Já não te vejo nestes trajes tão sinceros
Sou mais os trapos que usava no inverno
Num outro dia mesma hora te espero
Achei teus olhos ao passar pela viela
Vendi pros caras que procuram coisas velhas
Já fiz de tudo pra chamar tua paixão
Pixei no muro da escola o meu segredo
Quero te ver dormindo nua o dia inteiro
Briguei com três por tua causa lá no bar
Te ofenderam de coisas nem vou falar
Te defendi ganhei um novo e belo umbigo
Pra você ver como é que eu sou um bom marido
Deixei um poema pra você na enfermagem
Quando vier traga a cachaça e um terno
Não te esqueço nem apodreço por nada neste mundo
Já que não creio no céu e nem no inferno
Meu amor
Vou embora
Pra saturno
sábado, 25 de junho de 2011
O Familiar Imperceptível
Se você me visse hoje
Acharia outro alguém
Usando a minha calça
Saindo atrasado também
Se me visse hoje
Você não me veria
Pensaria que era outro
Passaria sem notar
Se você me visse hoje
De cara, assim, na esquina
Pensaria por um instante
Como pode tão semelhante
Se você me visse hoje
Saberia que não era eu
Mesmo a voz tão parecida
Nem de longe um irmão
Talvez nem me notasse
Fizesse eu um gol de letra
Ou mergulhasse
Nas rodas de um caminhão
Acharia outro alguém
Usando a minha calça
Saindo atrasado também
Se me visse hoje
Você não me veria
Pensaria que era outro
Passaria sem notar
Se você me visse hoje
De cara, assim, na esquina
Pensaria por um instante
Como pode tão semelhante
Se você me visse hoje
Saberia que não era eu
Mesmo a voz tão parecida
Nem de longe um irmão
Talvez nem me notasse
Fizesse eu um gol de letra
Ou mergulhasse
Nas rodas de um caminhão
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O pato norueguês
Não temos ar
Nem mais saída
Vamos festejar a sorte
Não tenho sol
Nem outro acaso
Vamos sortear um nome
Não posso mais
Nem te remendar
Ainda espero antes de dormir
Não fotografo
Nem recrimino
Hoje não serei seu santo
Acordo e canto
Pra homenagear
O fundo falso do baú do mundo
Nunca olhei nos olhos
Pra não amenizar
Atrás das nuvens cabe o seu olhar
Não tenho paz
Nem açafrão
Minha alma é uma em um milhão
Não jogo as cartas
Nem as migalhas
Facilito o troco depois deus-nos-acuda
Não arremesso
Nem ressuscito o caos
No fim das contas eu não conto mais
Nem mais saída
Vamos festejar a sorte
Não tenho sol
Nem outro acaso
Vamos sortear um nome
Não posso mais
Nem te remendar
Ainda espero antes de dormir
Não fotografo
Nem recrimino
Hoje não serei seu santo
Acordo e canto
Pra homenagear
O fundo falso do baú do mundo
Nunca olhei nos olhos
Pra não amenizar
Atrás das nuvens cabe o seu olhar
Não tenho paz
Nem açafrão
Minha alma é uma em um milhão
Não jogo as cartas
Nem as migalhas
Facilito o troco depois deus-nos-acuda
Não arremesso
Nem ressuscito o caos
No fim das contas eu não conto mais
terça-feira, 14 de junho de 2011
Monge sem orelhas
Desisto de me assistir no espelho
Tenho mais o que desfazer
Faço o favor de alegrar a festa
Meio fausto meio feito
No sexto dia de fato defeito
Corpo inteiro escondido na fé
Tenho pressa de ficar ao seu lado
Qual o caminho mais demorado?
Tenho mais o que desfazer
Faço o favor de alegrar a festa
Meio fausto meio feito
No sexto dia de fato defeito
Corpo inteiro escondido na fé
Tenho pressa de ficar ao seu lado
Qual o caminho mais demorado?
