Ele usava terno cinza pra dizer que não tinha tempo volta ou caspa
tinha um emprego que combinava com gravata vírgula e aspas
Ele só andava de carro prata pra dizer que através do vidro fume via a mesma vida mesma lua mesmo amor e pra economizar sola dos sapatos saia cidade afora sem sair de dentro
Ele gostava de impressionar pra dizer o que era preciso aos prezados pregados sem nunca passar batido e já não era um menino magro era homem fino e só andava pra frente em volta do centro
Ele falava alto pra dizer que não tinha medo rugas ou dente postiço e podia gastar dinheiro mastercards money aos monkeys e dispensar calendários só dois ponteiros em casto movimento
Um dia
Ele berrou:
- Vai se fude.
Não precisou dizer mais nada
E sumiu com o vento
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