Falei que não era o horizonte
Desde longe
Desde longe
Ouvi tua voz atravessar a ponte
Do silêncio
Do estrondo
Amei tuas sombras na caverna
Perdi a aposta
Pedi revanche
Despistei os teus olhos na fumaça
Do meu carro
Do meu sonho
Olhei para trás e não voltei
Pros teus braços
Pro teu mar
Esqueci de escrever aquela carta
De propósito
De inveja
Das palavras que chegariam a você
E eu aqui
E eu aqui
sábado, 31 de dezembro de 2011
02:39
Viu os olhos do tempo
Olhando no fundo dos teus olhos
Sem perceber
Horas de madrugada
Imóveis durante a chuva
Persistente
Só o som
No telhado permanece
Olhando no fundo dos teus olhos
Sem perceber
Horas de madrugada
Imóveis durante a chuva
Persistente
Só o som
No telhado permanece
Ministério das letras tortas
Estrada adentro
Estrela estranha
Traduzi silêncio em trovão
Só pra confundir
A direção
Escrevi estrondo
No papel
Até acordar a vizinhança
Que dormia
Há muito tempo
Na calmaria
Do teu vento
Estrela estranha
Traduzi silêncio em trovão
Só pra confundir
A direção
Escrevi estrondo
No papel
Até acordar a vizinhança
Que dormia
Há muito tempo
Na calmaria
Do teu vento
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Continente Édipo
Zé
Seu único costume é madrugar
Dorme cedo pra trabalhar
Pelas ruas pé na terra sol a pique
Nada a temer
Mas
O destino produz suas vitimas Zé
Foi confundido
Com outro Zé – O Zé do aperto pelo Zé fugido –
Arrastado pelas fardas – Por causa de que vão me levar?
Não fiz nada – Tentava clarear
Hora errada de estar no mundo Zé
Caiu na cela
Cilada do destino
Sem desvio
Mas a Justiça vai me enxergar
O destino produz suas vitimas Zé
Culpado
Suas perguntas não subiram para os deuses.
Os prisioneiros vão fazer Justiça
A qualquer preço
Hoje mesmo
O inferno vai queimar essas grades
Plano feito
Zé que não, continuou sem.
Quando viu, explodiu.
Cegou na hora.
O destino em estilhaços nos olhos de Zé.
O Estado produz suas vitimas Zé.
Anos e anos
O Cego Zé, Esperou.
Justiça, justiça. Agora o cego sou eu.
Cego de inocência. De nascença esperançoso.
Justiça aqui farda mais não calha.
Descobriram o engano.
Zé era inocente há quinze anos.
Agora livre.
Justiça seja feita.
Para a rua voltou Zé.
Sol na cabeça
Olhos no escuro.
O Estado produz suas vitimas Zé.
Mas não acaba assim não Zé.
Logo mais terá sua indenização
100 mil pela cela
200 mil pelos olhos
O destino e seus valores
Levou um tempo
Mas Zé recebeu
Pelo destino inexorável
Cego
Seu único costume é madrugar
Dorme cedo pra trabalhar
Pelas ruas pé na terra sol a pique
Nada a temer
Mas
O destino produz suas vitimas Zé
Foi confundido
Com outro Zé – O Zé do aperto pelo Zé fugido –
Arrastado pelas fardas – Por causa de que vão me levar?
Não fiz nada – Tentava clarear
Hora errada de estar no mundo Zé
Caiu na cela
Cilada do destino
Sem desvio
Mas a Justiça vai me enxergar
O destino produz suas vitimas Zé
Culpado
Suas perguntas não subiram para os deuses.
Os prisioneiros vão fazer Justiça
A qualquer preço
Hoje mesmo
O inferno vai queimar essas grades
Plano feito
Zé que não, continuou sem.
Quando viu, explodiu.
Cegou na hora.
O destino em estilhaços nos olhos de Zé.
O Estado produz suas vitimas Zé.
Anos e anos
O Cego Zé, Esperou.
Justiça, justiça. Agora o cego sou eu.
Cego de inocência. De nascença esperançoso.
Justiça aqui farda mais não calha.
Descobriram o engano.
Zé era inocente há quinze anos.
Agora livre.
Justiça seja feita.
Para a rua voltou Zé.
Sol na cabeça
Olhos no escuro.
O Estado produz suas vitimas Zé.
Mas não acaba assim não Zé.
Logo mais terá sua indenização
100 mil pela cela
200 mil pelos olhos
O destino e seus valores
Levou um tempo
Mas Zé recebeu
Pelo destino inexorável
Cego
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Moedas de Deus
Arapuca programada
Flechas teleguiadas
Coração terceirizado
Produção em massa
Divisão do pão
Um olho no lucro
O outro na visão
Vi teus pés cruzarem a ponte
Pisando em falso
Pelo céu
Flechas teleguiadas
Coração terceirizado
Produção em massa
Divisão do pão
Um olho no lucro
O outro na visão
Vi teus pés cruzarem a ponte
Pisando em falso
Pelo céu
sábado, 22 de outubro de 2011
Diz com foto
Até onde vai seu alcance
Melhor de três pior que antes
Faz dois dias e alguns instantes
Vamos lá me encante
Somos o que há de melhor
Nesta estante
De onde vem sua espera
Podia ser, mas se foi
Há quanto tempo nada tem
Triste fim encantado
Somos os mesmos de antes
Um pouco mais
Atrasados
Melhor de três pior que antes
Faz dois dias e alguns instantes
Vamos lá me encante
Somos o que há de melhor
Nesta estante
De onde vem sua espera
Podia ser, mas se foi
Há quanto tempo nada tem
Triste fim encantado
Somos os mesmos de antes
Um pouco mais
Atrasados
Poema desconfortável
Maomé até o monte
Com bônus no celular
Salvador até o mar
Sem hora pra voltar
Camelos até o Céu
Sobrou você
vai camelar
Com bônus no celular
Salvador até o mar
Sem hora pra voltar
Camelos até o Céu
Sobrou você
vai camelar
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Velho Crânio
A grande revolução se anuncia
Todos os times da segunda divisão
Subirão para a primeira
Todos os grandes cairão das pontes corridas
Planejo agora o meu futuro
Oca e sol banhos em rios
Bancos em greve
Não sei depositar meu coração em uma maquina
Pelejo agora o meu futuro
Apartamento com vista para o fim do túnel
Primeira dama do motor o amor é só questão de abastecer
Vamos esquentar nossos sonhos
Que o sinal já esta fechando
Por qual caminho
Saio da estrada?
Por qual saída
Caio do ninho ?
Todos os times da segunda divisão
Subirão para a primeira
Todos os grandes cairão das pontes corridas
Planejo agora o meu futuro
Oca e sol banhos em rios
Bancos em greve
Não sei depositar meu coração em uma maquina
Pelejo agora o meu futuro
Apartamento com vista para o fim do túnel
Primeira dama do motor o amor é só questão de abastecer
Vamos esquentar nossos sonhos
Que o sinal já esta fechando
Por qual caminho
Saio da estrada?
Por qual saída
Caio do ninho ?
sábado, 8 de outubro de 2011
Passadismo
O que foi feito
Foi
Um futuro lindo
Se não fosse
Passado
O que foi feito
Passou
Fez o que fez
Agora
De quem é a vez?
Foi
Um futuro lindo
Se não fosse
Passado
O que foi feito
Passou
Fez o que fez
Agora
De quem é a vez?
1889
O que te faz andar pra traz Juvenal
Tua cara de sonso ou tua bronca dos outros?
O que te faz perder a hora Seu Dito
A grandeza dos abismos ou é mania de infinito?
O que te preocupa antes da hora Seu Felisberto
São as estrelas que não somem ou os anjos que não descem?
O que sabemos do rumo da vida Bonifácio
Além da bussola sem ponta e do nada que se monta?
Tua cara de sonso ou tua bronca dos outros?
O que te faz perder a hora Seu Dito
A grandeza dos abismos ou é mania de infinito?
O que te preocupa antes da hora Seu Felisberto
São as estrelas que não somem ou os anjos que não descem?
O que sabemos do rumo da vida Bonifácio
Além da bussola sem ponta e do nada que se monta?
