sexta-feira, 21 de junho de 2013

Reverberação em abismos


Me libertar
Dos alicerces de chumbo
Amar a dor
Da questão sem solução
Estender a mão
Sem entender
Deixar por fazer
Querer o bem e o mal querer
Rasgar o mundo
E telefonar por saudade do primeiro amor esquecido
Permita a minha chegada
De corpo e alma em suas regras
Pelo direito de seduzir o impossível no olhar
E desencadear o simples
Construir um governo em si
Só pra ver desmoronar
Num passe de mágica


Até o passado chegar

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ivánov por ai




Saio contra ou pago as contas?
Ao deus do esculacho meu suplicio
No fim do mês você não precisa de você
Chego em casa numa tentativa de voltar
Falo com a foto do Face
Quanto tempo sem te ver
Não confio muito em você
Vou superando

Toda explicação estaciona o carro e vai ao supermercado
Vou ao show do trem que passa inerte
Por trinta reais fecho o cruzamento
Respeitem meu direito de ir longe
Eu quero ser a última frase
Desembarca o ator principal pela janela da cidade

Eu

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Protesto nas pedras

Diante do disfarce da neblina
Quase perco o que não vejo
pés
ponto
ponte
que fiz com faixas penduradas no céu

Maquinas em suas caixas fazem os
dias passarem
Ficamos vazios
Eu e a neblina
Nas ruas um lamento disfarçado de rotina
Pode ter sido

Quando nasci