhos cheios de chão a quem olha
Uma rachadura não faz ruína
Só no céu
cheio de nuvens que tratam de esconder
Antes do amanhecer
anoitece o dia
Cai um pouco de pó
Cada chuva chora um pouco de cor
De cor o coração queima
Quem ama e quem teima
Cada chuva chora um pouco de cor
De cor o coração queima
Quem ama e quem teima
sábado, 17 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Num piscar de estrela
Já foi
Pouco a pouco
agora
é só
pouco
um tanto oco
cheio de chá
chamado
silêncio
Já foi
antes de mim
antes de nós
até depois de amanhã
ao cair da noite
ao raiar do dia
ao cair da estrela
ao chover poesia
Pouco a pouco
agora
é só
pouco
um tanto oco
cheio de chá
chamado
silêncio
Já foi
antes de mim
antes de nós
até depois de amanhã
ao cair da noite
ao raiar do dia
ao cair da estrela
ao chover poesia
quarta-feira, 23 de junho de 2010
SeublueS
Notas na noite
Escala de restos
Em solos sem fim
Nessa mesa vazia
Memoria e fumaça
Alguns se divertem
Outros eu
Falam e riem da vida
Dos sonhos
Dançam e esquecem
Aqui como lá fora
É tudo breu
Escala de restos
Em solos sem fim
Nessa mesa vazia
Memoria e fumaça
Alguns se divertem
Outros eu
Falam e riem da vida
Dos sonhos
Dançam e esquecem
Aqui como lá fora
É tudo breu
Original Silence Jazz Band
Nenhuma palavra nova
Cheia, clareia, afunda ou nota
Nenhuma palava nula
Nuclear, cega, ensina ou ensaia
Nenhuma palavra volta
Se despe, pede ou fica
Nenhuma palavra rasa
Nasce rica, nome, some ou memoriza
Nenhuma palavra som
Sopra, improvisa, avisa ou baba
Nenhuma palavra pó
pedra, cerca, sombra ou sol
Nenhuma palavra apalpa
Nenhuma palavra acaba
Nenhuma palavra bis
Nenhuma
Palavra
kiss
Cheia, clareia, afunda ou nota
Nenhuma palava nula
Nuclear, cega, ensina ou ensaia
Nenhuma palavra volta
Se despe, pede ou fica
Nenhuma palavra rasa
Nasce rica, nome, some ou memoriza
Nenhuma palavra som
Sopra, improvisa, avisa ou baba
Nenhuma palavra pó
pedra, cerca, sombra ou sol
Nenhuma palavra apalpa
Nenhuma palavra acaba
Nenhuma palavra bis
Nenhuma
Palavra
kiss
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
u s o
caco meu rasga lua dies
da seu laico uga car sem
sala grama e cedo cisuu
mas eu diluo grace casa
selo is cada cama ruuge
cai do ser mulu asa cega
com essa cuaga lei urda
acorda u saci seel gema
lume grada sase co caiu
oi dama eua esc sr laguc
mesada ace luico sugar
cade a miss uraca gelou
uge lado mais seca crua
cadulue essa oca migra
alugam se caos ucaried
me da coca seu ar gula si
ac e dc mas elo ruiu saga
louca cria esmaga deus
a i c a o d c m s
r g u l s a e a eu
cada coisa em seu lugar
da seu laico uga car sem
sala grama e cedo cisuu
mas eu diluo grace casa
selo is cada cama ruuge
cai do ser mulu asa cega
com essa cuaga lei urda
acorda u saci seel gema
lume grada sase co caiu
oi dama eua esc sr laguc
mesada ace luico sugar
cade a miss uraca gelou
uge lado mais seca crua
cadulue essa oca migra
alugam se caos ucaried
me da coca seu ar gula si
ac e dc mas elo ruiu saga
louca cria esmaga deus
a i c a o d c m s
r g u l s a e a eu
cada coisa em seu lugar
memoria de cego
Do coração
uma oração
ou suplica de afeto
sem replica
reposta imediata ao
imenso silêncio
que vem
assim que você vai
vai e cai
em mim
como nuvens que passam
sem vestígios
só vem o que vai
só vai o infinito
e fim
uma oração
ou suplica de afeto
sem replica
reposta imediata ao
imenso silêncio
que vem
assim que você vai
vai e cai
em mim
como nuvens que passam
sem vestígios
só vem o que vai
só vai o infinito
e fim
segunda-feira, 14 de junho de 2010
fincomum
Fragmentos ligados
De tão separados
Se tornaram um
Sol dividido em pedaços
Nasce se põe
Em lugar nenhum
De tão separados
Se tornaram um
Sol dividido em pedaços
Nasce se põe
Em lugar nenhum
Olhar de fora
O que vemos aqui
Derretem sonhos
Cidade e jardim
Não se escondam
Olhem de volta
Pra que não olhe pra mim
Derretem sonhos
Cidade e jardim
Não se escondam
Olhem de volta
Pra que não olhe pra mim
cores coração
Olhos perdidos no espaço
Giram em torno do fim
Entre noite e carnaval
Dançam como o vazio
Sem som
Vão
Onde não
São
Giram em torno do fim
Entre noite e carnaval
Dançam como o vazio
Sem som
Vão
Onde não
São
A lei do Se
Meu telefone não toca
Minha caneta não escreve
Nesse meu inverno
A chuva cai neve
Meu óculos não da visão
Minha chave não abre
Será que no seu dia
O meu instante cabe ?
Minha caneta não escreve
Nesse meu inverno
A chuva cai neve
Meu óculos não da visão
Minha chave não abre
Será que no seu dia
O meu instante cabe ?
sábado, 5 de junho de 2010
Silêncio Mínimo
Depois do vento variável
Das nuvens de valores
E do inverno à venda
agora inventa
A chuva
Em câmera lenta
Das nuvens de valores
E do inverno à venda
agora inventa
A chuva
Em câmera lenta
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Tudo o que brilha é ouro
Ir pra onde
há anos-luz
lugar de ontem
Acho que acho que
Tenho que ir
Mais uma vez
Ver o sol sumir
Lá de longe
Rir a toa
Da cara no espelho
Acho que vejo
A saída daqui
Qual a hora
De existir ?
há anos-luz
lugar de ontem
Acho que acho que
Tenho que ir
Mais uma vez
Ver o sol sumir
Lá de longe
Rir a toa
Da cara no espelho
Acho que vejo
A saída daqui
Qual a hora
De existir ?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
voltas e voltas e voltas
Vamos voltar pra onde a gente sempre se encontra, sem que o sol ilumine mas perto dos olhos do céu.
Vamos voltar das voltas que a vida dá pra sentar no mesmo lugar olhando carros, passos e prédios que passam distantes.
Vamos voltar indiscutivelmente pra sala, abrir a porta com vista pra lua, teve desligada e quadros no chão, sem perguntar como foi ficar longe.
Vamos voltar e discutir nossos sonhos, escalar até a laje sem pipa e misturar os doces e colecionar miragens sem sair do lugar.
Vamos voltar e pregar no deserto algumas flores, iludir o mágico por de trás do pano, garantir o almoço e preparar o jantar antes de abraçar a noite
Vamos voltar e pegar fila com a multidão, caminhar descalço pela avenida e pular de alegria quando gritam gol
Vamos rir de tudo um pouco, mudar de espelho e de planos, sem se importar, e antes da chuva tirar roupa do varal.
Vamos voltar falando alto, jogando domino, juntando as folhas pra montar uma arvore, e estrelas pra se lembrar depois.
Vamos voltar, ainda da tempo, tempo, tempo há quanto tempo não te vejo passar por aqui e cumprimentar.
Vamos passar e chamar o vizinho, erguer um muro alto, dormir no quintal com a tv ligada e torçer pra qualquer escola no carnaval.
Por trás da volta existe um vamos, que não se importa com as folhas que gritam distantes, espelhos magicos da tv e avenidas na sala, nem com a vida em pedaços de deserto que passam descalços no quintal encontrando estrelas que ligam o céu antes das flores.
Se lembra antes do tempo, antes do pulo, antes do caminho, antes da laje, antes do quanto, antes do há, antes do gol, antes do pouco, antes do jantar ?
Vamos voltar das voltas que a vida dá pra sentar no mesmo lugar olhando carros, passos e prédios que passam distantes.
Vamos voltar indiscutivelmente pra sala, abrir a porta com vista pra lua, teve desligada e quadros no chão, sem perguntar como foi ficar longe.
Vamos voltar e discutir nossos sonhos, escalar até a laje sem pipa e misturar os doces e colecionar miragens sem sair do lugar.
Vamos voltar e pregar no deserto algumas flores, iludir o mágico por de trás do pano, garantir o almoço e preparar o jantar antes de abraçar a noite
Vamos voltar e pegar fila com a multidão, caminhar descalço pela avenida e pular de alegria quando gritam gol
Vamos rir de tudo um pouco, mudar de espelho e de planos, sem se importar, e antes da chuva tirar roupa do varal.
Vamos voltar falando alto, jogando domino, juntando as folhas pra montar uma arvore, e estrelas pra se lembrar depois.
Vamos voltar, ainda da tempo, tempo, tempo há quanto tempo não te vejo passar por aqui e cumprimentar.
Vamos passar e chamar o vizinho, erguer um muro alto, dormir no quintal com a tv ligada e torçer pra qualquer escola no carnaval.
Por trás da volta existe um vamos, que não se importa com as folhas que gritam distantes, espelhos magicos da tv e avenidas na sala, nem com a vida em pedaços de deserto que passam descalços no quintal encontrando estrelas que ligam o céu antes das flores.