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Time ( time e não táime)
Um Nós
entre tantos nós
cegos
Nosso sonho permanece
mesma mesa
outra dose
mesma luta
novos punhos
por um punhado de dollar
Volta e meia
passo atrás
Passei para segundo
se não me engano
aos primeiros
as formigas
formidável saída
continuar seguindo
sem sair de campo
entre tantos nós
cegos
Nosso sonho permanece
mesma mesa
outra dose
mesma luta
novos punhos
por um punhado de dollar
Volta e meia
passo atrás
Passei para segundo
se não me engano
aos primeiros
as formigas
formidável saída
continuar seguindo
sem sair de campo
Tiro
Já assinei o meu contrato
Assassinei o grampeador com um tiro no céu da boca
Contra a falta de grana aos artistas
Ganho os meus dias
Dizendo
Bom dia
Assassinei o grampeador com um tiro no céu da boca
Contra a falta de grana aos artistas
Ganho os meus dias
Dizendo
Bom dia
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Descartes no meio fio
Quem sou eu se este ônibus existe
Atravessa meus sentidos
Desnorteia minhas retas
Um passo a mais pelo ralo
Pele mole em aço puro
Tanto faz até futuro
Vi teus olhos simbólicos
Antes do impacto figurativo
Agora sim desfigurado
Desfilam soltas minhas certezas
Minhas cartas se arrastaram
Perto de mim só um bueiro
Quem sou eu este bueiro
Eu sou René Descartes
Desvairado imóvel nesta rua
Todas minhas duvidas
Esparramadas no asfalto
Não venham me beijar
Duvido que existas
Entre meus olhos e teus lábios
Conquisto meu país
Pelas horas que se seguem
Cegos olhos me contemplam
Nunca viram algo tão belo
Estilhaçado sem sentenças
Se esta sua fosse minha
Num piscar o ônibus
Atropelando meu sinal
Quem sou se vermelho
Quem só se levanta
Quem pede se alcança
Quem luz se escureceu
Quem volta se percebe
Quem mais se perdeu
Quem fica se duvida
Ontem mesmo
Aconteceu
Atravessa meus sentidos
Desnorteia minhas retas
Um passo a mais pelo ralo
Pele mole em aço puro
Tanto faz até futuro
Vi teus olhos simbólicos
Antes do impacto figurativo
Agora sim desfigurado
Desfilam soltas minhas certezas
Minhas cartas se arrastaram
Perto de mim só um bueiro
Quem sou eu este bueiro
Eu sou René Descartes
Desvairado imóvel nesta rua
Todas minhas duvidas
Esparramadas no asfalto
Não venham me beijar
Duvido que existas
Entre meus olhos e teus lábios
Conquisto meu país
Pelas horas que se seguem
Cegos olhos me contemplam
Nunca viram algo tão belo
Estilhaçado sem sentenças
Se esta sua fosse minha
Num piscar o ônibus
Atropelando meu sinal
Quem sou se vermelho
Quem só se levanta
Quem pede se alcança
Quem luz se escureceu
Quem volta se percebe
Quem mais se perdeu
Quem fica se duvida
Ontem mesmo
Aconteceu
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Ex-ato
Um olho no mundo
E o outro no olho
Ser ou se ferrar
Centro sem certeza
Faço as malas e pulo
Mal visto e meramente enganado
Me ame ou me beije
O gato é a consequência do peixe
Pelamor dos portugueses pelo mar
Cinco mil por mês
E nada a declarar
E o outro no olho
Ser ou se ferrar
Centro sem certeza
Faço as malas e pulo
Mal visto e meramente enganado
Me ame ou me beije
O gato é a consequência do peixe
Pelamor dos portugueses pelo mar
Cinco mil por mês
E nada a declarar
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A terra do erro
Vai acontecer algo incrível
Aqui
Ordens tomarão outros rumos sem hora pra voltar
Gritos com camisa furada se espalharão com o vento
A luz da tempestade pulsará dos olhos vibrantes
Vai acontecer algo incrível
Aqui
O gigante adormecido acordará e dançara pelos trópicos
Milênios em danças aos deuses da vida na terra
Futuros esplendidos aos corações flagelados
Cairão as folhas que impediam o céu de acender
Vai acontecer algo incrível
Aqui
Milhares de vozes vocês ouvirão
Nenhuma estatua será erguida em nome do alvorecer
Apenas as ruas
Se encherão de
Encontros
Vai acontecer algo incrível
Aqui
Nesta página
Aqui
Ordens tomarão outros rumos sem hora pra voltar
Gritos com camisa furada se espalharão com o vento
A luz da tempestade pulsará dos olhos vibrantes
Vai acontecer algo incrível
Aqui
O gigante adormecido acordará e dançara pelos trópicos
Milênios em danças aos deuses da vida na terra
Futuros esplendidos aos corações flagelados
Cairão as folhas que impediam o céu de acender
Vai acontecer algo incrível
Aqui
Milhares de vozes vocês ouvirão
Nenhuma estatua será erguida em nome do alvorecer
Apenas as ruas
Se encherão de
Encontros
Vai acontecer algo incrível
Aqui
Nesta página
Aos sessenta anos
Bêbado
De tanta compreensão
Compro os olhos e a cegueira da razão
Vendo a alma a preço de banana
Empresto a cruz pro caloteiro
Calor no sangue
Frio nos pés
Peço desconto
Não me conte
Estarei escondido ao trazer a conta
De tanta compreensão
Compro os olhos e a cegueira da razão
Vendo a alma a preço de banana
Empresto a cruz pro caloteiro
Calor no sangue
Frio nos pés
Peço desconto
Não me conte
Estarei escondido ao trazer a conta
Oratório Nativo
Livres de toda liberdade
Falsifico o instante
Fabulo a verdade
Vedo o silêncio
Sinalizo aos navegantes
Aqui acaba o mar
Demorou mas desmoronou
Toneladas pelo infinito
Traga seu melhor poema
Galáxias eternas e remotas
Povoar
Falsifico o instante
Fabulo a verdade
Vedo o silêncio
Sinalizo aos navegantes
Aqui acaba o mar
Demorou mas desmoronou
Toneladas pelo infinito
Traga seu melhor poema
Galáxias eternas e remotas
Povoar
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
panAmerica
Tufão roke Balboa
Disputa o campeonato
Chute pra todo lado a cabeça pro mato
Por mais um imposto impostor
Eu EUA me arrumo no apito
UFO UFC Unicórnio futebol clube
Uma Câmara no banco uma idéia vendida
Importadora da China se importa com a partida
Senado especialista convence no grito
Mega-sena camelo acumula o cumulo
Cotas para brasileiros em Harvard no lance
Obama se abana na arquibancada
Ouvidos atentos nos radinhos da ONU
Intervalo
Ninguém.
Interveio
Interminável
O jogo não parou
Nenhuma flecha atingiu o assistente
Disputa o campeonato
Chute pra todo lado a cabeça pro mato
Por mais um imposto impostor
Eu EUA me arrumo no apito
UFO UFC Unicórnio futebol clube
Uma Câmara no banco uma idéia vendida
Importadora da China se importa com a partida
Senado especialista convence no grito
Mega-sena camelo acumula o cumulo
Cotas para brasileiros em Harvard no lance
Obama se abana na arquibancada
Ouvidos atentos nos radinhos da ONU
Intervalo
Ninguém.
