quarta-feira, 23 de junho de 2010

SeublueS

Notas na noite
Escala de restos
Em solos sem fim
Nessa mesa vazia
Memoria e fumaça
Alguns se divertem
Outros eu
Falam e riem da vida
Dos sonhos
Dançam e esquecem
Aqui como lá fora
É tudo breu

Original Silence Jazz Band

Nenhuma palavra nova
Cheia, clareia, afunda ou nota
Nenhuma palava nula
Nuclear, cega, ensina ou ensaia
Nenhuma palavra volta
Se despe, pede ou fica
Nenhuma palavra rasa
Nasce rica, nome, some ou memoriza
Nenhuma palavra som
Sopra, improvisa, avisa ou baba
Nenhuma palavra pó
pedra, cerca, sombra ou sol
Nenhuma palavra apalpa
Nenhuma palavra acaba
Nenhuma palavra bis
Nenhuma
Palavra
kiss

segunda-feira, 21 de junho de 2010

última oração

Deus
Vai deixar alguma coisa sobrando
Aqui
?

sábado, 19 de junho de 2010

u s o

caco meu rasga lua dies
da seu laico uga car sem
sala grama e cedo cisuu
mas eu diluo grace casa
selo is cada cama ruuge
cai do ser mulu asa cega
com essa cuaga lei urda
acorda u saci seel gema
lume grada sase co caiu
oi dama eua esc sr laguc
mesada ace luico sugar
cade a miss uraca gelou
uge lado mais seca crua
cadulue essa oca migra
alugam se caos ucaried
me da coca seu ar gula si
ac e dc mas elo ruiu saga
louca cria esmaga deus
a i c a o d c m s
r g u l s a e a eu
cada coisa em seu lugar

memoria de cego

Do coração
uma oração
ou suplica de afeto
sem replica
reposta imediata ao
imenso silêncio
que vem
assim que você vai
vai e cai
em mim
como nuvens que passam
sem vestígios
só vem o que vai
só vai o infinito
e fim

segunda-feira, 14 de junho de 2010

fincomum

Fragmentos ligados
De tão separados
Se tornaram um
Sol dividido em pedaços
Nasce se põe
Em lugar nenhum

Nunca saí daqui

Incontáveis passados
Mil folhas no chão
Vencem
Vento
E ficam
Eu não

Olhar de fora

O que vemos aqui
Derretem sonhos
Cidade e jardim
Não se escondam
Olhem de volta
Pra que não olhe pra mim

cores coração

Olhos perdidos no espaço
Giram em torno do fim
Entre noite e carnaval
Dançam como o vazio
Sem som
Vão
Onde não
São

goletra

gritemaisambemalevemais

percamaisonhecomigooool

amemenosóame

Poema Nulo

poema nulo

Melhor que
Ter senha pra tudo
É deletar você

Libertas quae sera tamen

A chave certa na porta de deus
Atire a primeira pedra
Quem nunca se prendeu

Uma chance em duas

Amanhã eu vejo
Se estou pela metade
Ou meio cheio

Erra uma vez

Primeiro erro do dia
Nem só de acento
Viverá a poesia

A lei do Se

Meu telefone não toca
Minha caneta não escreve
Nesse meu inverno
A chuva cai neve

Meu óculos não da visão
Minha chave não abre
Será que no seu dia
O meu instante cabe ?

o anjo pirata

sete véus
sete copas
sete dias
e setecentas cópias
em
sete
linhas

Urbanal

tem um q de aço
nesse vento
desfaço sem jeito
acabo enchendo
de aço
o peito

sábado, 5 de junho de 2010

Silêncio Mínimo

Depois do vento variável
Das nuvens de valores
E do inverno à venda
agora inventa
A chuva
Em câmera lenta

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tudo o que brilha é ouro

Ir pra onde
há anos-luz
lugar de ontem
Acho que acho que
Tenho que ir
Mais uma vez
Ver o sol sumir
Lá de longe
Rir a toa
Da cara no espelho
Acho que vejo
A saída daqui
Qual a hora
De existir ?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Navios ao mar

navio vai
mar começa
mal se despede
parte pede
parte meça
partiu