Se lembra antes do tempo, antes do pulo, antes do caminho, antes da laje, antes do quanto, antes do há, antes do gol, antes do pouco, antes do jantar ?
Tardes e Nuncas
Um dia
Dentro do instante
Passados 5 minutos
Volta como antes
Nove da manhã
Amanhã será novo
Tantas voltas
Em volta do ovo
Sábados de dados
Sorte ou acaso
Jogo a moeda
Sem escolher o lado
Acelero o sol
Pra correr o tempo
Queima mais rápido
E o dia passa lento
Dentro do instante
Passados 5 minutos
Volta como antes
Nove da manhã
Amanhã será novo
Tantas voltas
Em volta do ovo
Sábados de dados
Sorte ou acaso
Jogo a moeda
Sem escolher o lado
Acelero o sol
Pra correr o tempo
Queima mais rápido
E o dia passa lento
sexta-feira, 28 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
o pôr-do-céu
só sobrevive o breve sobrevento somos sonhos até acordar sustenidos sustentando sem sentido o sol sobre o som leve só o necessário sou solto nesse rio salto desse censo desnecessário cessa o sol sobra sombra acordes sem cores sem pores sempre sem pressa descéu ao chão dessa descida(de)
Se sobrevive
Sobrevoa
Se sobrevive
Sobrevoa
sábado, 22 de maio de 2010
Nó da noite impar
Quando te vi
Bem
Vi aqui e além
Sonho
Certeza
Ser
Sem ser esperado
a m o r
é imper
do ável
Bem
Vi aqui e além
Sonho
Certeza
Ser
Sem ser esperado
a m o r
é imper
do ável
sexta-feira, 21 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
me-alar-me
me-alar-me
quem te
VI
quem te
VER
di versos
si multa nêos
expl
oram
ár e as
c ele b
ri
da
dos
en
contra
mun
do
quem te
VI
quem te
VER
di versos
si multa nêos
expl
oram
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da
dos
en
contra
mun
do
avess Doavesso
a zero
Aza re reza
Acad acerto
Az ed ace do
ComBa co
Comedo
A band on abarco
Des de on tem
A ponto de do
Par a mal a
F aço pes o
Pay Per so na gem
Imã gem
Mar gem
Ret a
Re mo r
Ser
Pen
so
E na
da
Ex
ta
c
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Acad acerto
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ComBa co
Comedo
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Des de on tem
A ponto de do
Par a mal a
F aço pes o
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Imã gem
Mar gem
Ret a
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Ser
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so
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da
Ex
ta
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quarta-feira, 19 de maio de 2010
Esse pernilongo
hoje era
O PERNILONGO
o dia
sol raiar
O PERNILONGO
poesia
peito aberto
céu fechado
quem sabe
vem estrela
gira, pisca e estrala
terminando assim
O PERNILONGO
tem um pouco de
bifurcação na estrada
a gente não sabe se escreve ou mata
O PERNILONGO
o dia
sol raiar
O PERNILONGO
poesia
peito aberto
céu fechado
quem sabe
vem estrela
gira, pisca e estrala
terminando assim
O PERNILONGO
tem um pouco de
bifurcação na estrada
a gente não sabe se escreve ou mata
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Omemhobjeto
Tiro os sapatos
>>Pra pisar na grama
Deixo que o céu
>>>>Olhe pra mim
Na poça d’água
>>>>>>O mar profundo
Ofereço flores
>>>>>>>>Sem retirá-las
O que mais eu faço
>>>>>>>>>>Além do mundo?
>>Pra pisar na grama
Deixo que o céu
>>>>Olhe pra mim
Na poça d’água
>>>>>>O mar profundo
Ofereço flores
>>>>>>>>Sem retirá-las
O que mais eu faço
>>>>>>>>>>Além do mundo?
Praça de São Pedro
Há quem morda a maça no escuro
Há quem vê o reflexo da lua e pula
A face de deus no espelho trincado
Também é a sua
Perco a conta das imperfeições ao apagar
Sonho e esqueço pra não realizar
Sete chaves no vôo do coração
Tranco a porta e sento na privada
Invisível é a tela do filme que passa
Paro e obedeço sem sentir meu furacão
Disfarço a lata com a minha pele
Digo teu nome pra não falar em tentação
Todos cedem, falham, e pedem bis
Até os que caem do céu
I
lu
Mi
Nam
Pois todos somos luz
Há os que ficam e os que pulam da cruz
Há quem vê o reflexo da lua e pula
A face de deus no espelho trincado
Também é a sua
Perco a conta das imperfeições ao apagar
Sonho e esqueço pra não realizar
Sete chaves no vôo do coração
Tranco a porta e sento na privada
Invisível é a tela do filme que passa
Paro e obedeço sem sentir meu furacão
Disfarço a lata com a minha pele
Digo teu nome pra não falar em tentação
Todos cedem, falham, e pedem bis
Até os que caem do céu
I
lu
Mi
Nam
Pois todos somos luz
Há os que ficam e os que pulam da cruz
do colibri pra mim
...também não sou da mágica de sumir, sou mais salto mortal, corda bamba e deixar a vida ir...
O Inédito Benedito
Já perdi as chances
De voltar pro meu lugar
Agora resta a volta
Pra onde ainda não estive
Estivesse eu apaixonado
Pra nadar contra a corrente
E descobrir que esse mar
É
A gente
De voltar pro meu lugar
Agora resta a volta
Pra onde ainda não estive
Estivesse eu apaixonado
Pra nadar contra a corrente
E descobrir que esse mar
É
A gente
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Kamibalismo
Eles comem farelos de sol como famintos por luz, comem os nomes, a gravata, o véu, o veludo, os potes de doce, as mães e seus filhos, casulos, árvores, postes, fios elétricos, barracos, mansões, bibliotecas, línguas, a imaginação, o reflexo da lua, castelos de areia, a espada e a cruz, com as próprias mãos.
Eles comem o que vêm pela frente, outras espécies, o que esta ao redor, o antropólogo, a tradição, o desconhecido, soldados, tanques, bandeiras, paises, fadas, feras, semente seca de uma extinta planta que poderia brilhar.
Eles comem os famintos, mastigam os olhos, a alma, a pétala, paginas, pássaros, navios, nuvens, os sobreviventes, o desastre, a questão, orgasmos, estrelas pregadas no escuro do céu, os pregos e o céu.
Eles comem sem lavar as mãos, a chuva, trovões e o raio, o padrão, o perpetuo, o cetro, engolem de uma vez Zeus, jornais, bombas atômicas, a tribo, a cama, o eixo, velhos que passeiam na praça, a praça, casais, promessas e coração.
Eles comem com a boca aberta a fome, o mês de julho, a probabilidade, a prosa , a poesia viva, as colônias, a coluna, as conquistas, os conglomerados internacionais, palitam os dentes devoradores e mastigam o vazio de tudo, o resto, o raso e o profano.
Ele comem sem dó, a primavera, os pernilongos, a wikipédia, as teclas do computador, os robôs recém inventados, os inventores, os anjos, as antas, o capitulo anterior, a terra que não é o centro do universo, o universo e o inverso.
Eles comem cru, engolem o sangue, a lança, a lâmpada, o vidro que nos separa, as cartas, o silêncio, faíscas de nada, o gavião e o punho, o girassol que ficou perdido, o fim da partida, do túnel e o estádio lotado em dia de clássico.
Eles comem um banquete de Jesus e seus apóstolos, as apostas, a ponte, pão, vinho e o espírito santo, a probabilidade, não deixam nem o manto pra contar a historia, comem a historia, o futuro, o hoje e até mesmo o agora.
Eles comem o outro ano, a previsão do tempo, o meu violão, a camisa listrada, the beatles, Yoko Hono, a memória, os mesmos de sempre, o sempre, o ovo, a galinha, o gás, o vasto, o nada, o rastro da gaivota, o crime, o castigo, e seus estômagos continuam pedindo.
Eles comem e acham pouco, comem sem oferecer, o inesperado, o inominável, a fé, a totalidade, a capacidade, os mapas, a maça, os sapatos, a instabilidade, as estatuas de santos, os santos, o escuro, o que não tem vida, a vida, avenidas, os tapetes de sejam bem vindos, a serpente e a mente infinita.
Eles comem o medo, o meio, a chave da porta da frente, a roupa no varal, os cegos, os loucos, as portas, os monges, os que inventam nomes, os que desinventam, o desperdício, os pedaços, o edifício, o guarda da fronteira, os continentes e depois comem o ego e o guardanapo.
Eles comem o fundo do poço, a literatura japonesa, o pau-brasil, os imigrantes, a china, o presidente Obama, os judeus, a segunda guerra mundial, os mortos nas trincheiras, o petróleo, as ilhas que não estão no mapa, o mapa astral, astros de hollywood, o inferno, com direito a todos os ciclos, o palhaço do circo, trombetas, correntes, asas e Ícaros.
Eles comem fuligem, caixas de pandora, quebra-cabeças, patos na montanha, rede de proteção, gafanhotos, uvas sagradas, vacas da índia, papel higiênico usado, a coleção de textos de Shakespeare, o mofo na parede, as quatro paredes, o teto, e janela aberta, o subsolo e a conta de aluguel.