Interveio
Interminável
O jogo não parou
Nenhuma flecha atingiu o assistente
Manhã linda
O sol se vai
Só o primeiro
Desmorona o carnaval
Transito intenso na aldeia
Chuva de ossos em todo território
Nacional
Verde bandeira tamanduá
Amarelo amargo nas calçadas
Araras arrancadas dos erros do gramado
Gramofone inunda a floresta musical
Bola em jogo
Fé no fogo
FI O FÓ
Só o primeiro
Desmorona o carnaval
Transito intenso na aldeia
Chuva de ossos em todo território
Nacional
Verde bandeira tamanduá
Amarelo amargo nas calçadas
Araras arrancadas dos erros do gramado
Gramofone inunda a floresta musical
Bola em jogo
Fé no fogo
FI O FÓ
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Tamanduá Rei III
Ganhe bônus ao limpar os pratos de deus
Ligue agora e concorra a um ferro atravessado no teu rabo
Não perca tempo já perdeu o amor os sonhos e a relevância
Não ultrapasse a faixa de gaza gasolina é aqui
Me ligue quando chegar no inferno da tua ruína
Abasteça agora e concorra a uma vida de correntes e pedaços
IMPERDÍVEL hoje imaginei o pé de Di Cavalcante dentro da boca de Glauber Rocha
Pendurado por Oswald de Andrade no carro de lata de Nelson Leirner com patrocínio da coca cola
Não fuja mais agora é tarde Dou três quilos por sua arte
A internacionalshowsoftheSword pensa em você
Parcelamos em até 645.899 vezes para você
Preparamos tudo para a sua felicidade
Não fique um feio ultrapassado nossa beleza vai pra você
Ainda da tempo peça já o seu
Tenha um desses em sua prateleira
Você é livre
Experimente
Seja feliz
O boom não me tirou daqui
Fecho os olhos
E durmo na baleia
Ligue agora e concorra a um ferro atravessado no teu rabo
Não perca tempo já perdeu o amor os sonhos e a relevância
Não ultrapasse a faixa de gaza gasolina é aqui
Me ligue quando chegar no inferno da tua ruína
Abasteça agora e concorra a uma vida de correntes e pedaços
IMPERDÍVEL hoje imaginei o pé de Di Cavalcante dentro da boca de Glauber Rocha
Pendurado por Oswald de Andrade no carro de lata de Nelson Leirner com patrocínio da coca cola
Não fuja mais agora é tarde Dou três quilos por sua arte
A internacionalshowsoftheSword pensa em você
Parcelamos em até 645.899 vezes para você
Preparamos tudo para a sua felicidade
Não fique um feio ultrapassado nossa beleza vai pra você
Ainda da tempo peça já o seu
Tenha um desses em sua prateleira
Você é livre
Experimente
Seja feliz
O boom não me tirou daqui
Fecho os olhos
E durmo na baleia
Tamanduá Rei II
Votei em mim na última eleição
Postei minha carta minha letra meu endereço
Liguei o radio pra me ouvir contando as noticias do meu país
Me vi melhor numa tela de plasma
Gravei minha voz no eletrostom
Chovi no quarto sem guarda chuva
Molhei a rua e a sequei com minha luz
Soquei minha cara e me curei
Doei o meu salário ao ligar no numero que aparecia na TV
Paguei minha passagem para viajar em mim de primeira classe
Estou perto de alcançar o meu programa de milhagem
Me abasteci me lavei me lustrei me perfumei me calibrei nas quatro rodas
e me acelerei
Me ultrapassei na curva da minha simpatia
Me estilhacei em meus cem pedaços de aço
Meu silencio
Meu orgasmo
Postei minha carta minha letra meu endereço
Liguei o radio pra me ouvir contando as noticias do meu país
Me vi melhor numa tela de plasma
Gravei minha voz no eletrostom
Chovi no quarto sem guarda chuva
Molhei a rua e a sequei com minha luz
Soquei minha cara e me curei
Doei o meu salário ao ligar no numero que aparecia na TV
Paguei minha passagem para viajar em mim de primeira classe
Estou perto de alcançar o meu programa de milhagem
Me abasteci me lavei me lustrei me perfumei me calibrei nas quatro rodas
e me acelerei
Me ultrapassei na curva da minha simpatia
Me estilhacei em meus cem pedaços de aço
Meu silencio
Meu orgasmo
Tamanduá Rei
Sou seu par pai fim filho
Aqui se vive aqui se paga
Atrás do vento vem o ventilador
Discretamente se vai ao longe descentemente ao fim
Pra acabar com a dor de dente só dor de coração
Sou mulato divisor de águas Índio louco flecha cega mas Londres é logo ali
Sou português peito peludo pelado no mato amarrado no soco
Sou mameluco arranco som de uma fração o sim e o não
Sou negro velho componho samba, Ibámi e rock and roll
Descanso em paz no fim do dia ah a vida traz
Esta noite vai ter pizza chegou minha vez agora é Rambo 3
Sol sol sol aqui não se fabrica mais nada além de luz
Ainda vai chegar o dia em que a hora perderá a linha
Hoje no clássico vai ter belo chute bola na trave bolo no bolso
A neve cai no meu forno pólo norte Miami cristo redentor
Nesse mapa bundi ainda sumo
Nesse mar azul ainda afundo
Não falo nada
Sou estados unidenses of America do Sul
Faço as malas
E fumo
Aqui se vive aqui se paga
Atrás do vento vem o ventilador
Discretamente se vai ao longe descentemente ao fim
Pra acabar com a dor de dente só dor de coração
Sou mulato divisor de águas Índio louco flecha cega mas Londres é logo ali
Sou português peito peludo pelado no mato amarrado no soco
Sou mameluco arranco som de uma fração o sim e o não
Sou negro velho componho samba, Ibámi e rock and roll
Descanso em paz no fim do dia ah a vida traz
Esta noite vai ter pizza chegou minha vez agora é Rambo 3
Sol sol sol aqui não se fabrica mais nada além de luz
Ainda vai chegar o dia em que a hora perderá a linha
Hoje no clássico vai ter belo chute bola na trave bolo no bolso
A neve cai no meu forno pólo norte Miami cristo redentor
Nesse mapa bundi ainda sumo
Nesse mar azul ainda afundo
Não falo nada
Sou estados unidenses of America do Sul
Faço as malas
E fumo
Sua esposa me pertence
Não esqueci
Antes do fim tem o firmamento
Eu não perdi
Eu não pedi
Eu não peidei
Não mereci
Antes do ouro havia a alma
Eu não peitei
Eu não parti
Eu não peidei
Antes do fim tem o firmamento
Eu não perdi
Eu não pedi
Eu não peidei
Não mereci
Antes do ouro havia a alma
Eu não peitei
Eu não parti
Eu não peidei
Ratoeira Paraíso
Destrambelhados
Desmoronam constroem desmoronam
Controlam destroem
Século de vento forte pra papagaio subir
Atrás das nuvens tem os olhos de deus ou os seus
Quantos contos ao meu redor
Redondos como o fim do mundo
Quantas contas pra chegar aqui
Quantos meses pro fim do mês
Até onde iria pra não perder alguém?
Ponto final
Daqui pra frente é supérfluo
Inclusive arte
Até mais tarde
Se
Nada
Souber
Desmoronam constroem desmoronam
Controlam destroem
Século de vento forte pra papagaio subir
Atrás das nuvens tem os olhos de deus ou os seus
Quantos contos ao meu redor
Redondos como o fim do mundo
Quantas contas pra chegar aqui
Quantos meses pro fim do mês
Até onde iria pra não perder alguém?
Ponto final
Daqui pra frente é supérfluo
Inclusive arte
Até mais tarde
Se
Nada
Souber
Algumas doses
Formigas desafinadas
Sambam na terra do faz de sombra
Cigarras de limusine
Desfilam
Carregam gelo pra limonada
O desfile passa lento
Em todos os canais da televisão
Enquanto o trem não nos espera
Nem para na estação
O que falta meu amigo?
Mais alto
Não ouço o grito
Sambam na terra do faz de sombra
Cigarras de limusine
Desfilam
Carregam gelo pra limonada
O desfile passa lento
Em todos os canais da televisão
Enquanto o trem não nos espera
Nem para na estação
O que falta meu amigo?
Mais alto
Não ouço o grito
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Quanto custa um país ?
