terça-feira, 31 de março de 2015

Não há do que fugir

Mais conhecido como
Amanhã
Ou dia dos irmãos que não se falam
Obrigatoriamente assinam seus nomes
E minimizam
Delatores responsáveis
a tudo o que se refere
à técnica da linguagem 
Inventam dialetos silenciosos
Como duques no cinema
Batem no peito
Cartas sem selo
Fora do alcance
Constroem verdades
Definem fracasso
E param
na fronteira
Do abraço

segunda-feira, 16 de março de 2015

Amanhã



Eu vi
Você
Na calada
Dos silêncios
Eu vi você
Entoando seus cantos ao vento
Voltando a pé
Passos lentos
Já era antes
Assim
Avistei
Seguindo pelo caminho
Como quem
Saiu
Sem pressa
De chegar
Onde
Sempre
Já é tarde

E ontem

terça-feira, 10 de março de 2015

Fole

Folego
Mergulho inevitável
No futuro eixo do mundo
A incompreensível ausência de oceanos
Olhares multifocais
Observam zonas de conflito
Por baixo dos panos
Redimensionam a vida anestesiada
Desconstrução temporária
Desejo desestabilizador
Atitude-arapuca
Território-conforto
Tréguas paralelas
Apenas um morto 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dinastia

Aves de propina voam pela neblina de Nova York
Entre um convite e um desastre
Confundem tradições importadas
Com privilégios ancestrais
E faturam milhões de anos

Nas passarelas de Paris a casa cai
A esperteza e o seu dono desfilam segundos antes da explosão
Pescadores de novidades e mitos
Trazem do mar delações da ultima moda
E juntam os apelos
Em um
Cruzeiro temático

Sem provas