domingo, 22 de novembro de 2015

Impossibilidade de mudança


E ninguém é eleito
Reino de virtudes de joelhos
Classificado carcereiro  
Porta retrato do triunfo  
Outro atentado
Ouro atraente 
Dispense o futuro e as agências
Luz e sombra e tendências 
Vista-se de desculpas e deslizamentos
Máximo respeito com o medo
Tudo que te faz continuo

Vai ruir 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Diga indescritível

Esse caminho poupa o futuro
Folego –Trégua
Antes da degola

Território incompreensível
Zonas de conflito da ausência
Essência de aflito

Desconstruções temporárias
Do comum a múmia
Ame a anestesia de um novo amo


Meu cais oceano

quarta-feira, 1 de julho de 2015

happy end

No tempo dos vencedores
Veio um detento
De uma terra já futura

No nervo da vida
Expulsar do templo
Os filhos
da puta

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A indiferença é azul


Sua beleza é não ser o som do sino
nas esteiras do antigo

Sua calma é aceitar o tempo impreciso
ponteiros e infinito

Sua vida é a viagem que segue meu sentido
Da superfície ao inesperado abismo

Sua presença é trem
que passa
sem ser visto

Diante dos restos de jardim
Diante das voltas pelo mesmo caminho 
Diante do espelho das horas
Diante de mim
O Silêncio
é um ato de
Amor

terça-feira, 2 de junho de 2015

Naufrágio

Chego pro dia
Violência nas pálpebras
Espio noticias de ontem
Num piscar de olhos vejo vida
Volto a dormir

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A rejeição é verde

Palavra quando fica
Vira escorpião

Que lugar-estacionamento é este?
Diante do portão
Sem a chave do tempo
Toda manhã se põe

O que parece
Não há
O que somos?
Somos o não
E não
E só

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Distinção a dois

Tua chama atenção
Entrevista 
Crucificação

Sente-se como quiser
Revele ao vento
Vem me dizer
Que só esta lendo

Conforte-se   
Se moendo

Cave fundo
Banda larga
Palavra pesa
Ofende e abre as pernas
Resmunga no espaço
Desmente a coragem
Diga-se de passagem
Passou sem miragem

Não esqueça a postura
Arreganha a liberdade
Dia-a-dia casa comida
Consoante dislexia
Abra o corpo
Autopsia na verdade
Impere o óbvio
Do ópio
Realidade

Óculos


Outra forma
Efeitos
Fatos fantasmagóricos
Se encerra aqui
A arte o ar
E os artifícios de Marte
Todo futuro
Feito
Todo presente
Póstumo

Em silencio
Ainda assim
Ensurdecedor
Efêmero
Ainda assim
Século

domingo, 3 de maio de 2015

Neon-Realismo


Tá desacreditado
Eu posso ver
Aqui

Sim
Eu quis dizer
Tempestuoso e não endividado

Enfim
Transversal
E remoto

Eu sol
Modo permanente
Borrado

No trilho
Translúcido
Um trem

Sigo

Cego e deslumbrado

domingo, 26 de abril de 2015

78 dias

As memórias cairão sem pressa
Só o tempo parado se salvará
Destroços e pó
Poderão despedaçar suas duas casas favoritas
Da qual jamais saíste
E a qual jamais entrou

Diante de ti
Dirá:
Fale-me suas palavras

E ouvirá claramente:
Eu posso escalar o seu rosto
Eu posso sentir seus desvios

terça-feira, 31 de março de 2015

Não há do que fugir

Mais conhecido como
Amanhã
Ou dia dos irmãos que não se falam
Obrigatoriamente assinam seus nomes
E minimizam
Delatores responsáveis
a tudo o que se refere
à técnica da linguagem 
Inventam dialetos silenciosos
Como duques no cinema
Batem no peito
Cartas sem selo
Fora do alcance
Constroem verdades
Definem fracasso
E param
na fronteira
Do abraço

segunda-feira, 16 de março de 2015

Amanhã



Eu vi
Você
Na calada
Dos silêncios
Eu vi você
Entoando seus cantos ao vento
Voltando a pé
Passos lentos
Já era antes
Assim
Avistei
Seguindo pelo caminho
Como quem
Saiu
Sem pressa
De chegar
Onde
Sempre
Já é tarde