Brasil de qualquer canto
Estrangeiro todos os santos
Extrato raso no banco
Todos sabem devorar
No cinza do teu mar
Meu navio negreiro flutuou
Cas cinzas do teu índio
Minha caravela se enfeitou
Todo sábado é aleluia
Sexta feira meu sinhô
Ave maria Nostradamus
Nostra terra é imunda
Suas palmas sete palmos
Napalm e nenhum pai
Uma nação bem contente
Carnaval preso nos dentes
Sem começo nem final
Vivemos pelo meio
Numa floresta tropical
Estrangeiro todos os santos
Extrato raso no banco
Todos sabem devorar
No cinza do teu mar
Meu navio negreiro flutuou
Cas cinzas do teu índio
Minha caravela se enfeitou
Todo sábado é aleluia
Sexta feira meu sinhô
Ave maria Nostradamus
Nostra terra é imunda
Suas palmas sete palmos
Napalm e nenhum pai
Uma nação bem contente
Carnaval preso nos dentes
Sem começo nem final
Vivemos pelo meio
Numa floresta tropical
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Em qualquer data
Na última hora olhei no olho do
Brasil
Nas últimas 24 horas devorei planos, planetas e
plumas
Na última semana semeei historias do gigante que
caiu
No último mês afundei o velho bote e apontei o novo
mundo
No último ano parti sem perceber
Não acredito no fim
No feito
E nem no fundo
domingo, 10 de julho de 2011
Até
O que vai ser
Se ficar
Final feliz
Ou demolição
Faz tanto
Quase
Que eu nem sei
O quão perto
Me perdi
Apenas peço
Três minutos
Do seu acréscimo
Se ficar
Final feliz
Ou demolição
Faz tanto
Quase
Que eu nem sei
O quão perto
Me perdi
Apenas peço
Três minutos
Do seu acréscimo
sábado, 9 de julho de 2011
O amor do naufrago por uma bóia
O que fazem aqui?
Antes era o erro
Atlas em segredo
Segregam o silêncio
Salvem-se quem puder
O sonho afundou
Melhor mergulhar
Nade, voe ou vasculhe
Nada vale mais
Que um velho bote
O velho bobo
Já esqueceu
Por onde começar
Antes era o erro
Atlas em segredo
Segregam o silêncio
Salvem-se quem puder
O sonho afundou
Melhor mergulhar
Nade, voe ou vasculhe
Nada vale mais
Que um velho bote
O velho bobo
Já esqueceu
Por onde começar
Urso
Agora é tarde
Urso velho e abatido
Atrás dos anos
Vieram enganos
Sonolência e claustrofobia
Fez de tudo
Foi tão pouco
Nada tens de eterno
Nem mesmo um terno
Passa fome e frio
Dorme pra não ver
Seus filhos passarem
Despercebidos
Deixou o radio ligado
Pra ouvir a seleção perder
Despede-se
Sem choramingar
Vamos para os desertos
Do tempo
Urrar poesias
Ao universo
Ou
Torça para que algum cientista do século XXX
Te ressuscite
Grande urso infinito
Urso velho e abatido
Atrás dos anos
Vieram enganos
Sonolência e claustrofobia
Fez de tudo
Foi tão pouco
Nada tens de eterno
Nem mesmo um terno
Passa fome e frio
Dorme pra não ver
Seus filhos passarem
Despercebidos
Deixou o radio ligado
Pra ouvir a seleção perder
Despede-se
Sem choramingar
Vamos para os desertos
Do tempo
Urrar poesias
Ao universo
Ou
Torça para que algum cientista do século XXX
Te ressuscite
Grande urso infinito
Crucifixo Canarinho
Chuva leve no leviano
Nuvens são ondas
Toda imagem desfigura
Universo dos certos
Semprecéu céuperene
Quasecéu
Fluem refluem flutuam
Chove profundo no mundo
Brasil um pais tropical
Tropicou
Nuvens são ondas
Toda imagem desfigura
Universo dos certos
Semprecéu céuperene
Quasecéu
Fluem refluem flutuam
Chove profundo no mundo
Brasil um pais tropical
Tropicou
domingo, 3 de julho de 2011
Bluetooth pré-histórico
Quando o ano muda
Sem ser novo
Tem plano velho
Parecendo diferente
Idéia passada
Planejando o futuro
Releio Bandeira
Acho o máximo
Farto do lirismo funcionário público
Revejo um filme
Acho as falhas
Cidade isopor encontra o fim do mundo
Descubro uma musica inédita
De um disco de 68
Que retocou o céu de anil
Tem até Maiakovski
Dando recado
Pros socialistas do Brasil
Acho uma peça de 34
Com piadas em marte
A humanidade
Já doida pra partir
Nada para no lugar
Eu mesmo
Não estou mais aqui
Sem ser novo
Tem plano velho
Parecendo diferente
Idéia passada
Planejando o futuro
Releio Bandeira
Acho o máximo
Farto do lirismo funcionário público
Revejo um filme
Acho as falhas
Cidade isopor encontra o fim do mundo
Descubro uma musica inédita
De um disco de 68
Que retocou o céu de anil
Tem até Maiakovski
Dando recado
Pros socialistas do Brasil
Acho uma peça de 34
Com piadas em marte
A humanidade
Já doida pra partir
Nada para no lugar
Eu mesmo
Não estou mais aqui
sábado, 2 de julho de 2011
Devir
Posso
Faculdade de poço sem fim
Sei
Sou eu resumido em mim
Pulo
Ano a ano
Anulado
Em falso
Feito fato
Morro
Quem não morre
Caçoa
Sou só
Sentimento sentado
Não tenho
Fogo nem lenha
Arrisco
Minhas estradas
Meus
Estrados
Faculdade de poço sem fim
Sei
Sou eu resumido em mim
Pulo
Ano a ano
Anulado
Em falso
Feito fato
Morro
Quem não morre
Caçoa
Sou só
Sentimento sentado
Não tenho
Fogo nem lenha
Arrisco
Minhas estradas
Meus
Estrados
A bela e as balas
Idéia inocente
Escrevi o enredo
Inventei a personagem
Atirou três vezes
Apagando-me em cheio
Escrevi o enredo
Inventei a personagem
Atirou três vezes
Apagando-me em cheio
sábado, 25 de junho de 2011
Meu melhor poema
Já não te vejo nestes trajes tão sinceros
Sou mais os trapos que usava no inverno
Num outro dia mesma hora te espero
Achei teus olhos ao passar pela viela
Vendi pros caras que procuram coisas velhas
Já fiz de tudo pra chamar tua paixão
Pixei no muro da escola o meu segredo
Quero te ver dormindo nua o dia inteiro
Briguei com três por tua causa lá no bar
Te ofenderam de coisas nem vou falar
Te defendi ganhei um novo e belo umbigo
Pra você ver como é que eu sou um bom marido
Deixei um poema pra você na enfermagem
Quando vier traga a cachaça e um terno
Não te esqueço nem apodreço por nada neste mundo
Já que não creio no céu e nem no inferno
Meu amor
Vou embora
Pra saturno
Sou mais os trapos que usava no inverno
Num outro dia mesma hora te espero
Achei teus olhos ao passar pela viela
Vendi pros caras que procuram coisas velhas
Já fiz de tudo pra chamar tua paixão
Pixei no muro da escola o meu segredo
Quero te ver dormindo nua o dia inteiro
Briguei com três por tua causa lá no bar
Te ofenderam de coisas nem vou falar
Te defendi ganhei um novo e belo umbigo
Pra você ver como é que eu sou um bom marido
Deixei um poema pra você na enfermagem
Quando vier traga a cachaça e um terno
Não te esqueço nem apodreço por nada neste mundo
Já que não creio no céu e nem no inferno
Meu amor
Vou embora
Pra saturno
O Familiar Imperceptível
Se você me visse hoje
Acharia outro alguém
Usando a minha calça
Saindo atrasado também
Se me visse hoje
Você não me veria
Pensaria que era outro
Passaria sem notar
Se você me visse hoje
De cara, assim, na esquina
Pensaria por um instante
Como pode tão semelhante
Se você me visse hoje
Saberia que não era eu
Mesmo a voz tão parecida
Nem de longe um irmão
Talvez nem me notasse
Fizesse eu um gol de letra
Ou mergulhasse
Nas rodas de um caminhão
Acharia outro alguém
Usando a minha calça
Saindo atrasado também
Se me visse hoje
Você não me veria
Pensaria que era outro
Passaria sem notar
Se você me visse hoje
De cara, assim, na esquina
Pensaria por um instante
Como pode tão semelhante
Se você me visse hoje
Saberia que não era eu
Mesmo a voz tão parecida
Nem de longe um irmão
Talvez nem me notasse
Fizesse eu um gol de letra
Ou mergulhasse
Nas rodas de um caminhão
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O pato norueguês
Não temos ar
Nem mais saída
Vamos festejar a sorte
Não tenho sol
Nem outro acaso
Vamos sortear um nome
Não posso mais
Nem te remendar
Ainda espero antes de dormir
Não fotografo
Nem recrimino
Hoje não serei seu santo
Acordo e canto
Pra homenagear
O fundo falso do baú do mundo
Nunca olhei nos olhos
Pra não amenizar
Atrás das nuvens cabe o seu olhar
Não tenho paz
Nem açafrão
Minha alma é uma em um milhão
Não jogo as cartas
Nem as migalhas
Facilito o troco depois deus-nos-acuda
Não arremesso
Nem ressuscito o caos
No fim das contas eu não conto mais
Nem mais saída
Vamos festejar a sorte
Não tenho sol
Nem outro acaso
Vamos sortear um nome
Não posso mais
Nem te remendar
Ainda espero antes de dormir
Não fotografo
Nem recrimino
Hoje não serei seu santo
Acordo e canto
Pra homenagear
O fundo falso do baú do mundo
Nunca olhei nos olhos
Pra não amenizar
Atrás das nuvens cabe o seu olhar
Não tenho paz
Nem açafrão
Minha alma é uma em um milhão
Não jogo as cartas
Nem as migalhas
Facilito o troco depois deus-nos-acuda
Não arremesso
Nem ressuscito o caos
No fim das contas eu não conto mais
terça-feira, 14 de junho de 2011
Monge sem orelhas
Desisto de me assistir no espelho
Tenho mais o que desfazer
Faço o favor de alegrar a festa
Meio fausto meio feito
No sexto dia de fato defeito
Corpo inteiro escondido na fé
Tenho pressa de ficar ao seu lado
Qual o caminho mais demorado?