Eles comem o atraso, o relógio, as placas escrito sinta, eles comem quem teme ser devorado, as pirâmides, os faraós, o mar, o cais, o chapéu que o vento leva, o vento, as bocas de lobo, as florestas, o novo mundo, marte, a pizza inteira, o pó, a besteira e se deliciam com a torre eiffel
Eles comem os rins, o rinoceronte, o radar, celular fora do ar, barra de ouro, armas de fogo, o isqueiro, o colete a prova de balas, os pilares da humanidade, as pedras, o caminho, as ruínas, os espinhos, o piano, o som e ainda querem sobremesa.
Eles comem o povo que sabe o que quer, o povo esfarrapado, o povo gripado, o povo que pega latinhas, o povo que pede carona, o povo sem palavras, o povo que quer justiça, o povo que se sacrifica, Eles comem o povo. (Pra acabar com o assunto)
Eles comem a noite, o distante, a saudade, o fim da ligação, a boca, a voz, os planos, os ratos, a carniça, o buraco negro, o sopro de vida, a hora certa, o dado do jogo, as regras do jogo, o jogo, a verdade inventada, a verdade de quem vê, a idade da pedra, a era do ouro, o ciclo do café, a massa e o bolo.
Eles comem o ponto final, o estrago, o sinal fechado, o aço, o jardim, os lírios, as lagrimas, o jato, a saída, o terceiro lugar, as fabricas, o capuz, o pus, Montéquios, Capuletos, o acaso, os apelos, os pelos, os elos, o azul, o cinza, o amarelo, as cores ( com uma mordida )
Eles comem o frio, a folha que cai seca, o guarda chuva em dia de chuva, o carpinteiro, a madeira, as minhocas escondidas, os esconderijos, o imperceptível, os óculos escuros, as lentes de contato, o sinal de fumaça, o manequim do shopping, o osso do cachorro, o cachorro, a espera, o desespero, as pernas cruzadas, o obvio e o breve
Eles comem e querem mais, os ais, as cartas, o homem de lata, tratores, tratados, a beleza, o feio, o falsificado, o botão de rosa, a flor de Hiroshima, a grama, outros tempos, novos rumos, o veneno, o venerado, os heróis, Eros, erros, sorte, a volta por cima, a roupa de baixo, a promoção da loja, a loja, a lapide, a coroa, a cova, a enxada, os vermes e a caveira.
Eles comem os homens canibais
Eles comem os deuses canibais
E depois se comem
Eles comem o que vêm pela frente, outras espécies, o que esta ao redor, o antropólogo, a tradição, o desconhecido, soldados, tanques, bandeiras, paises, fadas, feras, semente seca de uma extinta planta que poderia brilhar.
Eles comem os famintos, mastigam os olhos, a alma, a pétala, paginas, pássaros, navios, nuvens, os sobreviventes, o desastre, a questão, orgasmos, estrelas pregadas no escuro do céu, os pregos e o céu.
Eles comem sem lavar as mãos, a chuva, trovões e o raio, o padrão, o perpetuo, o cetro, engolem de uma vez Zeus, jornais, bombas atômicas, a tribo, a cama, o eixo, velhos que passeiam na praça, a praça, casais, promessas e coração.
Eles comem com a boca aberta a fome, o mês de julho, a probabilidade, a prosa , a poesia viva, as colônias, a coluna, as conquistas, os conglomerados internacionais, palitam os dentes devoradores e mastigam o vazio de tudo, o resto, o raso e o profano.
Ele comem sem dó, a primavera, os pernilongos, a wikipédia, as teclas do computador, os robôs recém inventados, os inventores, os anjos, as antas, o capitulo anterior, a terra que não é o centro do universo, o universo e o inverso.
Eles comem cru, engolem o sangue, a lança, a lâmpada, o vidro que nos separa, as cartas, o silêncio, faíscas de nada, o gavião e o punho, o girassol que ficou perdido, o fim da partida, do túnel e o estádio lotado em dia de clássico.
Eles comem um banquete de Jesus e seus apóstolos, as apostas, a ponte, pão, vinho e o espírito santo, a probabilidade, não deixam nem o manto pra contar a historia, comem a historia, o futuro, o hoje e até mesmo o agora.
Eles comem o outro ano, a previsão do tempo, o meu violão, a camisa listrada, the beatles, Yoko Hono, a memória, os mesmos de sempre, o sempre, o ovo, a galinha, o gás, o vasto, o nada, o rastro da gaivota, o crime, o castigo, e seus estômagos continuam pedindo.
Eles comem e acham pouco, comem sem oferecer, o inesperado, o inominável, a fé, a totalidade, a capacidade, os mapas, a maça, os sapatos, a instabilidade, as estatuas de santos, os santos, o escuro, o que não tem vida, a vida, avenidas, os tapetes de sejam bem vindos, a serpente e a mente infinita.
Eles comem o medo, o meio, a chave da porta da frente, a roupa no varal, os cegos, os loucos, as portas, os monges, os que inventam nomes, os que desinventam, o desperdício, os pedaços, o edifício, o guarda da fronteira, os continentes e depois comem o ego e o guardanapo.
Eles comem o fundo do poço, a literatura japonesa, o pau-brasil, os imigrantes, a china, o presidente Obama, os judeus, a segunda guerra mundial, os mortos nas trincheiras, o petróleo, as ilhas que não estão no mapa, o mapa astral, astros de hollywood, o inferno, com direito a todos os ciclos, o palhaço do circo, trombetas, correntes, asas e Ícaros.
Eles comem fuligem, caixas de pandora, quebra-cabeças, patos na montanha, rede de proteção, gafanhotos, uvas sagradas, vacas da índia, papel higiênico usado, a coleção de textos de Shakespeare, o mofo na parede, as quatro paredes, o teto, e janela aberta, o subsolo e a conta de aluguel.
Eles comem o atraso, o relógio, as placas escrito sinta, eles comem quem teme ser devorado, as pirâmides, os faraós, o mar, o cais, o chapéu que o vento leva, o vento, as bocas de lobo, as florestas, o novo mundo, marte, a pizza inteira, o pó, a besteira e se deliciam com a torre eiffel
Eles comem os rins, o rinoceronte, o radar, celular fora do ar, barra de ouro, armas de fogo, o isqueiro, o colete a prova de balas, os pilares da humanidade, as pedras, o caminho, as ruínas, os espinhos, o piano, o som e ainda querem sobremesa.
Eles comem o povo que sabe o que quer, o povo esfarrapado, o povo gripado, o povo que pega latinhas, o povo que pede carona, o povo sem palavras, o povo que quer justiça, o povo que se sacrifica, Eles comem o povo. (Pra acabar com o assunto)
Eles comem a noite, o distante, a saudade, o fim da ligação, a boca, a voz, os planos, os ratos, a carniça, o buraco negro, o sopro de vida, a hora certa, o dado do jogo, as regras do jogo, o jogo, a verdade inventada, a verdade de quem vê, a idade da pedra, a era do ouro, o ciclo do café, a massa e o bolo.
Eles comem o ponto final, o estrago, o sinal fechado, o aço, o jardim, os lírios, as lagrimas, o jato, a saída, o terceiro lugar, as fabricas, o capuz, o pus, Montéquios, Capuletos, o acaso, os apelos, os pelos, os elos, o azul, o cinza, o amarelo, as cores ( com uma mordida )
Eles comem o frio, a folha que cai seca, o guarda chuva em dia de chuva, o carpinteiro, a madeira, as minhocas escondidas, os esconderijos, o imperceptível, os óculos escuros, as lentes de contato, o sinal de fumaça, o manequim do shopping, o osso do cachorro, o cachorro, a espera, o desespero, as pernas cruzadas, o obvio e o breve
Eles comem e querem mais, os ais, as cartas, o homem de lata, tratores, tratados, a beleza, o feio, o falsificado, o botão de rosa, a flor de Hiroshima, a grama, outros tempos, novos rumos, o veneno, o venerado, os heróis, Eros, erros, sorte, a volta por cima, a roupa de baixo, a promoção da loja, a loja, a lapide, a coroa, a cova, a enxada, os vermes e a caveira.
Eles comem os homens canibais
Eles comem os deuses canibais
E depois se comem
A Porta Gaiola
A palavra vida
Não é vida
Em um passo
Cem trilhas
Saio a vagar
Com o obvio
E o nunca visto
Pelas luxuosas ruínas
Da rua sem graça
Estupefatos de estupidez
Chuvosa alegria
Cheios de cachaça
Muito pra dizer
Tropeço na palavra
Muita coisa em uma
E a vida passa
Não é vida
Em um passo
Cem trilhas
Saio a vagar
Com o obvio
E o nunca visto
Pelas luxuosas ruínas
Da rua sem graça
Estupefatos de estupidez
Chuvosa alegria
Cheios de cachaça
Muito pra dizer
Tropeço na palavra
Muita coisa em uma
E a vida passa
terça-feira, 11 de maio de 2010
Escolhi eu a vós
Cada um o seu destino
Ou segue em silêncio
Ou toca o sino do desatino
Ouvindo a sua voz mais sua
No quebra-cabeça da peça
No olho da decisão
Faça o que tem que fazer
Mas faça depressa
E de coração
Ou segue em silêncio
Ou toca o sino do desatino
Ouvindo a sua voz mais sua
No quebra-cabeça da peça
No olho da decisão
Faça o que tem que fazer
Mas faça depressa
E de coração
sábado, 8 de maio de 2010
Fechado para pousos e decolagens
Onde estava o escudo?