Paiol Velho
Calça costurada
Já posso ir
Longe de chegar
Acabei aqui
Em cada encontro
De saída
Levo comigo
Minha vida
Já posso ir
Longe de chegar
Acabei aqui
Em cada encontro
De saída
Levo comigo
Minha vida
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Os fracassos de Meierhold
Semi-escuro
O mundo congela
Em poucos segundos
Assiste a novela
De olhos fechados
Pedidos e Achados
Melhor perder a chave
Pra nunca mais voltar
E esquecer que existe um canto
Parado no lugar
Lideres se queimam
Na beira do altar
Com outro figurino
No mesmo calcanhar
Depois de tanto tempo
O sonho se fundiu
Com a instabilidade
Pátria amada Brasil
No fim das contas
O sol é pra quem tem
No fim do mundo
Não acaba nada bem
O mundo congela
Em poucos segundos
Assiste a novela
De olhos fechados
Pedidos e Achados
Melhor perder a chave
Pra nunca mais voltar
E esquecer que existe um canto
Parado no lugar
Lideres se queimam
Na beira do altar
Com outro figurino
No mesmo calcanhar
Depois de tanto tempo
O sonho se fundiu
Com a instabilidade
Pátria amada Brasil
No fim das contas
O sol é pra quem tem
No fim do mundo
Não acaba nada bem
Neblina
Converso com você
Falta pouco pra te ver
Ainda esta aqui
Ou conseguiu dormir
Enquanto passa
o passado
Na TV
Falta pouco pra te ver
Ainda esta aqui
Ou conseguiu dormir
Enquanto passa
o passado
Na TV
sábado, 4 de junho de 2011
Erro de Mestre
Tudo é um tris
Tudo vai bem
Tudo já existe
Tudo é ainda pouco
Tudo não tem detalhes
Tudo acaba
Invento de novo
O que sempre houve
Quem sabe um dia
Eu viro
Nada
Tudo vai bem
Tudo já existe
Tudo é ainda pouco
Tudo não tem detalhes
Tudo acaba
Invento de novo
O que sempre houve
Quem sabe um dia
Eu viro
Nada
Amanhontem
Hoje é um dia especial
Brindaremos a este momento
Dançaremos até cansar
E sonharemos de pé
Hoje é um dia muito especial
Esqueceremos assim que passar
Convidaremos os desconhecidos
Pra ver o dia acabar
Hoje é um dia
Um outro qualquer
Sem mais
Nenhum por que
Depois será outra era
Outra era pra amanhecer
Brindaremos a este momento
Dançaremos até cansar
E sonharemos de pé
Hoje é um dia muito especial
Esqueceremos assim que passar
Convidaremos os desconhecidos
Pra ver o dia acabar
Hoje é um dia
Um outro qualquer
Sem mais
Nenhum por que
Depois será outra era
Outra era pra amanhecer
A canção que não sai
Todo meu tempo vai querer passar
Assim que eu te pedir pra ficar
Todo meu corpo vai te perdoar
Assim que eu pedir pra perder
Todo o meu jeito vai te enfeitar
Assim que eu pedir pra riscar
Todo meu silencio vai te perguntar
Só pra saber o que foi
Assim que eu te pedir pra ficar
Todo meu corpo vai te perdoar
Assim que eu pedir pra perder
Todo o meu jeito vai te enfeitar
Assim que eu pedir pra riscar
Todo meu silencio vai te perguntar
Só pra saber o que foi
Se um dia sem dizer
Aqui começa a pequena volta
Onde todos vão deixar pra trás
Os corações e as pétalas
Até um dia qualquer
Depois a lua vai se quebrar
Espalhando luzes pelo chão
Vou olhar nos teus olhos
E esquecer a paixão
Cantaremos alegremente
Aquela mesma canção do fim
Vi seu rosto se multiplicar
Sem vontade de me abraçar
Rasgo a folha e o vento
E volto a te procurar
Faço o melhor que posso
Sem intenção de te imaginar
Mas além dos meus fatos
A peça vai começar
Onde todos vão deixar pra trás
Os corações e as pétalas
Até um dia qualquer
Depois a lua vai se quebrar
Espalhando luzes pelo chão
Vou olhar nos teus olhos
E esquecer a paixão
Cantaremos alegremente
Aquela mesma canção do fim
Vi seu rosto se multiplicar
Sem vontade de me abraçar
Rasgo a folha e o vento
E volto a te procurar
Faço o melhor que posso
Sem intenção de te imaginar
Mas além dos meus fatos
A peça vai começar
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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