Tenho mais o que desfazer
Faço o favor de alegrar a festa
Meio fausto meio feito
No sexto dia de fato defeito
Corpo inteiro escondido na fé
Tenho pressa de ficar ao seu lado
Qual o caminho mais demorado?
Paiol Velho
Calça costurada
Já posso ir
Longe de chegar
Acabei aqui
Em cada encontro
De saída
Levo comigo
Minha vida
Já posso ir
Longe de chegar
Acabei aqui
Em cada encontro
De saída
Levo comigo
Minha vida
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Os fracassos de Meierhold
Semi-escuro
O mundo congela
Em poucos segundos
Assiste a novela
De olhos fechados
Pedidos e Achados
Melhor perder a chave
Pra nunca mais voltar
E esquecer que existe um canto
Parado no lugar
Lideres se queimam
Na beira do altar
Com outro figurino
No mesmo calcanhar
Depois de tanto tempo
O sonho se fundiu
Com a instabilidade
Pátria amada Brasil
No fim das contas
O sol é pra quem tem
No fim do mundo
Não acaba nada bem
O mundo congela
Em poucos segundos
Assiste a novela
De olhos fechados
Pedidos e Achados
Melhor perder a chave
Pra nunca mais voltar
E esquecer que existe um canto
Parado no lugar
Lideres se queimam
Na beira do altar
Com outro figurino
No mesmo calcanhar
Depois de tanto tempo
O sonho se fundiu
Com a instabilidade
Pátria amada Brasil
No fim das contas
O sol é pra quem tem
No fim do mundo
Não acaba nada bem
Neblina
Converso com você
Falta pouco pra te ver
Ainda esta aqui
Ou conseguiu dormir
Enquanto passa
o passado
Na TV
Falta pouco pra te ver
Ainda esta aqui
Ou conseguiu dormir
Enquanto passa
o passado
Na TV
sábado, 4 de junho de 2011
Erro de Mestre
Tudo é um tris
Tudo vai bem
Tudo já existe
Tudo é ainda pouco
Tudo não tem detalhes
Tudo acaba
Invento de novo
O que sempre houve
Quem sabe um dia
Eu viro
Nada
Tudo vai bem
Tudo já existe
Tudo é ainda pouco
Tudo não tem detalhes
Tudo acaba
Invento de novo
O que sempre houve
Quem sabe um dia
Eu viro
Nada
Amanhontem
Hoje é um dia especial
Brindaremos a este momento
Dançaremos até cansar
E sonharemos de pé
Hoje é um dia muito especial
Esqueceremos assim que passar
Convidaremos os desconhecidos
Pra ver o dia acabar
Hoje é um dia
Um outro qualquer
Sem mais
Nenhum por que
Depois será outra era
Outra era pra amanhecer
Brindaremos a este momento
Dançaremos até cansar
E sonharemos de pé
Hoje é um dia muito especial
Esqueceremos assim que passar
Convidaremos os desconhecidos
Pra ver o dia acabar
Hoje é um dia
Um outro qualquer
Sem mais
Nenhum por que
Depois será outra era
Outra era pra amanhecer
A canção que não sai
Todo meu tempo vai querer passar
Assim que eu te pedir pra ficar
Todo meu corpo vai te perdoar
Assim que eu pedir pra perder
Todo o meu jeito vai te enfeitar
Assim que eu pedir pra riscar
Todo meu silencio vai te perguntar
Só pra saber o que foi
Assim que eu te pedir pra ficar
Todo meu corpo vai te perdoar
Assim que eu pedir pra perder
Todo o meu jeito vai te enfeitar
Assim que eu pedir pra riscar
Todo meu silencio vai te perguntar
Só pra saber o que foi
Se um dia sem dizer
Aqui começa a pequena volta
Onde todos vão deixar pra trás
Os corações e as pétalas
Até um dia qualquer
Depois a lua vai se quebrar
Espalhando luzes pelo chão
Vou olhar nos teus olhos
E esquecer a paixão
Cantaremos alegremente
Aquela mesma canção do fim
Vi seu rosto se multiplicar
Sem vontade de me abraçar
Rasgo a folha e o vento
E volto a te procurar
Faço o melhor que posso
Sem intenção de te imaginar
Mas além dos meus fatos
A peça vai começar
Onde todos vão deixar pra trás
Os corações e as pétalas
Até um dia qualquer
Depois a lua vai se quebrar
Espalhando luzes pelo chão
Vou olhar nos teus olhos
E esquecer a paixão
Cantaremos alegremente
Aquela mesma canção do fim
Vi seu rosto se multiplicar
Sem vontade de me abraçar
Rasgo a folha e o vento
E volto a te procurar
Faço o melhor que posso
Sem intenção de te imaginar
Mas além dos meus fatos
A peça vai começar
quarta-feira, 1 de junho de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
Que o mundo dá
Outra vez
Outro lugar
Dessa vez
Descalço
Largaremos o peso
Ao avesso
Pra quem quiser levar
Quanto tempo falta pra passar?
Passageiros atoa
De um navio que não partiu
Entre tantas mudanças
Só faltou mudar
Depois de tantas casas
Caminharemos
Pelo
Mar
Outro lugar
Dessa vez
Descalço
Largaremos o peso
Ao avesso
Pra quem quiser levar
Quanto tempo falta pra passar?