Escureceu aqui dentro
Liga o sol pra me cegar
E deixa tudo exatamente
Onde nunca vai estar
Escureceu aqui dentro
Liga o sol pra me cegar
E deixa tudo exatamente
Onde nunca vai estar
Cai cai cadente
Chuva de estrelas
Esburacando tetos iluminando quintais
e coroando infelizes capas de jornais
A lua desengonçada desabou
Crateras de piscina jardins solitários
bandeira desbotada grandes passos apagados
e flashes de quem não tinha telescópio
Facilitou pro astronauta
Almoça em casa com seus astronautinhas
São Jorge sem lança se lança no asfalto
De moto com seu capacete de metal
Vi o seu dragão no teatro
Representando o papel do moinho de vento
Tudo pra ser o novo astro internacional
Desistam de buzinar
Nuvens só seguem as vontades do vento
Ficam horas apreciando a vista
Nem olham tua cara de bravo tua mão acenando
E o sinal aberto
Olha só
É impressão minha ou
O azul esta cada vez mais perto ?
Esburacando tetos iluminando quintais
e coroando infelizes capas de jornais
A lua desengonçada desabou
Crateras de piscina jardins solitários
bandeira desbotada grandes passos apagados
e flashes de quem não tinha telescópio
Facilitou pro astronauta
Almoça em casa com seus astronautinhas
São Jorge sem lança se lança no asfalto
De moto com seu capacete de metal
Vi o seu dragão no teatro
Representando o papel do moinho de vento
Tudo pra ser o novo astro internacional
Desistam de buzinar
Nuvens só seguem as vontades do vento
Ficam horas apreciando a vista
Nem olham tua cara de bravo tua mão acenando
E o sinal aberto
Olha só
É impressão minha ou
O azul esta cada vez mais perto ?
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Tempormim
Tempo de fina flor que brilha sem perfume
Tempo de arte da ambição e do estrume
Tempo apertando a vida na cintura
Tempo ardendo nos olhos do tempo
Numa ampulheta cibernética
Caracteres-estrelas-de-areia
Nosso tempo tem pouco possível
Antes o tempo que parou
Esse mundo já é parte dos músculos de Atlas
Que tanto
Nas costas carregou
Tempo de arte da ambição e do estrume
Tempo apertando a vida na cintura
Tempo ardendo nos olhos do tempo
Numa ampulheta cibernética
Caracteres-estrelas-de-areia
Nosso tempo tem pouco possível
Antes o tempo que parou
Esse mundo já é parte dos músculos de Atlas
Que tanto
Nas costas carregou
quarta-feira, 5 de maio de 2010
si len cio sol
Quando descobrir
Que o amor não existe exato exit exu e chão
Não fale nada feche asa túmulo sem tumulto ache galáxia ouro tudo e alto falante mudo
Guarde silêncio lençol azul janela aberta vestido verde
deixe que o girassol siga o caminho dele como hoje sempre e antes
Vai que um desavisado
Vem e vem e vem
E vê algo em você
Que jamais alguém viu
viu
Que o amor não existe exato exit exu e chão
Não fale nada feche asa túmulo sem tumulto ache galáxia ouro tudo e alto falante mudo
Guarde silêncio lençol azul janela aberta vestido verde
deixe que o girassol siga o caminho dele como hoje sempre e antes
Vai que um desavisado
Vem e vem e vem
E vê algo em você
Que jamais alguém viu
viu
terça-feira, 4 de maio de 2010
Leia-me
( Sem Figuras Nem Diálogos )
Agora acabou a canção
De olho no contine nte
Sobras de sim
Folhas ao vento
Passam na minha mente
Agora acabou o riso
De olho no ex poente
Sobras de mim
Falhas ao vento
Passados na minha lente
Agora acabou a graça
De olho nas cer pente
Sobras de fim
Filhas ao vento
Pássaros na minha frente
Frases praticasuais
Átilã
Sem cais
Agora acabou a canção
De olho no contine nte
Sobras de sim
Folhas ao vento
Passam na minha mente
Agora acabou o riso
De olho no ex poente
Sobras de mim
Falhas ao vento
Passados na minha lente
Agora acabou a graça
De olho nas cer pente
Sobras de fim
Filhas ao vento
Pássaros na minha frente
Frases praticasuais
Átilã
Sem cais
segunda-feira, 3 de maio de 2010
As incríveis palavras de um par de sapatos engraxados
Ele usava terno cinza pra dizer que não tinha tempo volta ou caspa
tinha um emprego que combinava com gravata vírgula e aspas
Ele só andava de carro prata pra dizer que através do vidro fume via a mesma vida mesma lua mesmo amor e pra economizar sola dos sapatos saia cidade afora sem sair de dentro
Ele gostava de impressionar pra dizer o que era preciso aos prezados pregados sem nunca passar batido e já não era um menino magro era homem fino e só andava pra frente em volta do centro
Ele falava alto pra dizer que não tinha medo rugas ou dente postiço e podia gastar dinheiro mastercards money aos monkeys e dispensar calendários só dois ponteiros em casto movimento
Um dia
Ele berrou:
- Vai se fude.
Não precisou dizer mais nada
E sumiu com o vento
tinha um emprego que combinava com gravata vírgula e aspas
Ele só andava de carro prata pra dizer que através do vidro fume via a mesma vida mesma lua mesmo amor e pra economizar sola dos sapatos saia cidade afora sem sair de dentro
Ele gostava de impressionar pra dizer o que era preciso aos prezados pregados sem nunca passar batido e já não era um menino magro era homem fino e só andava pra frente em volta do centro
Ele falava alto pra dizer que não tinha medo rugas ou dente postiço e podia gastar dinheiro mastercards money aos monkeys e dispensar calendários só dois ponteiros em casto movimento
Um dia
Ele berrou:
- Vai se fude.
Não precisou dizer mais nada
E sumiu com o vento
domingo, 2 de maio de 2010
hoje eu fui embora do hoje
Deixei o teu olhar no espelho
Teu vento nos pulmões
Teus lábios no batom
Tua paz na geladeira
Tua carta na caneta
Tua lua no varal
Tua em tom
Teu no eu
Teus às
T no O
Te
Nu
Tem
Hoje eu fui embora levei silêncio nenhum sinal nenhum destino rumo ao chão invisível olhar fixo idéia móvel auto sol plena cruz plano B maremoto novo mar carrossel pelo céu jogo sujo aclamado transe em transe tempestade pelos raios que a noite traz
Ah tá
Então
Até
Teu vento nos pulmões
Teus lábios no batom
Tua paz na geladeira
Tua carta na caneta
Tua lua no varal
Tua em tom
Teu no eu
Teus às
T no O
Te
Nu
Tem
Hoje eu fui embora levei silêncio nenhum sinal nenhum destino rumo ao chão invisível olhar fixo idéia móvel auto sol plena cruz plano B maremoto novo mar carrossel pelo céu jogo sujo aclamado transe em transe tempestade pelos raios que a noite traz
Ah tá
Então
Até
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Declaração de amor
Quero tua luz no apagão do sol
Quero tua voz em orquestra sinfônica
Quero tua gota em naufrágio sem bote
Quero teu e-mail em relâmpagos virtuais
Quero teus kilometros por hora na via crucis da alma
Quero teus livros em biblioteca de sims
Quero teu labirinto em sonhos de Dedalus
Quero teu resultado em quedas da bolsa
Quero teu discurso em horário eleitoral
Quero teu android em filme do futuro
Quero tua multidão na estação da Sé
Quero tua miséria em favela queimada
Quero teus efeitos em cinema 3D
Quero tua censura em meus olhos cubanos
Quero tua grife na passarela da moda
Quero tua sopa em inverno inglês
Quero tua tempestade na terra do sol
Quero tua terra na sola dos sapatos
Quero tua rima adocicada em poema amargo
Quero teu establishment em outdoor luminoso
Quero tua razão em racionalidade louca
Quero tua coreografia de índio no programda de domingo
Quero tua canção tecnocrata playback no show ao vivo
Quero tuas receitas faladas todas as manhãs
Quero a mídia como porta voz de sua rebeldia
Quero teu circo cheio de espetáculos divertidos
Quero teus heróis em gibi da Marvel
Quero tua fogueira sacrificando os pagãos
Quero tua criança chamando pela mãe
Quero te ouvir ver sentir e dizer
Quero que ressuscite em 3 dias uma extinta emoção
Quero que os cientistas não desvendem o seu amor
Quero que tenha um vestido de 40 mil na sua estatua de cera
Quero que seja o som do cello da minha cabeça
Quero que seja uniforme da minha escola privada
Quero que seja a minha coca cola retornável de volta a minha geladeira
Quero que seja as 200 paginas em branco do meu bestseller premiado
Quero que seja o outro tom da minha banda
Quero que seja o vento em ambas as asas
Quero que seja o meu teamoprasempre@gmail.com
Quero que seja a saída mais perto do incêndio no prédio
Quero que seja minha moeda estável minha coroa e a minha cara
Quero que seja o programa que vende produto pra parecer que tem 10 kilos a menos da minha TV
Quero
teu
céu
em
noite
estrelada
Só isso e mais nada
Quero tua voz em orquestra sinfônica
Quero tua gota em naufrágio sem bote
Quero teu e-mail em relâmpagos virtuais
