quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Charges e ventiladores


Produtos que faço
Improdutivo que sou
Soletro amores e não vou
Grampeio folhas
Deleto rostos
Quem sabe se o resto do mundo sorrisse pra mim

Mundos que sou
Prateleiras de aço
Fico aonde a luz não vem
Reviro o lixo
Peço perdão
Quem sabe se o mundo jogasse os restos pra mim

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Madison Square Garden

Como agradar milhões frequentemente
Casos raros, fregueses e promessas que calam o adeus
Sorrisos exclusivos fotografias estilingues
Biografias nuas com um sonho singular
Nossa autenticidade esta sendo filmada
Em breve
Por coincidência
Apenas
Em exuberantes cidades distantes de mim
Lembram filósofos sem o telefone de Paris
Espetáculo sem aspas
Reprise no céu
Pássaros clandestinos
Intensificam o tráfego aéreo e a absurdez
O mote tempestuoso
Nos consumirá
De vez/Amém

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Muleke


Ei
Pra qual mundo cê vem?
Pro das ancoras que pedem perdão a lança-míssil
Ou dos que inventam suas contas, seus tiros e razões
Pro mundo dos que idolatram deuses, advertências, propinas e vinganças
E fingem decididos que não se afogam
Ou pro mundo dos que apanham da policia, sem sorte nem chance,
e dormem mais leves quando o diluvio vem
Ou dos Independentes vitimas de uma guerra inventada
Cheia de confrontos em mapas de papel, compras em sacolas plásticas.
E disparos ininterruptos no peito
Dos que não existem
Ou pro mundo dos mudos
?

- Nunvim pra mundo nenhum não tio, eu vim foi pra vida!