Passageiros atoa
De um navio que não partiu
Entre tantas mudanças
Só faltou mudar
Depois de tantas casas
Caminharemos
Pelo
Mar
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Manada
Mês que vem
Parcelado
Nascerá nu
E morrerá pelado
Ano que vem
A tribo inteira
Atrás dos trilhos
Da trincheira
Dia que vem
Atrasado
Sai correndo
Some no mundo
Sobe na vida
Cai do cansaço
E ali
Parado
Dorme sem pensar no que vem
Parcelado
Nascerá nu
E morrerá pelado
Ano que vem
A tribo inteira
Atrás dos trilhos
Da trincheira
Dia que vem
Atrasado
Sai correndo
Some no mundo
Sobe na vida
Cai do cansaço
E ali
Parado
Dorme sem pensar no que vem
terça-feira, 10 de maio de 2011
Grupo Pondera de Faz de Conta
Sabe o que tem que fazer
Falte
Sabe por onde começar
Esqueça
Sabe exatamente o que quer
Quebra
Sabe o ponto certo de olhar pra trás
Atrase
Sabe a hora certa de fechar a porta
Prometa
Sabe o que se esconde depois do muro
Futuro
Sabe que pode
Pondera
Falte
Sabe por onde começar
Esqueça
Sabe exatamente o que quer
Quebra
Sabe o ponto certo de olhar pra trás
Atrase
Sabe a hora certa de fechar a porta
Prometa
Sabe o que se esconde depois do muro
Futuro
Sabe que pode
Pondera
Olhar Camelô
A vida imita
Filmes sem graça
E devora seus
Fins
Aos berros no paraíso
Esquece isso
Que passa
Passei tanto tempo
Te vendo
De graça
Filmes sem graça
E devora seus
Fins
Aos berros no paraíso
Esquece isso
Que passa
Passei tanto tempo
Te vendo
De graça
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Erro Eros Eras
Até o fim do mês
Mesmo se chover
Ao menos uma vez
Ao certo ou talvez
A mesma inclinação
Pra melhor de três
Na volta que vem
Até que a vida fez
Mesmo se chover
Ao menos uma vez
Ao certo ou talvez
A mesma inclinação
Pra melhor de três
Na volta que vem
Até que a vida fez
terça-feira, 3 de maio de 2011
Novela ou vela
Primeiro de Maio
Primeiro de Abril
Príncipe salário
O reino já faliu
Primeiro vem o sino
Depois o trovejar
Nuvens do passado
São difíceis de tocar
Primeiro de Abril
Príncipe salário
O reino já faliu
Primeiro vem o sino
Depois o trovejar
Nuvens do passado
São difíceis de tocar
Se foi se vai se foi se
Fecho nunca acho
Pego o mundo e racho
Relaxo e Progresso
Pelo resto do regresso
Onde for que se foda
Esta vida de adeuses
Vale o ingresso ?
Pego o mundo e racho
Relaxo e Progresso
Pelo resto do regresso
Onde for que se foda
Esta vida de adeuses
Vale o ingresso ?
A Mosca Soviet
O tempo deságua
Crise
Não tenho sois
Destruo
Tento ao vento
Escuro
Vou escrever
Resmungo
Arrasto o risco
Descubro
Um novo dia
Duro
Crise
Não tenho sois
Destruo
Tento ao vento
Escuro
Vou escrever
Resmungo
Arrasto o risco
Descubro
Um novo dia
Duro
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Picadeiro
Silêncio no estádio
Despencou do senado
Um engravatado
Tocaremos o samba
Da alma brasileira
Já que não fui eu
Quem empurrou
Nem quem morreu
Despencou do senado
Um engravatado
Tocaremos o samba
Da alma brasileira
Já que não fui eu
Quem empurrou
Nem quem morreu
DNA nota falsa
Visto a camisa
Vou mau da vista
Folheio a revista
Mergulho no raso
Por mais que você insista
Enlouqueço a prazo
Vou mau da vista
Folheio a revista
Mergulho no raso
Por mais que você insista
Enlouqueço a prazo
Charme desta nação
Fale de amor
Sem pedir desculpas
Já que desmoronou
Fale a verdade
Não sou nem a metade
Uma inútil cidade
Que não fala jamais
Adeus crenças
Em breve
Escrevo
Minhas indiferenças
Sem pedir desculpas
Já que desmoronou
Fale a verdade
Não sou nem a metade
Uma inútil cidade
Que não fala jamais
Adeus crenças
Em breve
Escrevo
Minhas indiferenças
segunda-feira, 25 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Mergulho
Janela aberta
Vento invade
Ondas na cortina
Outra noite
Até o dia parar
De soluçar
Ah quanto tempo
Tenho tanto
Tenho tanto
Vento invade
Ondas na cortina
Outra noite
Até o dia parar
De soluçar
Ah quanto tempo
Tenho tanto
Tenho tanto
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Eletra com Creta
Deito minha alma
De corpo fugidio
Quero ser sempre
Não estando mais
Máscara ou rosto
Agora tanto faz
Luz
Luz
Na cruz do posso mais
Lugares esquecidos
Olhares indiferentes
Outra vez a piada
No plural dos descontentes
Invento uma doutrina
Contra os doutrinadores
Acendo a luz da jaula
Leões e domadores
Fico bem
Pico com pop
Digo boa sorte
Filhos de Medéia
A grande regra ainda é
Agradar a platéia
De corpo fugidio
Quero ser sempre
Não estando mais
Máscara ou rosto
Agora tanto faz
Luz
Luz
Na cruz do posso mais
Lugares esquecidos
Olhares indiferentes
Outra vez a piada
No plural dos descontentes
Invento uma doutrina
Contra os doutrinadores
Acendo a luz da jaula
Leões e domadores
Fico bem
Pico com pop
Digo boa sorte
Filhos de Medéia
A grande regra ainda é
Agradar a platéia
domingo, 3 de abril de 2011
Inclusive Encruzilhada
Ensaio Sobre Esse
Sim Sem Som
S.O.S Para Paraíso
Primeiro Os Anjos
Depois Os Vivos
Salve-se
Quem
Souber
Sim Sem Som
S.O.S Para Paraíso
Primeiro Os Anjos
Depois Os Vivos
Salve-se
Quem
Souber
sábado, 2 de abril de 2011
Colecionador de pó
Abril radioativo
Produto interno
Fone fixo
Azar catatônico
Caiu de pé
Tonto prolixo
Dinheiro grátis
Dinners club indeciso
Chuva forte
No céu de granizo
Andei com fé
Ferro e fome
De zero a dez
Diga me com quem
Tu andas
Que andarei
Com teus pés
Produto interno
Fone fixo
Azar catatônico
Caiu de pé
Tonto prolixo
Dinheiro grátis
Dinners club indeciso
Chuva forte
No céu de granizo
Andei com fé
Ferro e fome
De zero a dez
Diga me com quem
Tu andas
Que andarei
Com teus pés
Minha mão ninguém lê
Minha mão ninguém lê
Simples como sombra
Sem pé nem carona
Todos sonham ninguém vê
Ouvi dizer
Falei demais
Volta ou outra
Descanso em paz
Simples como sombra
Sem pé nem carona
Todos sonham ninguém vê
Ouvi dizer
Falei demais
Volta ou outra
Descanso em paz
Rabisco Radioativo
Anoiteceu mais cedo
Sem sol sem selo
Soube por não saber nada
Um dia a noite acaba
E Manda uma carta
O sol não sabe nascer
Sente medo
E pressa
Até que alguém
Arremessa
Sem sol sem selo
Soube por não saber nada
Um dia a noite acaba
E Manda uma carta
O sol não sabe nascer
Sente medo
E pressa
Até que alguém
Arremessa
domingo, 27 de março de 2011
Historia ou Isto
O rei
Rói
O bobo
Bunda
O certo
Muda
O mar
Inunda
Deus
Cano
O povo
Piano
O buraco
Fundo
A rainha
Ri
Do vazio do mundo
Rói
O bobo
Bunda
O certo
Muda
O mar
Inunda
Deus
Cano
O povo
Piano
O buraco
Fundo
A rainha
Ri
Do vazio do mundo
Atrás das nuvens impossíveis
A canção do silêncio
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
Atrás das nuvens impossíveis
A canção do silêncio
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
Atrás das nuvens impossíveis
A canção do silêncio
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem o a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
Luzes em sol
Só nos resta o azul
Dos olhos do fim
Ouvi o passado
Cantar o futuro
Estaremos por perto
Quando se passarem
Cem anos
O Depois
Vem o a seguir
Nas memórias
De quem
Riu
quinta-feira, 24 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Razões para ser orgulhoso
Universos de areia
Capítulos inseguros
Todo Lugar
é um muro
Mente
e me apresenta
Uma nova