Quero teus kilometros por hora na via crucis da alma
Quero teus livros em biblioteca de sims
Quero teu labirinto em sonhos de Dedalus
Quero teu resultado em quedas da bolsa
Quero teu discurso em horário eleitoral
Quero teu android em filme do futuro
Quero tua multidão na estação da Sé
Quero tua miséria em favela queimada
Quero teus efeitos em cinema 3D
Quero tua censura em meus olhos cubanos
Quero tua grife na passarela da moda
Quero tua sopa em inverno inglês
Quero tua tempestade na terra do sol
Quero tua terra na sola dos sapatos
Quero tua rima adocicada em poema amargo
Quero teu establishment em outdoor luminoso
Quero tua razão em racionalidade louca
Quero tua coreografia de índio no programda de domingo
Quero tua canção tecnocrata playback no show ao vivo
Quero tuas receitas faladas todas as manhãs
Quero a mídia como porta voz de sua rebeldia
Quero teu circo cheio de espetáculos divertidos
Quero teus heróis em gibi da Marvel
Quero tua fogueira sacrificando os pagãos
Quero tua criança chamando pela mãe
Quero te ouvir ver sentir e dizer
Quero que ressuscite em 3 dias uma extinta emoção
Quero que os cientistas não desvendem o seu amor
Quero que tenha um vestido de 40 mil na sua estatua de cera
Quero que seja o som do cello da minha cabeça
Quero que seja uniforme da minha escola privada
Quero que seja a minha coca cola retornável de volta a minha geladeira
Quero que seja as 200 paginas em branco do meu bestseller premiado
Quero que seja o outro tom da minha banda
Quero que seja o vento em ambas as asas
Quero que seja o meu teamoprasempre@gmail.com
Quero que seja a saída mais perto do incêndio no prédio
Quero que seja minha moeda estável minha coroa e a minha cara
Quero que seja o programa que vende produto pra parecer que tem 10 kilos a menos da minha TV
Quero
teu
céu
em
noite
estrelada
Só isso e mais nada
Quem Espera Sempre
Espera a pêra escorregar pela boca
Espera o pior passar por outra parte
Espera pra dizer pra ela o que se passa
Espera repetir o raio da manhã toda manhã
Espera poder esconder o oeste do leste
Espera escapar pela espinha da vida
Espera espirrar o vírus espião pra lá
Espera escrever um livro extraconjugal
Espera é áspera e funda e explosiva
Espera carona pela estrada sem mapa
Espera a era dos que enganam o mar
Espera o guerreiro perder a espada
Espera por todos os que não sabem voltar
Espera por lados que a lua não brilha
Espera partir o sol antes do por
Espera sair o grito antes da dor
Espera cair do galho o beija flor
Espera falar mais alto que o girassol
Espera correr pra longe do vendaval
Espera ganhar a grana pro apartamento
Espera encher o tanque pra sair de casa
Espera piorar o tempo pra dançar na chuva
Espera pedir piedade ao nosso senhor
Espera dizer a verdade em cinzas de cidade
Espera o que foi ser o mesmo agora
Espera fazer de novo a surpresa
Espera acender a luz pra abrir os olhos
Espera acender o fogo pra queimar o dedo
Esperar abrir a jaula pra morder o leão
Espera entender o caminho pra perder o rumo
Espera ruir o templo pra fazer a prece
Espera trazer o gato pra sentir o queijo
Espera uivar pra lua pra raiar o dia
Espera imitar os deuses bebendo vinho
Espera olhar pra trás pra seguir em frente
Espera partir o pão pra vendar o cristo
Espera amar o próximo pra matar o filho
Espera sentir a luz dos olhos do inimigo
Espera dormir a vida pra sonhar a morte
Espera fingir de cego pra atravessar a rua
Espera ganhar um carro na formatura
Espera hoje a visita de amanhã
Espera jantar de velas sob a luz da lua
Espera lavar os pratos sem gastar água
Espera Zé não desiste dessa não
Espera cair de quatro pra dizer que é gato
Espera voltar as costas pra ter certeza
Espera bater o sino pra aceitar o vazio
Espera nadar no mar pra pular do navio
Esperar girar o mundo pra sair do lugar
Espera fazer os planos sem jogar o dado
Espera limão no pé de laranja seco
Espera trazer o que partiu de si
Espera quebrar o vidro pra pedir a bola
Espera sala de estar em casa vazia
Espera imaginar pra colorir a folha
Espera o céu te encher de estrelas
Espera o único sentido em espiral pular do prédio perder altitude quebrar o braço mudar de idéia ligar desmarcando pedir desculpas e se perfumar
Espera
Espera espia e para
Espera o pior passar por outra parte
Espera pra dizer pra ela o que se passa
Espera repetir o raio da manhã toda manhã
Espera poder esconder o oeste do leste
Espera escapar pela espinha da vida
Espera espirrar o vírus espião pra lá
Espera escrever um livro extraconjugal
Espera é áspera e funda e explosiva
Espera carona pela estrada sem mapa
Espera a era dos que enganam o mar
Espera o guerreiro perder a espada
Espera por todos os que não sabem voltar
Espera por lados que a lua não brilha
Espera partir o sol antes do por
Espera sair o grito antes da dor
Espera cair do galho o beija flor
Espera falar mais alto que o girassol
Espera correr pra longe do vendaval
Espera ganhar a grana pro apartamento
Espera encher o tanque pra sair de casa
Espera piorar o tempo pra dançar na chuva
Espera pedir piedade ao nosso senhor
Espera dizer a verdade em cinzas de cidade
Espera o que foi ser o mesmo agora
Espera fazer de novo a surpresa
Espera acender a luz pra abrir os olhos
Espera acender o fogo pra queimar o dedo
Esperar abrir a jaula pra morder o leão
Espera entender o caminho pra perder o rumo
Espera ruir o templo pra fazer a prece
Espera trazer o gato pra sentir o queijo
Espera uivar pra lua pra raiar o dia
Espera imitar os deuses bebendo vinho
Espera olhar pra trás pra seguir em frente
Espera partir o pão pra vendar o cristo
Espera amar o próximo pra matar o filho
Espera sentir a luz dos olhos do inimigo
Espera dormir a vida pra sonhar a morte
Espera fingir de cego pra atravessar a rua
Espera ganhar um carro na formatura
Espera hoje a visita de amanhã
Espera jantar de velas sob a luz da lua
Espera lavar os pratos sem gastar água
Espera Zé não desiste dessa não
Espera cair de quatro pra dizer que é gato
Espera voltar as costas pra ter certeza
Espera bater o sino pra aceitar o vazio
Espera nadar no mar pra pular do navio
Esperar girar o mundo pra sair do lugar
Espera fazer os planos sem jogar o dado
Espera limão no pé de laranja seco
Espera trazer o que partiu de si
Espera quebrar o vidro pra pedir a bola
Espera sala de estar em casa vazia
Espera imaginar pra colorir a folha
Espera o céu te encher de estrelas
Espera o único sentido em espiral pular do prédio perder altitude quebrar o braço mudar de idéia ligar desmarcando pedir desculpas e se perfumar
Espera
Espera espia e para
Dois estranhos com algo estranho em comum
Um é infeliz e o outro sabe rir
Um fala demais e o outro tem razão
Um nas nuvens e o outro pé no chão
Um grita desafinado e o outro canta mal
Um bebe muito e o outro fuma pouco
Um tem chapéu e o outro não tem sapato
Um escreve certo e o outro é linha torta
Um sempre volta e o outro nunca saiu
Os dois
Sonham em jogar pela janela a porta
Um fala demais e o outro tem razão
Um nas nuvens e o outro pé no chão
Um grita desafinado e o outro canta mal
Um bebe muito e o outro fuma pouco
Um tem chapéu e o outro não tem sapato
Um escreve certo e o outro é linha torta
Um sempre volta e o outro nunca saiu
Os dois
Sonham em jogar pela janela a porta
os seus eternos-instantes
um dia é outro do outro que um
dia foi o mesmo do outro dia
naquele buraco fomos
roídos pelo relógio
no meio do peito
que aspirou
a semana de pó no carpete
não passo do teu passado
meus passos de hoje
não chegam
a nenhum
amanhã
um ano dois três décadas
e nunca vão parar
o deserto no
jardim do
tempo
a cada minuto milésimos de sentidos
golpe de segundos à queima roupa
Outra hora seremos capazes
de entender tudo o que
faltou ontem ecos no
tempo não queimam
não jogam moedas
apenas escrevem
sempre esta
historia
intermi
navel
men
te
até
o fim
de todos
esses dias
o que esta amando agora ?
dia foi o mesmo do outro dia
naquele buraco fomos
roídos pelo relógio
no meio do peito
que aspirou
a semana de pó no carpete
não passo do teu passado
meus passos de hoje
não chegam
a nenhum
amanhã
um ano dois três décadas
e nunca vão parar
o deserto no
jardim do
tempo
a cada minuto milésimos de sentidos
golpe de segundos à queima roupa
Outra hora seremos capazes
de entender tudo o que
faltou ontem ecos no
tempo não queimam
não jogam moedas
apenas escrevem
sempre esta
historia
intermi
navel
men
te
até
o fim
de todos
esses dias
o que esta amando agora ?
