quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pêndulo

Deixe um bilhete
Pra eu te esquecer esta noite
Sem olhar pra trás
Estátuas de sal que ficam
Enquanto seguimos perdidos
Trilhando caminhos
Você gritou meu nome
Mas já era tarde
Meus ouvidos meus olhos de sombra e luz
já estavam inquietos ásperos e pregados na cruz
Siga o caminho em direção aos mares remotos do coração
Onde os olhos pingam no chão
Onde o corpo volta pro chão
Onde não se tem mais o chão nem os pés
Na mesa de um bar perto da estação
A cada trem que passa
Chega alguém que pode iluminar o seu mundo e o meu
Deixamos de lado os caminhos cruzados
E sejamos felizes já que chegamos a acreditar
Quando o sol sobe a lua desce
Só quem permanece é o mar
Imune incerto inflexível e imortal
E nos sonhos uma voz continua a gritar

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