Utopia
Incontáveis gotas
De calmaria
Na tela
A mudança
Do mundo
Céu e inferno
Morando juntos
Traem certezas
Com vizinhos
Dos fundos
Acordam cedo
E seguem
Sabendo
De tudo
Capítulos inseguros
Todo Lugar
é um muro
Mente
e me apresenta
Uma nova
Utopia
Incontáveis gotas
De calmaria
Na tela
A mudança
Do mundo
Céu e inferno
Morando juntos
Traem certezas
Com vizinhos
Dos fundos
Acordam cedo
E seguem
Sabendo
De tudo
Enquanto é tempo
Vendi o vento
Pra falta de ar
Pagou com mil palavras
Ao pó pergunto
Sem pressa
E sem
Assunto
Pra falta de ar
Pagou com mil palavras
Ao pó pergunto
Sem pressa
E sem
Assunto
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O sol esta lá fora
O dia acorda
Tudo que é noite
Volta ao seu lugar
Pizza de ontem
Música do Lobão
E alguns truques urgentes
pra acalmar um coração
Tudo que é noite
Volta ao seu lugar
Pizza de ontem
Música do Lobão
E alguns truques urgentes
pra acalmar um coração
sábado, 19 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
segredos provisórios do mundo
Longe longe longe longe longe longe
Todos os ventos velozes destruidores e pacíficos do mundo
Todos os fatos inventados falados corrosivos passageiros do mundo
Todas as maquinas esmagadoras de formiga do mundo
Todas os laços indestrutíveis rabiscado pelo céu do mundo
Todos os olhos inundados pelas lagrimas do mundo
Todos os cegos perdidos e desalmados incapazes de irem além do mundo
Todos reis escravos do seu ouro que não sabem onde enfiar o seu cedro e o enfiam no mundo
Todos os rastros de nuvens esquecidas grandiosas e efêmeras do mundo
Todas as voltas inexplicáveis dos ponteiros em torno do mundo
Todos os fortes gigantes feitos de areia nebulosa e clara do mundo
Todas as escolhas decisivas em momentos de desespero profundo do mundo
Todos os dentes quebrados caídos na sabedoria do mundo
Todos os caminhos imensos que nos levam a lugar nenhum do mundo
Todos os deuses demônios pisoteadores de mentes do mundo
Todos os poucos e livres andarilhos sem objetivos a não ser a vida do mundo
Todos os fins anunciados e imprevisíveis do mundo
Longe longe longe longe longe longe
Longe longe longe longe
Neste exato acaso
Neste exato poema
Neste exato segundo
Estamos infinitamente longe de tudo o que é mundo virá a ser mundo e nunca será mundo
Todos os ventos velozes destruidores e pacíficos do mundo
Todos os fatos inventados falados corrosivos passageiros do mundo
Todas as maquinas esmagadoras de formiga do mundo
Todas os laços indestrutíveis rabiscado pelo céu do mundo
Todos os olhos inundados pelas lagrimas do mundo
Todos os cegos perdidos e desalmados incapazes de irem além do mundo
Todos reis escravos do seu ouro que não sabem onde enfiar o seu cedro e o enfiam no mundo
Todos os rastros de nuvens esquecidas grandiosas e efêmeras do mundo
Todas as voltas inexplicáveis dos ponteiros em torno do mundo
Todos os fortes gigantes feitos de areia nebulosa e clara do mundo
Todas as escolhas decisivas em momentos de desespero profundo do mundo
Todos os dentes quebrados caídos na sabedoria do mundo
Todos os caminhos imensos que nos levam a lugar nenhum do mundo
Todos os deuses demônios pisoteadores de mentes do mundo
Todos os poucos e livres andarilhos sem objetivos a não ser a vida do mundo
Todos os fins anunciados e imprevisíveis do mundo
Longe longe longe longe longe longe
Longe longe longe longe
Neste exato acaso
Neste exato poema
Neste exato segundo
Estamos infinitamente longe de tudo o que é mundo virá a ser mundo e nunca será mundo
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Pré-História de Um Amor Continental
Uma mulher consumiu desejos
Beijos, rastros e rodopios ao sol
Uma mulher se fez de final
Lembrou do amanhã
Cantou a maré
Uma mulher falou aos esquecidos
Esqueçam o fim
A vida é só isso
Depois dela
Melhor
Uma mulher fez de tudo
Seios, sonhos e sumiços
Se fez de feia e deduziu o céu
Uma mulher construiu os astros
E ensolarou o infinito
Uma mulher se fez de sentido
Antes de tudo
Tem o contido
Ainda vão saber disso
Beijos, rastros e rodopios ao sol
Uma mulher se fez de final
Lembrou do amanhã
Cantou a maré
Uma mulher falou aos esquecidos
Esqueçam o fim
A vida é só isso
Depois dela
Melhor
Uma mulher fez de tudo
Seios, sonhos e sumiços
Se fez de feia e deduziu o céu
Uma mulher construiu os astros
E ensolarou o infinito
Uma mulher se fez de sentido
Antes de tudo
Tem o contido
Ainda vão saber disso
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Bem Vindo Ao Labirinto Em Breve Minotauro
Outdoors na saída
Suave prece a prazo
Enquanto apodreço
Expulse os vendilhões
Do seu templo
Já que Jesus
Só sai do Wal-Mart
Por um bom preço
Suave prece a prazo
Enquanto apodreço
Expulse os vendilhões
Do seu templo
Já que Jesus
Só sai do Wal-Mart
Por um bom preço
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Quarto Vazio
Quase que não me recordo
Recortei teu rosto
Ou te guardei de novo
Quase que não me recordo
Fingi te magoar
Ou folheei o mapa
Quase que não me comovo
Pedi pra ficar
Ou me fingi de morto
Quase que não me importo
Arrastei-me pela escada
Ou retoquei a mala
Quase que não me recordo
Fingi ter opção
Ou foi
Legitima
Respiração
Recortei teu rosto
Ou te guardei de novo
Quase que não me recordo
Fingi te magoar
Ou folheei o mapa
Quase que não me comovo
Pedi pra ficar
Ou me fingi de morto
Quase que não me importo
Arrastei-me pela escada
Ou retoquei a mala
Quase que não me recordo
Fingi ter opção
Ou foi
Legitima
Respiração
Mercado das Borboletas
A cada dia acaba estrada
Sonhos estranhos
Somos sonhos
Somos estranhos
Acabamos
de nos sonhar
A cada passo acordo e passo
Pelos dias que virão
Cai a noite planto estrelas
No deserto céu da tua boca
A cada olhar espelho
Espero
Amanhã
Acabar cedo
Sonhos estranhos
Somos sonhos
Somos estranhos
Acabamos
de nos sonhar
A cada passo acordo e passo
Pelos dias que virão
Cai a noite planto estrelas
No deserto céu da tua boca
A cada olhar espelho
Espero
Amanhã
Acabar cedo
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Isso Tudo Quase
Houve um tempo de tempo nenhum
Ouvi um trovão se esquecendo
Houve chuva antes do incêndio
Ouvi tua voz
Houve silêncio
e ouvi um mundo
sem nada a declarar
Ouvi um trovão se esquecendo
Houve chuva antes do incêndio
Ouvi tua voz
Houve silêncio
e ouvi um mundo
sem nada a declarar
sábado, 29 de janeiro de 2011
metamorfose tropical
não sei se caio ou se finco
não sei se maio ou se sinto
não sei se raio o se findo
não sei se saio ou se fico
não sei se maio ou se sinto
não sei se raio o se findo
não sei se saio ou se fico
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Antes das antas
Jantamos juntos
Rezamos proteção
Caímos quietos
Matei Mosquitos
Mesma hora
Mesmo grito
Invadimos juntos
Jantamos mosquitos
Rezamos gritos
Matamos os mesmos
Caídos
Jamais me lembro
Enterro comigo
Deixamos a sobra
Da vida e do umbigo
Nada meu
Tudo isso
Quem prometeu ?
Rezamos proteção
Caímos quietos
Matei Mosquitos
Mesma hora
Mesmo grito
Invadimos juntos
Jantamos mosquitos
Rezamos gritos
Matamos os mesmos
Caídos
Jamais me lembro
Enterro comigo
Deixamos a sobra
Da vida e do umbigo
Nada meu
Tudo isso
Quem prometeu ?