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Pêndulo
Deixe um bilhete
Pra eu te esquecer esta noite
Sem olhar pra trás
Estátuas de sal que ficam
Enquanto seguimos perdidos
Trilhando caminhos
Você gritou meu nome
Mas já era tarde
Meus ouvidos meus olhos de sombra e luz
já estavam inquietos ásperos e pregados na cruz
Siga o caminho em direção aos mares remotos do coração
Onde os olhos pingam no chão
Onde o corpo volta pro chão
Onde não se tem mais o chão nem os pés
Na mesa de um bar perto da estação
A cada trem que passa
Chega alguém que pode iluminar o seu mundo e o meu
Deixamos de lado os caminhos cruzados
E sejamos felizes já que chegamos a acreditar
Quando o sol sobe a lua desce
Só quem permanece é o mar
Imune incerto inflexível e imortal
E nos sonhos uma voz continua a gritar
Pra eu te esquecer esta noite
Sem olhar pra trás
Estátuas de sal que ficam
Enquanto seguimos perdidos
Trilhando caminhos
Você gritou meu nome
Mas já era tarde
Meus ouvidos meus olhos de sombra e luz
já estavam inquietos ásperos e pregados na cruz
Siga o caminho em direção aos mares remotos do coração
Onde os olhos pingam no chão
Onde o corpo volta pro chão
Onde não se tem mais o chão nem os pés
Na mesa de um bar perto da estação
A cada trem que passa
Chega alguém que pode iluminar o seu mundo e o meu
Deixamos de lado os caminhos cruzados
E sejamos felizes já que chegamos a acreditar
Quando o sol sobe a lua desce
Só quem permanece é o mar
Imune incerto inflexível e imortal
E nos sonhos uma voz continua a gritar
Azul no Branco
Quando nada acontece
Eu sei que vai ficar
O vazio que é o vazio de sempre
De todo lugar
Quando tudo acontece
O dia amanhece
E a noite esquece
Do sonho de trovões e formas impossíveis
Dos cacos de céu das nuvens queimadas
Nas folhas rabiscadas de azul até a tinta acabar
E o que sobra ?
Só o bom e velho vazio estelar
Que sempre esteve lá
Em silêncio sentado batendo os pés ouvindo jazz
Sempre sempre
No mesmo lugar de antes
Só que agora me sorri
E conta elefantes
Eu sei que vai ficar
O vazio que é o vazio de sempre
De todo lugar
Quando tudo acontece
O dia amanhece
E a noite esquece
Do sonho de trovões e formas impossíveis
Dos cacos de céu das nuvens queimadas
Nas folhas rabiscadas de azul até a tinta acabar
E o que sobra ?
Só o bom e velho vazio estelar
Que sempre esteve lá
Em silêncio sentado batendo os pés ouvindo jazz
Sempre sempre
No mesmo lugar de antes
Só que agora me sorri
E conta elefantes
terça-feira, 27 de abril de 2010
The End
Hoje veio o apocalipse
As trombetas trovão desafinado e ruído de radio mal sintonizado
A face de Deus entre nuvens uma forma indefinida desenho animado e abstrato sem cor
Difícil de ver o formato e os detalhes do rosto
Teve quem olhou com óculos 3D
Um anjo cinza ferro velho chegou até o quintal
Voz enlatada péssima dicção estridente
Mal pude entender o que dizia
Apocalipse ultrapassado
Sem eco sem dolby surround digital
O de Hollywood
É mais indicado pro nosso final
As trombetas trovão desafinado e ruído de radio mal sintonizado
A face de Deus entre nuvens uma forma indefinida desenho animado e abstrato sem cor
Difícil de ver o formato e os detalhes do rosto
Teve quem olhou com óculos 3D
Um anjo cinza ferro velho chegou até o quintal
Voz enlatada péssima dicção estridente
Mal pude entender o que dizia
Apocalipse ultrapassado
Sem eco sem dolby surround digital
O de Hollywood
É mais indicado pro nosso final
Partindo daquilo que vem depois
Aço mental fincado no pé
Movimento pura identidade de um sol corrosivo
Leões pedras páginas nuvens estrelas moscas blecautes sóis e pores
Dançam compulsivamente
No salão de festas e no porão de metas
Da minha mente
Movimento pura identidade de um sol corrosivo
Leões pedras páginas nuvens estrelas moscas blecautes sóis e pores
Dançam compulsivamente
No salão de festas e no porão de metas
Da minha mente
Só uma estrela só
Entre as nuvens soltas camufladas na noite
Só uma estrela
Nessa imensa escuridão de rio corrente e estradas
Só uma estrela
Pros insones poetas famintos e iluminados
Só uma estrela
Pros que esperam algo cair sem mais nem menos do céu
Só uma estrela
Pros que olham pra cima antes de fecharem os olhos e sonhar em paz
Só uma estrela
Pros fantasmas que vagam de bar em bar atrás de um corpo
Só uma estrela
Pra todos os anjos e preces esquecidas
Só uma estrela
No olho no vento na alma do furacão
Só uma estrela
No lado escuro do coração que brilha
Só uma estrela
No azul desbotado da bandeira
Só uma estrela
Depois de um longo longo dia
Só uma estrela
Pras árvores que buscam expandir a si próprias
Só uma estrela
Pra noite que não está pra estrela deste tamanho
Só uma
Acima do mar de luzes infinitas
Só
Só uma estrela
Nessa imensa escuridão de rio corrente e estradas
Só uma estrela
Pros insones poetas famintos e iluminados
Só uma estrela
Pros que esperam algo cair sem mais nem menos do céu
Só uma estrela
Pros que olham pra cima antes de fecharem os olhos e sonhar em paz
Só uma estrela
Pros fantasmas que vagam de bar em bar atrás de um corpo
Só uma estrela
Pra todos os anjos e preces esquecidas
Só uma estrela
No olho no vento na alma do furacão
Só uma estrela
No lado escuro do coração que brilha
Só uma estrela
No azul desbotado da bandeira
Só uma estrela
Depois de um longo longo dia
Só uma estrela
Pras árvores que buscam expandir a si próprias
Só uma estrela
Pra noite que não está pra estrela deste tamanho
Só uma
Acima do mar de luzes infinitas
Só
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Sem Nome
No caderno guardo
tua voz
Tua boca nos meus
ouvidos
Estrondo em brancas
paginas
Lugares distantes
dentro de linhas
Toda letra
olha nos olhos
Em segredo
vê o elo
Entre o invisível
e o não-existo
Todo abismo
começa nos olhos
Falência de
todos os santos
A tua cidade
vazia sem sol
Pronta para a
ruína
Que vem lenta
em passos leves
Qual o sinal ?
Saberás quem és pelo beijo que transborda o silêncio
do teu
olhar
tua voz
Tua boca nos meus
ouvidos
Estrondo em brancas
paginas
Lugares distantes
dentro de linhas
Toda letra
olha nos olhos
Em segredo
vê o elo
Entre o invisível
e o não-existo
Todo abismo
começa nos olhos
Falência de
todos os santos
A tua cidade
vazia sem sol
Pronta para a
ruína
Que vem lenta
em passos leves
Qual o sinal ?
Saberás quem és pelo beijo que transborda o silêncio
do teu
olhar
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Desejo-vos boa noite
Sonhos casuais
não mandam cartas
esquecem e saem pela cidade
com um sorriso pálido de quem desistiu
com um céu sem luz sem lua sem céu
com os olhos apagados numa estrada escura
dizendo que a liberdade
é mais um palito de fósforo que se queima e fim
é mais um poema que queimo aqui
quem me dera cinzas sem respostas
encherem de sol os meus pulmões
e clarearem o caminho para os deuses.
No coração do viajante
existe o alto da montanha numa noite de alcançar estrelas
vento gelado por toda a madrugada
e uma cabana
sem frio
não mandam cartas
esquecem e saem pela cidade
com um sorriso pálido de quem desistiu
com um céu sem luz sem lua sem céu
com os olhos apagados numa estrada escura
dizendo que a liberdade
é mais um palito de fósforo que se queima e fim
é mais um poema que queimo aqui
quem me dera cinzas sem respostas
encherem de sol os meus pulmões
e clarearem o caminho para os deuses.
No coração do viajante
existe o alto da montanha numa noite de alcançar estrelas
vento gelado por toda a madrugada
e uma cabana
sem frio
terça-feira, 20 de abril de 2010
Vem pelo vento que ninguém sabe a direção
Quando da árvore dos poetas de fogo e céu uma folha invencível cai diante da escura imensidão da maioria silenciosa paira por toda a eternidade sobre os escombros de uma civilização devastada e o vento faz com que ela atravesse nossos caminhos num sopro cheio de alegria e esperança em dias em que o sol desiste de iluminar
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Para um livro sem alma de estrelas abissais
Em algumas horas da vida deve-se sonhar com o que foi perdido no movediço deserto escuro da impossibilidade humana e uivar para a lua que jamais te escutara.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Mayday
Lucyfer In The Sky With Diamonds
Acabo de ler o jornal, acabou o dia assim, o sol sempre se põe quando isso acontece. Um dia será diferente, eu vou me pôr diante do sol. Fim da brincadeira, a vida é coisa seria, serial killer, por um kilo de salsicha no almoço vale qualquer tarefa. Segue o foco, segue a fé no fogo, ardendo por dentro, transformando em azul tudo o que toco. Uma vez toquei o céu e nunca mais ninguém o tocou. Hoje uma garota tentou me dar veneno, quase que eu aceito pensando que era contra o vírus da influenza H1N1. Existem oportunidades únicas na vida e o resto é coincidências.
Acabo de ler o jornal, acabou o dia assim, o sol sempre se põe quando isso acontece. Um dia será diferente, eu vou me pôr diante do sol. Fim da brincadeira, a vida é coisa seria, serial killer, por um kilo de salsicha no almoço vale qualquer tarefa. Segue o foco, segue a fé no fogo, ardendo por dentro, transformando em azul tudo o que toco. Uma vez toquei o céu e nunca mais ninguém o tocou. Hoje uma garota tentou me dar veneno, quase que eu aceito pensando que era contra o vírus da influenza H1N1. Existem oportunidades únicas na vida e o resto é coincidências.
