terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conte-me

Conte-me
Com palavras em branco
Do que morre
E do que dura
Num eterno instante
Entre o sonho e o chão
Conte-me
O que se passa passou e passará
Com olhos lágrimas pulso firme
E abraço apertado
Num dia de chuva
Parecendo domingo
Conte-me
Com milhões de enfeites
Falseados plagiados e instigantes
Dos que vivem pouco
Muito mais que eu
Conte-me
Sem sobrar detalhes
O que existe existiu e existirá
Escrito nas linhas da mão
Um futuro cósmico
Na mesa de um bar
Conte-me
Com uma palavra
Sobre o inconstante comum
Do amor e suas acrobacias
Do vento calmo e suas rajadas
Nesses lábios que beijam antes de falar
Conte-me
Mais
nada

2 comentários:

  1. Tudo acontece na mesa de um bar, e quanta filosofia nasce.

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  2. Eu lembro desse dia. Não, não estava lá, só me lembro do dia. Frio, chuvoso e muito triste. Um dia de luto no qual eu queria também que me contassem.

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