?
Quanto ganha
Quanto perde
Enquanto a vida
segue
?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Não Perca
Pra ver o que sobra
Depois dos comerciais
Distraída e disfarçada
A vida se desdobra
Atrás do atraso
Sem perder de vista
O capítulo sem fim
Da novela acaso
Depois dos comerciais
Distraída e disfarçada
A vida se desdobra
Atrás do atraso
Sem perder de vista
O capítulo sem fim
Da novela acaso
domingo, 26 de setembro de 2010
No centro do espetáculo
Os desejos dormem
Sustentam soltos
Intraduzíveis pensamentos
O critério do camelo:
Passar a controvérsia
Pelo buraco da agulha
Ou quem passar primeiro
Pra ver se a alma dura
Sustentam soltos
Intraduzíveis pensamentos
O critério do camelo:
Passar a controvérsia
Pelo buraco da agulha
Ou quem passar primeiro
Pra ver se a alma dura
quando crescer
Objetivos óbvios ou
Planos pairam por aí
Havia um menino
Há muito sabia
Que podia ser engano
Mas ele corria
E tropeçava
Pelos buracos da lua
Planos pairam por aí
Havia um menino
Há muito sabia
Que podia ser engano
Mas ele corria
E tropeçava
Pelos buracos da lua
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Nebulosa
O grito pede passagem
Entre santos sanados senadores
Alguns saltam
Outros esperaram vento
Nesta tarde de sol
Vasto céu sem chances
Vai chegar o dia
Em que o homem pisará
Na
Vida
Entre santos sanados senadores
Alguns saltam
Outros esperaram vento
Nesta tarde de sol
Vasto céu sem chances
Vai chegar o dia
Em que o homem pisará
Na
Vida
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Comunicação incomunicável
O que é não é
Aqui é mas não é
Ali é mas aqui é diferente
Agora não é o que é
Agora é e ponto
Pronto pra outra
Outra realidade
Virtual
real
Pontual
Não é isso
É isso
Isso é
Aqui é isso
Isso é isso
Ou é isso ou isso
Ou nada disso
Disso tudo só sobra isso
Por isso eu vejo
Por isso eu escuto
Por isso eu leio
Pra saber isso
Porque isso é importante
Sem isso
Eu sou isso
Agora com isso
Eu não sou isso
Sou mais que isso
Além disso
Sou
Invisível
Aqui é mas não é
Ali é mas aqui é diferente
Agora não é o que é
Agora é e ponto
Pronto pra outra
Outra realidade
Virtual
real
Pontual
Não é isso
É isso
Isso é
Aqui é isso
Isso é isso
Ou é isso ou isso
Ou nada disso
Disso tudo só sobra isso
Por isso eu vejo
Por isso eu escuto
Por isso eu leio
Pra saber isso
Porque isso é importante
Sem isso
Eu sou isso
Agora com isso
Eu não sou isso
Sou mais que isso
Além disso
Sou
Invisível
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A projeção prosa
A projeção
Rascunho noite
quase estrelas quase céu
simples conversa
Poucas palavras e um mapa do possível
Sobrepõe sem pensar
Deixando de lado o só e o se
Imprime nos olhos o desejo distante
De tanto desejar
Te tem
Nada
Agora
Sem mapa, vire-se
em mim
Rascunho noite
quase estrelas quase céu
simples conversa
Poucas palavras e um mapa do possível
Sobrepõe sem pensar
Deixando de lado o só e o se
Imprime nos olhos o desejo distante
De tanto desejar
Te tem
Nada
Agora
Sem mapa, vire-se
em mim
sábado, 11 de setembro de 2010
disque-deus
Queimam livros sagrados
Profanam shoppings da lei
Levam os livres ao templo
Libertam da cruz e pagam o táxi
O assinante desiste do assassinato
E insiste na linha
pra ressuscitar
Profanam shoppings da lei
Levam os livres ao templo
Libertam da cruz e pagam o táxi
O assinante desiste do assassinato
E insiste na linha
pra ressuscitar
Oca Town
Flechas de um tupi sem diploma
Imploram por chuva e por sol
Lá vem enchente cibernética
Inundar o meu quintal
Vi o seu discurso na TV
Mas não sei se vou votar
Voltas e voltas no lugar
E quando eu paro pra assistir
A luz acende
Sinal-de-filmar
Imploram por chuva e por sol
Lá vem enchente cibernética
Inundar o meu quintal
Vi o seu discurso na TV
Mas não sei se vou votar
Voltas e voltas no lugar
E quando eu paro pra assistir