Festa Egípcia
Vamos pra rua
Roer os ratos
Vamos pra lua
Lutar livremente
Vamos pro sol
Soletrar nossos sonhos
Roer os ratos
Vamos pra lua
Lutar livremente
Vamos pro sol
Soletrar nossos sonhos
Escadas rolantes e seus corrimãos
Corrói feito inveja
Falo alto e corro
Invisível a olho nú
Nudez teleguiada
Vejo os índices
Fui eleito no leito
Elejo meu povo
Na arquibancada
Não telefone
sem hora marcada
Falo alto e corro
Invisível a olho nú
Nudez teleguiada
Vejo os índices
Fui eleito no leito
Elejo meu povo
Na arquibancada
Não telefone
sem hora marcada
sábado, 22 de janeiro de 2011
O Intolerável Peso da Leveza
Escrevo o que passa
pra nada
escrevo o que fica
Ainda linha
nenhuma dica
das asas só pena
escolho o alvo
erro a mira
e saio
de cena
pra nada
escrevo o que fica
Ainda linha
nenhuma dica
das asas só pena
escolho o alvo
erro a mira
e saio
de cena
Queria ser brasileiro
Em tudo roteiro
Primeiro mundo
Meu Brasil brasileiro
Quase que inteiro
Quem sabe morto
Não vi direito
Estratégia
Torço e durmo
Estrangeiro
Primeiro mundo
Meu Brasil brasileiro
Quase que inteiro
Quem sabe morto
Não vi direito
Estratégia
Torço e durmo
Estrangeiro
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
amor, amores
não quero ser alvo de grupos humanitários
nem quero respirar lama e escombros
apenas te peço iluminai vossas crateras
o meu sol tá fraquinho fraquinho
não importa o fracasso das negociações
que você seja mais que isso tudo que perdeu
Apenas te digo
o meu coração
transbordou
adeus
o dia nasce pro teu sorriso raiar
por azar
escolheu
amar
do seu jeito
do seu jeito
nem quero respirar lama e escombros
apenas te peço iluminai vossas crateras
o meu sol tá fraquinho fraquinho
não importa o fracasso das negociações
que você seja mais que isso tudo que perdeu
Apenas te digo
o meu coração
transbordou
adeus
o dia nasce pro teu sorriso raiar
por azar
escolheu
amar
do seu jeito
do seu jeito
Eu tinha um título
Quando todos os soldados contratados
Marcharem sob estilhaços de sonhos
Haverá paz nos quatro cantos do quarto
Nenhum contrato recoloca cabeças
Sem saber pra onde ir
Escolheram
Agir
Marcharem sob estilhaços de sonhos
Haverá paz nos quatro cantos do quarto
Nenhum contrato recoloca cabeças
Sem saber pra onde ir
Escolheram
Agir
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
A Estátua de Pierre Unik
Eu pronuncio teu nome
Enquanto some
Que movimento político contra-revolucionário
tem meu coração ?
Eu pronuncio insultos a inteligência
dos economizadores de espírito
nesta noite incurável
e teu nome é sabotagem consoante às regras
Amanhã anestesia hoje em dia
Experimente o pão do céu na terra
Compre a credito sua utopia
teu nome, continua na próxima noite
leitura escura de um conto infantil
me soa ao alcance de nossos amigos
que atue sobre a mente
que todas as estrelas entorpeçam
que a mansa chuva ainda seja a única palavra
Enquanto some
Que movimento político contra-revolucionário
tem meu coração ?
Eu pronuncio insultos a inteligência
dos economizadores de espírito
nesta noite incurável
e teu nome é sabotagem consoante às regras
Amanhã anestesia hoje em dia
Experimente o pão do céu na terra
Compre a credito sua utopia
teu nome, continua na próxima noite
leitura escura de um conto infantil
me soa ao alcance de nossos amigos
que atue sobre a mente
que todas as estrelas entorpeçam
que a mansa chuva ainda seja a única palavra
sábado, 15 de janeiro de 2011
Plano Platônico
pode ser fiasco
pedindo
só um
pedaço
pode ser mentira
sem luz
atirar
na mira
pode ser silêncio
pode ser sinfônica
pode ser sinuca
pode ser sicrano
pode ser sincera
pode ser cinema
milhões
estrelando
ilusões
ser céu
e seu
céu seu
e ser
ser eu
e céu
pedindo
só um
pedaço
pode ser mentira
sem luz
atirar
na mira
pode ser silêncio
pode ser sinfônica
pode ser sinuca
pode ser sicrano
pode ser sincera
pode ser cinema
milhões
estrelando
ilusões
ser céu
e seu
céu seu
e ser
ser eu
e céu
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
bronca
Esse processo
Termina no resto
Onde se esconde
Poesia sem voz
Diante do espelho
Um poeta prosaico
Guarda gritos sobre nada
Personagens de areia
Sem hora nem orelha
E o Salário a cobrar
Lá vai um ovni
Lá vem um óbvio
eu acho que já é hora
de não parar
Termina no resto
Onde se esconde
Poesia sem voz
Diante do espelho
Um poeta prosaico
Guarda gritos sobre nada
Personagens de areia
Sem hora nem orelha
E o Salário a cobrar
Lá vai um ovni
Lá vem um óbvio
eu acho que já é hora
de não parar
domingo, 9 de janeiro de 2011
mapa mundi
Vento forte
tempo escorre
pelos planos
frente fria faz
sol de fósforo
um sim
sem rei
respiro fundo
do poço
e passei
sou caminho
onde escondo
escuro
onde procuro
estou
navio cego não vê o mar
sabe
dali
não sai
eu sei
tempo escorre
pelos planos
frente fria faz
sol de fósforo
um sim
sem rei
respiro fundo
do poço
e passei
sou caminho
onde escondo
escuro
onde procuro
estou
navio cego não vê o mar
sabe
dali
não sai
eu sei
sábado, 8 de janeiro de 2011
Eu também vou fazer revolução
Planejo tudo o que não acontece
Quem não me esquece
Merece outra eleição
Deixo quieto fico mudo
Me sentindo um cara culto
Pertencente a outra geração
Quem não me esquece
Merece outra eleição
Deixo quieto fico mudo
Me sentindo um cara culto
Pertencente a outra geração
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Canção das asas de plástico
Diferente de quem desiste
Parecido com recomeçar
Diferente de quem chega
Parecido com pode entrar
Diferente de quem reprisa
Parecido com replanejar
Diferente de quem alcança
Parecido com quase alcançar
Diferente de um deserto
Parecido com homens ao mar
Diferente de quem samba bem
Parecido com vamos dançar
Diferente de quem vôa alto
Parecido com aqui tá bom
Diferente de falar de mais
Parecido com jogar xadrez
Diferente de enchergar de longe
Parecido com saber de cor
Diferente de quem atropela
Parecido com atravessar
Diferente de pisar na lua
Parecido com deitar na rede
Diferente de quem fala sério
Parecido com fazer as malas
Diferente de quem vive mudo
parecido com cantar assim
Diferente de quem perde tempo
Parecido com alguns segundos
Diferente de olhar pra trás
Parecido com onde paramos ?
Parecido com recomeçar
Diferente de quem chega
Parecido com pode entrar
Diferente de quem reprisa
Parecido com replanejar
Diferente de quem alcança
Parecido com quase alcançar
Diferente de um deserto
Parecido com homens ao mar
Diferente de quem samba bem
Parecido com vamos dançar
Diferente de quem vôa alto
Parecido com aqui tá bom
Diferente de falar de mais
Parecido com jogar xadrez
Diferente de enchergar de longe
Parecido com saber de cor
Diferente de quem atropela
Parecido com atravessar
Diferente de pisar na lua
Parecido com deitar na rede
Diferente de quem fala sério
Parecido com fazer as malas
Diferente de quem vive mudo
parecido com cantar assim
Diferente de quem perde tempo
Parecido com alguns segundos
Diferente de olhar pra trás
Parecido com onde paramos ?
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Monstro Sist
tua sugestão
é só a tua mal digestão
erra arrepende e vende
outros
outros
outros
você
são a mesma pessoa
de futuro promissor
cantando as mesmas canções
enquanto o monstro não vem
é só a tua mal digestão
erra arrepende e vende
outros
outros
outros
você
são a mesma pessoa
de futuro promissor
cantando as mesmas canções
enquanto o monstro não vem
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