quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sentado na calçada



No espelho ou no espaço
A insignificância é a mesma
Pequenos traços rabiscados dentro dos olhos de um menino
O sol segue seu caminho
Enquanto  paro pra pensar
O ponteiro do relógio marca o infinito
O tempo rói a vida
e me encontra distraído
Conferindo se já amanheceu
Nos olhos da noite
Um poema jogado no
Avesso da ilusão
Claridade nos olhos
Espero um reflexo diferente dos outros
Parecido comigo ou pouco mais amigo 
A chuva não vai passar
Nuvens dançam em volta do meu prédio
No vazio da escuridão cantam desesperadas sem me escutar
E clamam por eternidade
pelo passado
pela destruição
Há sete chaves meu silêncio
Diz sim a cada eu no espelho inverso
Hás sete passos da explosão
Que ira gerar todo universo

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um tal Sr. Adalberto Emiliano De Assunção



Existe um homem triste
Em algum lugar do Brasil
Bem te vi não vê
Cristo não crê
Anda cabisbaixo
O futuro não lhe move
O fundo do poço é seu lar
Cabe numa caixa de fosforo
Ou em qualquer elevador
Seu sol abaixo de zero
Mas ele vive
Até morrer atravessado
Pela Linha do Equador

Fim da Música



Acabou a sinfonia
Sinal de fumaça no céu
Cabe o seu coração entre um sonho
Ainda tem o mesmo som
Sem nenhum silêncio

Essa calma que não vem



Uma alma se faz mil
Ninguém viu o meteoro
De repente no meu olho
O inferno continua os mesmos
Outra cara no meu sapato
No meio fio havia uma prece
Ninguém sabia Ninguém riu
Em terra de ego quem tem um molho é rei
O esgoto são os outros
E o mundo acaba em bosta


Afazeres em Roma




Meu rosto na poça
Diz que é preciso pisar
E espalhar-me