Respostas, escolhas e vertigem
Um dia vou saber
Onde acaba o céu e começa você
De tantas descobertas
Um vasto mosaico
De coisas que não fiz
Procurar o que esta perdido
Sem saber o que fazer
Querer me tornar um deles
Ferir e proteger
Tudo assim como vem
Esquecer o que estar perto
Lembrar pra desaparecer
Contagem regressiva
Pra nada acontecer
Onde acaba o céu e começa você
De tantas descobertas
Um vasto mosaico
De coisas que não fiz
Procurar o que esta perdido
Sem saber o que fazer
Querer me tornar um deles
Ferir e proteger
Tudo assim como vem
Esquecer o que estar perto
Lembrar pra desaparecer
Contagem regressiva
Pra nada acontecer
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Um grão de areia
Um grão de areia
Fez desabar a duna
Pela praia inteira
Convidou a onda
Pra passear pelo mar
E tomar sorvete
Esse grão ainda é a inspiração
Pra muita cantoria de sereia
Imagina
O que não fariam dois grãos de areia
Fez desabar a duna
Pela praia inteira
Convidou a onda
Pra passear pelo mar
E tomar sorvete
Esse grão ainda é a inspiração
Pra muita cantoria de sereia
Imagina
O que não fariam dois grãos de areia
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Um lugar no mundo
Deve ter caído em sono profundo
Esqueceu da rosa, do povo,
Do jardim e do fim do mundo
Inventou qualquer segredo
Gritou tanto que chegou ao silêncio
Pegou o osso, a bolha e a virtude
Cantou em coro e em comum
Ou quem sabe estará numa ilha deserta
Fazendo um duo para um
Esqueceu da rosa, do povo,
Do jardim e do fim do mundo
Inventou qualquer segredo
Gritou tanto que chegou ao silêncio
Pegou o osso, a bolha e a virtude
Cantou em coro e em comum
Ou quem sabe estará numa ilha deserta
Fazendo um duo para um
Até quando o motor aguenta ?
O primeiro
No primeiro olhar
O terceiro
Nas terceiras intenções
O quarto
Só no quarto
O quinto
Vai pro quintal
O sexto
Faz sentido
O sétimo
Como na sétima série
O oitavo
Parece outono
O nono
É mono
O décimo
Um décimo
De segundo
No primeiro olhar
O terceiro
Nas terceiras intenções
O quarto
Só no quarto
O quinto
Vai pro quintal
O sexto
Faz sentido
O sétimo
Como na sétima série
O oitavo
Parece outono
O nono
É mono
O décimo
Um décimo
De segundo
terça-feira, 13 de abril de 2010
Além-mar
Esqueci de girar
Em torno do sol
Era engano
Errei o plano
Deu branco
Menti pra mim
De bola parada
Disse: ninguém, ninguém
Escrevi até queimar
E vem agora
O mergulho pra aprender a nadar
Em torno do sol
Era engano
Errei o plano
Deu branco
Menti pra mim
De bola parada
Disse: ninguém, ninguém
Escrevi até queimar
E vem agora
O mergulho pra aprender a nadar
segunda-feira, 12 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
O Velho do Banco
Ele parou pra olhar a lagoa
Pássaros, sonhos e pessoas
Longe de toda a sorte e de todo o azar
E o mundão não parou de correr
Até as árvores foram viajar
Enquanto ele
Nunca mais foi visto em outro lugar
Pássaros, sonhos e pessoas
Longe de toda a sorte e de todo o azar
E o mundão não parou de correr
Até as árvores foram viajar
Enquanto ele
Nunca mais foi visto em outro lugar
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Amores turvos
Cada palavra no seu passado
Turn on Turn Off ofuscados
Durante a noite inteira
Caídos e calados
Aff mas o que se pode fazer
Não resta nada
Só eu e você
E o Horóscopo do dia
Amanhã muda tudo
Quem sabe até
Essa palavra
Turvo
Turn on Turn Off ofuscados
Durante a noite inteira
Caídos e calados
Aff mas o que se pode fazer
Não resta nada
Só eu e você
E o Horóscopo do dia
Amanhã muda tudo
Quem sabe até
Essa palavra
Turvo
domingo, 4 de abril de 2010
Mosca sem asas
O que se faz
Pra mudar
Além do mute
O que te fez
Ficar sem ar
Além do muro
Tudo que fiz
Sem pensar
Foi só
Um murro
Parado
No sinal de STOP
Pra mudar
Além do mute
O que te fez
Ficar sem ar
Além do muro
Tudo que fiz
Sem pensar
Foi só
Um murro
Parado
No sinal de STOP
O céu nos olhos
Só vou abrir a janela
Quando o sol raiar
Deixo a noite passar frio
Do lado de fora
O amanhã sempre chega
Cedo ou tarde pra chiar
Com suas cores e bandeiras
Só vou abrir a janela
Se o sol quiser entrar
Deixo o clarão esperar
Do lado de fora
Amanhã olho pra lá
E vejo o que os dois
Ao se encontrarem
Inventaram de pintar
Quando o sol raiar
Deixo a noite passar frio
Do lado de fora
O amanhã sempre chega
Cedo ou tarde pra chiar
Com suas cores e bandeiras
Só vou abrir a janela
Se o sol quiser entrar
Deixo o clarão esperar
Do lado de fora
Amanhã olho pra lá
E vejo o que os dois
Ao se encontrarem
Inventaram de pintar
Eu quero que você venha comigo
Acabou o filme
Agora é terra firme
Onde eu piso
Ta liso pra ilusão
A cada passo
Eu pego o passado do chão
Agora é terra firme
Onde eu piso
Ta liso pra ilusão
A cada passo
Eu pego o passado do chão
quarta-feira, 31 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Dragão 2 x 1 Quixote
Vou mudar
Mudo já
Emudeci
Depois do jantar
Sou qualquer um
Tenho o mês todo
Agora só meio
De tanta
Realidade inevitável
O inferno
Tá cheio
Mudo já
Emudeci
Depois do jantar
Sou qualquer um
Tenho o mês todo
Agora só meio
De tanta
Realidade inevitável
O inferno
Tá cheio
Tua Vez
talvez melhor assim
talvez menos mal
talvez impossível
talvez em processo
talvez esqueça isso
talvez era pra ser
talvez
era
uma
vez
talvez menos mal
talvez impossível
talvez em processo
talvez esqueça isso
talvez era pra ser
talvez
era
uma
vez
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
play/pausa
mira em mim
a tua mágoa
esqueça bem
lá no fundo
a gente só tem
um minuto
pra dar risada
e ver que tudo
parou na largada
a tua mágoa
esqueça bem
lá no fundo
a gente só tem
um minuto
pra dar risada
e ver que tudo
parou na largada
Entre um trem e outro
entre um trem e outro
passa
passado presente
planos pro futuro
entre um trem e outro
passa sua ilha
a saída
a hora
entre um trem e outro
já foi
tua chance
e agora ?
passa
passado presente
planos pro futuro
entre um trem e outro
passa sua ilha
a saída
a hora
entre um trem e outro
já foi
tua chance
e agora ?
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Um helicóptero que cai
É um passaro
Um herói sem munição
Destroços de um anjo
Um meteoro
Alguma conspiração
A queda da mais escrota estrela
Homem de aço marcando bobeira
ou apenas o fracasso testando o chão ?
Não, é só a ingratidão
Caindo em nossas cabeças
Um herói sem munição
Destroços de um anjo
Um meteoro
Alguma conspiração
A queda da mais escrota estrela
Homem de aço marcando bobeira
ou apenas o fracasso testando o chão ?
Não, é só a ingratidão
Caindo em nossas cabeças
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Eco
Posso repetir
As mesmas frases
Promessas, chuvas, insônias
Esquecer exatamente o que foi esquecido
Usar o mesmo perfume, jogo, espelho
Repetir as mesmas noites, canções, alegrias
Te fazer perder os mesmos medos, filmes, horários
Repetir os mesmos erros
Livros, planos, domingos
No mesmo por do sol
Mesmo segredo, mesmo abismo
Mesmos olhos
Posso sentir
Mentir
Ignorar
Desaparecer no mundo sem deixar bilhete
Posso repetir
Posso passar
As mesmas frases
Promessas, chuvas, insônias
Esquecer exatamente o que foi esquecido
Usar o mesmo perfume, jogo, espelho
Repetir as mesmas noites, canções, alegrias
Te fazer perder os mesmos medos, filmes, horários
Repetir os mesmos erros
Livros, planos, domingos
No mesmo por do sol
Mesmo segredo, mesmo abismo
Mesmos olhos
Posso sentir
Mentir
Ignorar
Desaparecer no mundo sem deixar bilhete
Posso repetir
Posso passar
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Canção Provisória
Corre pra estação
Olha da janela
Sonha com o amor
Que não sabe nem o nome dela
Espera o progresso assim
Guarda o sucesso pro fim
Olha da janela
Sonha com o amor
Que não sabe nem o nome dela
Espera o progresso assim
Guarda o sucesso pro fim
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Simetria
Saudade
Concreta realidade
Qualquer verdade
Metade
Dividir
O que não se pode
Separar
Onde é que tudo isso
vai parar ?
se
parar
Concreta realidade
Qualquer verdade
Metade
Dividir
O que não se pode
Separar
Onde é que tudo isso
vai parar ?