A luz acende
Sinal-de-filmar
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Um nome pra chamar
Um nome pra chamar
Eu nomeei
Sonhos leves de quem vai partir
Trazendo flores e planos
Enquanto buzinas da cidade ensurdecem lá fora
Com os pés na areia escreva meu nome
com o dedo nas nuvens escrevo o seu
Pro vento apagar
Em instantes
Assim como o mar apagará o meu
Eu nomeei
Sonhos leves de quem vai partir
Trazendo flores e planos
Enquanto buzinas da cidade ensurdecem lá fora
Com os pés na areia escreva meu nome
com o dedo nas nuvens escrevo o seu
Pro vento apagar
Em instantes
Assim como o mar apagará o meu
terça-feira, 7 de setembro de 2010
entre janelas e cortinas
Quem me dera
Entregar-me claro
Num jogar-se pra dentro
Sem amarras nem ancoras
mergulho em céu de estrelas
E ficar há um centímetro
Dos seus olhos
E ver que nossas almas
Ainda estão inteiras
Entregar-me claro
Num jogar-se pra dentro
Sem amarras nem ancoras
mergulho em céu de estrelas
E ficar há um centímetro
Dos seus olhos
E ver que nossas almas
Ainda estão inteiras
Conte-me
Conte-me
Com palavras em branco
Do que morre
E do que dura
Num eterno instante
Entre o sonho e o chão
Conte-me
O que se passa passou e passará
Com olhos lágrimas pulso firme
E abraço apertado
Num dia de chuva
Parecendo domingo
Conte-me
Com milhões de enfeites
Falseados plagiados e instigantes
Dos que vivem pouco
Muito mais que eu
Conte-me
Sem sobrar detalhes
O que existe existiu e existirá
Escrito nas linhas da mão
Um futuro cósmico
Na mesa de um bar
Conte-me
Com uma palavra
Sobre o inconstante comum
Do amor e suas acrobacias
Do vento calmo e suas rajadas
Nesses lábios que beijam antes de falar
Conte-me
Mais
nada
Com palavras em branco
Do que morre
E do que dura
Num eterno instante
Entre o sonho e o chão
Conte-me
O que se passa passou e passará
Com olhos lágrimas pulso firme
E abraço apertado
Num dia de chuva
Parecendo domingo
Conte-me
Com milhões de enfeites
Falseados plagiados e instigantes
Dos que vivem pouco
Muito mais que eu
Conte-me
Sem sobrar detalhes
O que existe existiu e existirá
Escrito nas linhas da mão
Um futuro cósmico
Na mesa de um bar
Conte-me
Com uma palavra
Sobre o inconstante comum
Do amor e suas acrobacias
Do vento calmo e suas rajadas
Nesses lábios que beijam antes de falar
Conte-me
Mais
nada
Provável antes
Régias
Estratégias
Na areia dos anos
Enrolando planos em panos quentes
Sonhos doces enquanto arrancam seus dentes
Estratégias
Na areia dos anos
Enrolando planos em panos quentes
Sonhos doces enquanto arrancam seus dentes
sábado, 4 de setembro de 2010
Ponte Móvel
Expandir até virar pó
Inspirar até entrar alma
Há algo de podre
Há algo de reino
Alguém responde silenciosamente
E reina
Respira fundo e expira
Incontestavelmente certo
Inúmeras vezes é preciso
Olhar pra cara no espelho
Bem de perto
Inspirar até entrar alma
Há algo de podre
Há algo de reino
Alguém responde silenciosamente
E reina
Respira fundo e expira
Incontestavelmente certo
Inúmeras vezes é preciso
Olhar pra cara no espelho
Bem de perto
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Há cores ?
A perfeição escorre pelas imagens
Da televisão
quem vai arrumar a antena
do mundo
subindo na carniça
pra girar
o coração ?
Da televisão
quem vai arrumar a antena
do mundo
subindo na carniça
pra girar
o coração ?
Se esse espelho quebrado fosse meu
Esta rua dividida
Sem pedrinhas de brilhante
Passam tanques e carruagens
Sapatinhos de petróleo
Numa vala de esgoto
A canção ao luar
Dos órfãos na calçada
Misturam balé com esmola
E crêem que a sorte chega uma hora
Sem pedrinhas de brilhante
Passam tanques e carruagens
Sapatinhos de petróleo
Numa vala de esgoto
A canção ao luar
Dos órfãos na calçada
Misturam balé com esmola
E crêem que a sorte chega uma hora
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