E ontem

terça-feira, 10 de março de 2015

Fole

Folego
Mergulho inevitável
No futuro eixo do mundo
A incompreensível ausência de oceanos
Olhares multifocais
Observam zonas de conflito
Por baixo dos panos
Redimensionam a vida anestesiada
Desconstrução temporária
Desejo desestabilizador
Atitude-arapuca
Território-conforto
Tréguas paralelas
Apenas um morto 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dinastia

Aves de propina voam pela neblina de Nova York
Entre um convite e um desastre
Confundem tradições importadas
Com privilégios ancestrais
E faturam milhões de anos

Nas passarelas de Paris a casa cai
A esperteza e o seu dono desfilam segundos antes da explosão
Pescadores de novidades e mitos
Trazem do mar delações da ultima moda
E juntam os apelos
Em um
Cruzeiro temático

Sem provas

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sniper

Tiro certeiro
No seio
Da sua mãe
Pátria amada brasil

Nas veias subsolos
Alguns descalços
Cantam a violência
Sem beleza no coração
Sambam na avenida
De algum camburão

Belos e livres
Livrai-nos deles amém
Um a menos
Sem mais
Que mal têm


E dá-lhe ninguém

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Bicicletas

Tanto fiz
Pra chegar aqui
E descobrir
Não há nada além

Tanto faz se
é calmaria ou desespero
Só espero
Encanto

Alguém me
Disse
Segue
Não há passado
O que foi
Sou eu

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Irisação

Identifico a fuga da coerência
Entre opacidade e negação
Convenções fundaram séculos
Estereótipos inovadores
Superfácil
Supérfluos
Anúncios em fogo
Fotografo submundos
Dimensão diesel
Cara a cara
Ilusão
Eco pelo eco
Sobreposição
Cinema-forno
Ebulição
Chega o momento do conhecido alarde
Raio-x 
Raia o dia
Tudo agora é contorno

E poesia

Faca Cega

Descompasso ao fim
Outro filho no túnel
Bacharel em soluções fáceis
Faz como fala 
Foi como  fato
Sermões modestos na sala de estar
A quarta-feira vem determinar vidas
Com suas canções de tribunal
Mickeys pragmáticos em espaços públicos
Tecelões virtuais
Tocam sinos indolentes
Até não nos vermos mais
Uma marcha
Bala perdida enquanto pede um bigmac
Foge pelos fundos

Carregando seu desdém
Nada é mais
Além

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Charges e ventiladores


Produtos que faço
Improdutivo que sou
Soletro amores e não vou
Grampeio folhas
Deleto rostos
Quem sabe se o resto do mundo sorrisse pra mim

Mundos que sou
Prateleiras de aço
Fico aonde a luz não vem
Reviro o lixo
Peço perdão
Quem sabe se o mundo jogasse os restos pra mim

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Madison Square Garden

Como agradar milhões frequentemente
Casos raros, fregueses e promessas que calam o adeus
Sorrisos exclusivos fotografias estilingues
Biografias nuas com um sonho singular
Nossa autenticidade esta sendo filmada
Em breve
Por coincidência
Apenas
Em exuberantes cidades distantes de mim
Lembram filósofos sem o telefone de Paris
Espetáculo sem aspas
Reprise no céu
Pássaros clandestinos
Intensificam o tráfego aéreo e a absurdez
O mote tempestuoso
Nos consumirá
De vez/Amém

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Muleke


Ei
Pra qual mundo cê vem?
Pro das ancoras que pedem perdão a lança-míssil
Ou dos que inventam suas contas, seus tiros e razões
Pro mundo dos que idolatram deuses, advertências, propinas e vinganças
E fingem decididos que não se afogam
Ou pro mundo dos que apanham da policia, sem sorte nem chance,
e dormem mais leves quando o diluvio vem
Ou dos Independentes vitimas de uma guerra inventada
Cheia de confrontos em mapas de papel, compras em sacolas plásticas.
E disparos ininterruptos no peito
Dos que não existem
Ou pro mundo dos mudos
?

- Nunvim pra mundo nenhum não tio, eu vim foi pra vida!