se
parar
o que for / o que é
Cartas em branco
Uma vida é pouco
Pra amar tanto
Deixo sem nada
A letra passa
Sem encontrar o canto
Pra que me serve
Pra que servir
Sentir
Uma vida é pouco
Pra amar tanto
Deixo sem nada
A letra passa
Sem encontrar o canto
Pra que me serve
Pra que servir
Sentir
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
As veias abertas da estrada infinita
Algo acontece
Quando faço acontecer
Até o que não faço
O que não posso
O que não sei
Muda
Muda de lugar
Muda o modo de perder
Um passo
E vou
Horizonte ali
Não que eu possa tocar
Mas saio
E vou
Pro
Próximo
Lugar impossível de chegar
Quando faço acontecer
Até o que não faço
O que não posso
O que não sei
Muda
Muda de lugar
Muda o modo de perder
Um passo
E vou
Horizonte ali
Não que eu possa tocar
Mas saio
E vou
Pro
Próximo
Lugar impossível de chegar
Ideais de espadas fora do baralho
Fato consumado
Um erro no sistema
Não era bem assim
Nova ordem sem sinal
Um guerrilheiro desperdiça
Revoluções a cobrar
Hoje esta diferente
Não me vê não te vejo
Não existimos nem queremos
Somos o discurso dos outros
Outros ares outras quedas
Nossa arte nossos olhos
Vendidos e vendados
Traídos com um beijo
Por 30 moedas de prata
E uma conta na suíça
Numa noite de insônia
Num jardim a meia noite
Sob um céu de areia movediça
Um erro no sistema
Não era bem assim
Nova ordem sem sinal
Um guerrilheiro desperdiça
Revoluções a cobrar
Hoje esta diferente
Não me vê não te vejo
Não existimos nem queremos
Somos o discurso dos outros
Outros ares outras quedas
Nossa arte nossos olhos
Vendidos e vendados
Traídos com um beijo
Por 30 moedas de prata
E uma conta na suíça
Numa noite de insônia
Num jardim a meia noite
Sob um céu de areia movediça
sábado, 16 de janeiro de 2010
o vôo noturno de Ícarus
asas de cera
derretem
acredite
teus olhos o limite
estrelas apagam
outra noite em Gothan City
só teu silêncio
enquanto me calo
amores líquidos
escorrem
pelo
ralo
derretem
acredite
teus olhos o limite
estrelas apagam
outra noite em Gothan City
só teu silêncio
enquanto me calo
amores líquidos
escorrem
pelo
ralo
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Nem só de poema
se esse poema for nada
melhor nem escrever
durmo acordo e esqueço
ainda vão me agradecer
um monte de palavras ocupando espaço
se não diz nada concorda com nada
resume nada não da pra ser
um dia desses eu bem que faço
algo que pelo menos pareça novo
palavras em forma
flores de aço
é pagar pra ver pra crer
pensando bem
não vou prometer
mas não me levem a mal
se esse poema for nada
(se por descuido alguém estiver a ler)
melhor nem escrever
durmo acordo e esqueço
ainda vão me agradecer
um monte de palavras ocupando espaço
se não diz nada concorda com nada
resume nada não da pra ser
um dia desses eu bem que faço
algo que pelo menos pareça novo
palavras em forma
flores de aço
é pagar pra ver pra crer
pensando bem
não vou prometer
mas não me levem a mal
se esse poema for nada
(se por descuido alguém estiver a ler)
Às Ruas
Terra à vista presos no trânsito
Lá vem os corretores imobiliários
O mesmo grito agora em replay
Relógios ioiôs aspirinas
O mais novo brinquedo do rei
Perdoe a frase de efeito
Quem não impede é freguês
O grito de gol preso no peito
Nesse estádio lotado
Levaram a benção de seu filho
Num bang bang hollywoodiano
Olhares platéia de Calígula
No outro carnaval vai melhor
Enquanto olhamos pro lado
Falando pouco farol baixo
Afastando o cálice ou alternando
Murro em ponta de futuro
Sem piadinha
Procura-se um clarão num tempo escuro
Lá vem os corretores imobiliários
O mesmo grito agora em replay
Relógios ioiôs aspirinas
O mais novo brinquedo do rei
Perdoe a frase de efeito
Quem não impede é freguês
O grito de gol preso no peito
Nesse estádio lotado
Levaram a benção de seu filho
Num bang bang hollywoodiano
Olhares platéia de Calígula
No outro carnaval vai melhor
Enquanto olhamos pro lado
Falando pouco farol baixo
Afastando o cálice ou alternando
Murro em ponta de futuro
Sem piadinha
Procura-se um clarão num tempo escuro
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
A voz e o deserto
Discípulo por discípulo
Em toda metrópole
Um novo ou velho nome
E por incrível que pareça
Ainda hoje vibra
Inventaram de tudo
Passado presente futuro
De boca em boca de orelha em orelha
Por muitos foi traduzido
Sem nos deixar seu livro
E por incrível que pereça
Ainda hoje vibra
Feitos e ditos
À fio de espada
Numa paisagem quase lunar
Além do movediço
Ainda hoje vibra
Será que Deus quer ser mais que isso ?
Em toda metrópole
Um novo ou velho nome
E por incrível que pareça
Ainda hoje vibra
Inventaram de tudo
Passado presente futuro
De boca em boca de orelha em orelha
Por muitos foi traduzido
Sem nos deixar seu livro
E por incrível que pereça
Ainda hoje vibra
Feitos e ditos
À fio de espada
Numa paisagem quase lunar
Além do movediço
Ainda hoje vibra
Será que Deus quer ser mais que isso ?
Aramaico
grandes passos
entre escombros
todos os laços
me partem ao meio
já chegou a hora
quem fica pra afundar ?
quem corre pra aplaudir ?
logo estaremos longe
além palestina israel
nova york velha moscou
sem saber voar
num céu de poeira
atirem a primeira bomba quem nunca sonhou
entre escombros
todos os laços
me partem ao meio
já chegou a hora
quem fica pra afundar ?
quem corre pra aplaudir ?
logo estaremos longe
além palestina israel
nova york velha moscou
sem saber voar
num céu de poeira
atirem a primeira bomba quem nunca sonhou
Diagnóstico Agnóstico
O problema é que temos
Um caso de coração imprevisível
Tudo o que planeja sai ao vivo
Na previsão sussego com batimento normal
Sem mais nem menos
Sua calmaria é temporal
Tome esse remédio três vezes ao dia
Evite doses exageradas de poesia
Se não melhorar
Esqueça essa besteira e se vire pra amar
Um caso de coração imprevisível
Tudo o que planeja sai ao vivo
Na previsão sussego com batimento normal
Sem mais nem menos
Sua calmaria é temporal
Tome esse remédio três vezes ao dia
Evite doses exageradas de poesia
Se não melhorar
Esqueça essa besteira e se vire pra amar
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Poema Sonho Sol
Antes de dormir
Um poema vem à tona
Rádio desligado luzes apagadas
Assim que deito
Rimas deixam pegadas
Tomam o sono de assalto
O poema que antecede o sonho
Chega cedo tarde da noite
Quem sabe o sonho
O segundo ato da poesia
E o sonho do poema
É que faz raiar o dia
Um poema vem à tona
Rádio desligado luzes apagadas
Assim que deito
Rimas deixam pegadas
Tomam o sono de assalto
O poema que antecede o sonho
Chega cedo tarde da noite
Quem sabe o sonho
O segundo ato da poesia
E o sonho do poema
É que faz raiar o dia
domingo, 3 de janeiro de 2010
quase científico
outra coisa
coisas em vão
não aquecem o verão
tudo que preciso
é precioso e comum
já se foram outros tempos
em que nada diluía
me cabem as escuras horas do dia
um filme do Bruce Willis na tv
e outra carta pra reler
como um banco de wall street
ou um cantor de bar bem triste
que não sabe a hora de ligar
e liga sem saber
pra dizer ou nem pra isso
pra ouvir ou nem pra tanto
pra esquecer o que precinto
quando te vejo de canto
olhando pra mim
com a certeza de que vem chuva
no final da tarde
sem saída
teu alvo em cheio
e fico meio
que por isso mesmo
coisas em vão
não aquecem o verão
tudo que preciso
é precioso e comum
já se foram outros tempos
em que nada diluía
me cabem as escuras horas do dia
um filme do Bruce Willis na tv
e outra carta pra reler
como um banco de wall street
ou um cantor de bar bem triste
que não sabe a hora de ligar
e liga sem saber
pra dizer ou nem pra isso
pra ouvir ou nem pra tanto
pra esquecer o que precinto
quando te vejo de canto
olhando pra mim
com a certeza de que vem chuva
no final da tarde
sem saída
teu alvo em cheio
e fico meio
que por isso mesmo
Um Domingo
O que não cabe na filmagem
A gente grava em outro canto
Pra recordar o mergulho na piscina
E as olimpíadas de submergir
O gol de craque no campo
Sem ninguém pra aplaudir
Derrubando sem querer na caçapa
O outdoor que nos engana
É mais simples sorrir
Domingo é o Chaplin da semana
A gente grava em outro canto
Pra recordar o mergulho na piscina
E as olimpíadas de submergir
O gol de craque no campo
Sem ninguém pra aplaudir
Derrubando sem querer na caçapa
O outdoor que nos engana
É mais simples sorrir
Domingo é o Chaplin da semana
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
quinze pras duas
a cada dia que passo
nem procuro nem acho
quem espera nunca alcança
coloco na garrafa e jogo no mar
pra nunca sair do seguro
como posso descobrir o Brasil
se nem as Índias procuro ?
nem procuro nem acho
quem espera nunca alcança
coloco na garrafa e jogo no mar
pra nunca sair do seguro
como posso descobrir o Brasil
se nem as Índias procuro ?
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