Noite de erros cintilantes
O movimento desaba o amanhã dos fracos, oprimidos, camelos e aleijados
Desautoriza minha reza cronológica
Deixando apenas o vazio malfeito
Sem alcançar o sono que se preza
Todo momento é um momento supremo da decisão
Quem tem autoridade sobre o céu e os mares deste instante ?
Tudo que idealizo vem com defeito de fabricação
Estou apenas num jogo desconhecido sem principio nem final
Sem terno Sem gravata Sem criador
Eu martelo a habitual obediência a vida
Mantenho os olhos fixos sem transcender o espelho
Vamos respirar o ar puro do infinito das galáxias
O céu é visível e inegável
Além do bem que faz carregar a cruz um pouco
Tenho fé no dia que nasce
O que nós somos
Não precisa ser
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